No final da década de 50, a jovem e órfã Claire Dubois foi contratada para trabalhar como tutora da sobrinha do Senhor do Chatêau La Fontaine.
Luc de la Fontaine era um homem misterioso e pouco dado a demonstrações sentimentais.Sua frieza aristocrát...
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Estava no quarto de Daphne,penteando os seus cabelos. Observa-a através do espelho procurando nela os traços de Luc e,apareceu um sorriso bobo em meu rosto.
Como eu nunca tinha reparado nisso?Seus olhos possuíam aquele mesmo tom de azul que o pai e, seus gestos delicados e, seguros eram exatamente iguais a Luc. Sorri por antecipação sabendo o quanto aquela notícia a faria feliz.
Luc foi única figura paterna em sua vida, ele esteve ao seu lado em todos os seus momentos críticos, mesmo que algumas vezes de forma distante ela sempre teve o amor incondicional de Luc.
Ela levantou a mirada e encontrou os meus olhos no espelho a observando e, o sorriso que estampava meu rosto:
-O que foi Claire?Que sorriso é esse?
Abracei seus ombros e foi a vez dela sorrir:
-São tantas coisas querida que, nem sei por onde começar!Mas, agora vamos despachar-nos, porque seu tio nos espera na sala.
-Há algum problema?-seus olhos estavam um pouco apreensivos. -Não querida,está tudo bem!É só algo que ele quer te dizer.Algo muito importante!
Levantou uma sobrancelha curiosa.
-Então vamos logo!-disse virando a cadeira para me olhar de frente
-Vamos!-empurrei sua cadeira com um sorriso no rosto.Daphne era a personificação da curiosidade, mas eu entendia-a.E la era como eu e,sabia que estava fervilhando por dentro.
Luc nos esperava na sala.Bebia um líquido âmbar e ao ver-nos tomou-o de um trago.
Eu fiz um sinal com o olhar perguntando se estava tudo bem e,do mesmo modo ele respondeu-me que sim.
Daphne deu-se conta: -Afinal o que se passa?Vocês estão estranhos!
Luc aproximou-se e sentou em uma poltrona ficando a frente dela.Eu me afastei um pouco dando espaço para os dois.
Aquele momento era deles e, eu não queria me impôr!
-Daphne eu... Ela abriu muito os olhos e tomou uma postura de atenção.Luc parecia nervoso e,olhou pra mim.Assenti positivamente com a cabeça para ele continuar.
-Daphne,seu pai está vivo!-ele começou por dizer.
-Eu sei tio!-disse abaixando os olhos.
Luc levantou seu queixo com o dedo indicador,fazendo-a olhar em seus olhos.
-Daphne eu...Eu sou...-ele suspirou nervoso.Sabia que estava sendo complicado para ele pronunciar as palavras.Ele estava ansioso pela reação dela mas, tinha medo que pudesse rejeitá-lo.
-Você é o quê tio?Está me deixando nervosa.-disse Daphne impaciente.
-Eu sou seu pai!-falou sem conter uma lágrima que caiu solitária por seu rosto.
