Resgate - Gally

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olaa, este imagine é um pedido da UmaaKiller, me desculpe mesmo por atrasar tanto o seu pedido, espero que goste de como ficou.

Como vocês estão nesse março hardcore???

Sorry, eu não pretendia demorar tanto mas uns assuntos da escola estavam tomando minha cabeça e minha anisedade por causa disso me deu um belo de um bloqueio horroroso.

Pra compensar a demora, eu tenho três imagines prontos pra postar, espero que gostem.


Ficar confinada naquele quarto o tempo inteiro, só saindo para fazer os experimentos da CRUEL, estava me enlouquecendo. Minho estava em outro quarto, longe de mim, eu não tinha sua companhia e sabia que ele estava tão mal quanto eu.

Mesmo que já fizesse algum tempo que eles pararam de vir me buscar. Eu fiquei completamente isolada naquela sala, eles só vinham deixar minha comida uma vez por dia. Eu não sabia o que eles queriam com isso.

No fim, isso me deu muito tempo pra pensar, nos primeiros dias eu tentava fugir com qualquer chance que eu tivesse, mas então os dias se tornaram semanas, e depois meses. Talvez eu não conseguisse fugir nunca.

Talvez meus amigos tenham desistido de nós, talvez tenham morrido infectados com o Fugor.

Na maior parte do tempo trancada eu tentava me lembrar de qualquer coisa antes do labirinto, porque só talvez isso pudesse me ajudar a não enlouquecer. Mas as lembranças nunca voltaram.

As ruins que eu já tinha, sim. O momento que acordei na Caixa. Os dias sombrios na Clareira. Minha primeira noite no amansador e quando quase me baniram por quebrar as regras.

E no meio de tantas emoções negativas que me trouxeram, eu lembrei de Gally. Gally. Quanto tempo fazia que eu não pensava nele?

Muitas das minhas memórias boas da Clareira eram com ele, mas algumas ruins também. A pior de todas foi nosso último dia na Clareira, ele não quis fugir daquele inferno comigo e os outros clareanos.

Então porque ele foi atrás de nós? Será que ele havia sido picado sem que ninguém notasse? Porque definitivamente ele tinha sido picado, a grande dúvida era quando, em que momento?

A verdade é que já não importava, Minho enfiara uma lança em seu peito e agora ele estava morto. A lembrança amargou na minha boca e eu fiz esforço pra engolir o bolo na minha garganta.

Eu não culpei Minho. Também não culpei Gally. Eu não culpei ninguém além da CRUEL.

Um barulho alto do lado de fora da minha porta foi ouvido, eu não sabia que horas eram porque não tinham janelas no cubículo com beliche onde eu ficava sozinha o tempo todo. Eu não tinha nem uma idéia da passagem do tempo além da minha refeição uma vez por dia, só assim pra perceber que já era um novo dia.

Me apressei a encostar-me na porta para tentar ouvir alguma coisa mas era inútil. Os sons todos eram abafados e eu não conseguia distinguir vozes. Isso significava que o barulho que fizeram antes tinha de ser muito alto para que eu conseguisse ouvir. Será que estavam invadindo? Seriam pessoas que me ajudariam?

Seriam os meus amigos? Thomas, Newt, Caçarola?

Me afastei da porta rápido quando ouvi um som irritante, parecia que estavam tentando serrar o metal, iam derrubar minha porta?

Sem saber o que fazer apenas me afastei da porta o máximo possível com medo de ser esmagada caso ela caísse. Eu sabia que o meu quarto era diferente dos outros, a porta era exatamente parecida com a porta de saída do andar, foi o que consegui perceber nas vezes que voltava drogada de medicamentos, depois de mais um experimento. O tempo isolada nessa sala me deu tempo pra fazer teorias sobre isso também.

Como eu imaginei, a porta caiu a apenas alguns passos de mim. Tinha um guarda lá, parado, olhando pra mim.

- Puta merda. - murmurei, paralisada. Tentando adivinhar o que aconteceria em seguida.

O guarda segurou a máscara e a tirou, lentamente. Como se tivesse medo de como eu reagiria.

Não. Não podia ser.

- Gally? - chamei, desacreditada. Com passos lentos passei por cima da porta derrubada e me aproximei dele. - É você mesmo?

Ele parecia um pouco mais velho mas ainda era o meu Gally ali. Foi como se minha mente não soubesse o que pensar direito, tanta coisa passava pela minha cabeça. Tantas perguntas.

Meus olhos marejaram e senti uma queimação no peito. Minhas mãos suaram e havia aquele bolo na minha garganta novamente.

- Sou eu. - foi tão baixo que quase não ouvi, seus olhos me encararam como se também não acreditasse que era eu.- Desculpa por demorar tanto.

Foi o estopim. Eu desabei no choro e corri pra abraçá-lo, ele me apertou em seus braços e eu tremi, soluçando baixinho.

Como ele estava vivo? Eu o vi morrer, chorei sobre seu corpo sem vida. Eu sofri tanto.

- Como? - foi o que consegui perguntar, ainda com o rosto enterrado em seu peito coberto pelo uniforme de guarda, quando meu choro fez uma pausa, embora as lágrimas ainda caíssem silenciosas.

Ouvi seu suspiro e ele me afastou um pouco para me olhar nos olhos, acariciando meu rosto com seus olhos marejados.

Eu puxei seu rosto para o meu e o beijei apaixonadamente. Ele retribuiu com ainda mais intensidade, fazendo com que eu suspirasse em puro êxtase.

Eu estava em êxtase só de vê-lo, sentí-lo, saber que ele estava vivo.

- Eu prometo que vou te explicar tudo. - disse ele quando nos separamos, beijando minha testa. Fechei os olhos com o carinho. - Mas agora precisamos sair daqui.

Abri os olhos para olhar em volta, só então me dando conta das crianças assistindo a cena. Mas onde estavam os meus amigos?

- Gally, onde estão os outros? - ele me contou o plano rapidamente enquanto pegava sua arma e pegou um saco que estava do lado de onde antes ficava a minha porta, o entregando para um garoto.

- Cuide como se sua vida dependesse disso. - o garoto olhou confuso para Gally mas assentiu mesmo assim. Gally olhou pro resto das crianças.- Venham, temos que ser rápidos.

Então Gally olhou pra mim, segurou minha mão e saímos correndo pelo corredor do qual ele derrubara a porta também, com as crianças em nosso encalço.

Finalmente estava saindo daquele lugar.



Espero que tenham gostado, dois beijos e lavem as mãos

MAZE RUNNER, imagines Onde histórias criam vida. Descubra agora