— É isso?Você encarou a porta, tentando imaginar o que tinha por trás daquele belo nome em vermelho. As letras grandes que formavam a palavra quase podiam rir da cara incrédula dos adolescentes que hesitavam visivelmente.
Saída.
Ninguém respondeu a pergunta de Chuck, mas também não avançaram até que Thomas girou a maçaneta e empurrou a porta.
— Vamos. – Os clareanos seguiram Thomas para dentro mas você não se mexeu, nem Newt.
Newt tinha aquela expressão no rosto de quem seguiria Thomas aonde quer que o trolho fosse, mas ao mesmo tempo, ao ver a namorada encarando a porta aberta sem fazer qualquer movimento, o trouxe a sensação de que algo ruim estava por vir.
Mesmo assim, ele segurou sua mão, beijando os nós de seus dedos e encostando suas testas.
— Temos que ir. – ele disse. —Tudo bem se você não estiver bem pra seguir, eu te ajudo.
Você abriu um sorriso pequeno, abrindo os olhos que anteriormente fechara ao ouvir a voz suave do loiro. Seu peito doía, assim como acontecia toda vez que aquela sensação se fazia presente. De algum jeito você conseguia sentir quando coisas ruins aconteceriam, a única coisa que você quer fazer nesses momentos é gritar, o mais alto que conseguir.
Quando aconteceu pela primeira vez, os corredores estavam ainda no labirinto, estava bem perto das portas fecharem e já podia ver as silhuetas deles voltando. Mas então veio, começou com pequenas pontadas na sua cabeça, então um zumbido alto nos seus ouvidos e por fim veio a dor, um aperto, a sensação de nunca mais ser feliz.
Um dos corredores não conseguiu voltar, os outros não poderiam voltar atrás dele. E tudo o que você ouviu durante a noite foram os gritos.
— Amor, é aquela sensação de novo. Aquele sentimento ruim que dói por dentro. Tantos ficaram pra trás, mértila. – falou, os olhos piscando em lágrimas que não realmente cairiam.
A respiração de Newt falhou um segundo, se lembrando dos corpos e das criaturas horripilantes que congelavam seu corpo em terror puro. Foi difícil passar pelos verdugos e em muitos momentos achou que não conseguiriam. Seria o fim, ele não morreria como imaginara que seria. Na verdade, depois do acontecido em seu primeiro ano na Clareira, ele evitou o pensamento ou a palavra morte.
— Eu sei, eu sei. Mas temos que ir, qual a nossa outra opção?
Você concordou, rendida, mas não se mexeu até que Newt selasse seus lábios e te puxasse pela porta. Ele também sabia, apesar de tudo, que algo aconteceria.
Newt foi a primeira pessoa pra quem você contou, foi a segunda vez que aconteceu. Você tinha subido pro quarto de Newt para acordá-lo, era bem cedo mas você queria que ele fosse com você escrever seu nome no muro.
A sensação te atingiu no meio da escada, você teria caído se na tivesse se sentado nos degraus assim que os primeiros sinais chegaram. Gally chegou àquele dia, mas assim que subiu ficara tão assustado que acabou esbarrando na primeira pessoa que atravessou seu caminho enquanto corria.
Era você, o impacto fora tão grande que você acabou caindo e batendo a cabeça numa pedra. Você ficou desacordada o dia inteiro.
Podiam ser coisas pequenas, mas também podiam ser coisas graves, o que você sabia era que nunca estava preparada para quando te atingisse.
Você contou pra ele assim que acordou, ele foi a primeira pessoa que você viu. Começaram a namorar pouco tempo depois – mesmo com você fazendo dos seus problemas mentais um obstáculo.
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MAZE RUNNER, imagines
Teen FictionUm livro só com imagines dos nossos personagens favoritos da saga The Maze Runner.