Pequeno Monstrinho - Thomas

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Hey gente, esse imagine é como se fosse uma segunda parte do imagine "reconhecer", se passa durante A Cura Mortal, diferente do primeiro que se passa em Correr ou Morrer.

- Filho, saia agora! - você resmungou para sua própria barriga, decidida a fazer essa criança nascer.

Thomas riu do outro lado da sala. Você já estava nisso desde a última semana quando começou a sentir contrações muito fortes. Era o fim da gestação então por que demorava tanto pra nascer?, criança a sua mãe não tem paciência pra esperar!

Thomas levantou do sofá desgastado e caminhou lentamente até você, com a expressão risonha de quem estava prestes a contar uma piada, aquele sorriso pequeno enquanto circundava sua cintura com os braços, um beijo carinhoso sendo deixado na bochecha da namorada.

- Acho que não funciona assim, querida. - disse. Você olhou pra ele, reprovando totalmente sua tentativa patética de te convencer a parar de discutir com a barriga. Barriga gigante, aliás.

Era bom ver ele conseguindo sorrir mesmo que por um momento raro nos últimos meses. Foi tudo tão complicado pra vocês e depois que levaram o Minho ficou pior, os outros dizem que não podem se arriscar por um único cara, você diz que eles deveriam ir se foder.

Thomas iria voltar a olhar suas anotações se você não tivesse segurado seus braços a sua volta. Estavam desesperados para concluir o plano de salvar o Minho, pelo menos no papel. O plano era bom, colocá-lo em prática era o problema.

Mas era o fim da sua gestação e você o queria do seu lado, não estava sendo egoísta era só alguns minutos até voltarem a discutir o plano com os outros. Tinham conseguido convencer o "líder" com o argumento de que poderiam salvar muitas crianças inocentes, não só o seu amigo.

- Filho, eu sou a sua mãe. - tentou argumentar e pôde sentir quando Thomas sorriu soprando na sua orelha.- Garoto, saia agora! Eu estou man-dan-do.

Você chamava o bebê sempre de "filho", "garoto", "mini trolhinho", sempre no masculino porque não tinham como saber se era menina, menino ou nenhum dos dois. Quando chegaram no braço direito a doutora, que já conhecia Thomas, te examinou e disse que o seu bebê era completamente saudável, embora não poderiam saber ainda o que era, na época você estava de três meses apenas, e ela também não tinha os equipamentos necessários.

- Você é tão mandona.- comentou recebendo um revirar de olhos da sua parte.- Relaxa, não assusta o bebê.

- Ele é um desobediente! - exclamou.

Thomas te virou pra ele, acariciando sua barriga. Você sentiu o bebê se remexer ao seu toque e cruzou os braços sobre o peito, ciumenta.

- Ele gosta mais de você.- falou.- É só você estar por perto que ele fica todo animadinho.

- Nunca saberemos o porquê. - riu, você descruzou os braços somente para lhe dar um tapa no braço. Ele ignorou totalmente, como se nem tivesse feito cócegas e se inclinou para beijar sua barriga coberta por uma camisa grande dele. - Aposto que a primeira palavra dele vai ser papai.

- Não diga isso nem de brincadeira, Thomas.- falou, exasperada. - Eu não carreguei essa criança nove meses na minha barriga pra se tornar uma traidora.

Thomas gargalhou da sua indignação, e antes que você pudesse mandá-lo calar a boca, ele cobriu a sua com a dele. Aquele jeito suave e carinhoso enquanto apertava sua cintura com uma mão, a outra enganchada no seu cabelo solto.

Você se separou de Thomas ao sentir uma dor forte, era uma contração e das grandes. Seu namorado te encarou preocupado, não era a sua primeira contração, obviamente, e ele já tinha se preparado para quando isso acontecesse, mas no momento ele só encarava os seus pés.

Você seguiu o olhar dele e viu que ele não encarava seus pés, mas sim a pequena poça que se formava em baixo deles.

- Thomas, a bolsa estourou.

- Eu percebi.- respondeu, sem se mover.

- Thomas, porra, reage. - gritou, pausadamente vendo a alma do garoto finalmente voltar ao corpo.

Ele se moveu rapidamente até você, te pegando no colo com um pouco de dificuldade (o que fez você revirar os olhos) e a levando até o quarto. Lhe pôs deitada na cama e olhou pra você, nervoso. Outra contração te atingiu mas você ainda não estava desesperada, apenas arfou.

- Fica calma.- falou, mas parecia que era mais pra ele mesmo do que pra você.

- Eu estou calma, amor.- você segurou a mão dele tentando passar algum sentimento bom que o fizesse se acalmar.- Apenas siga o plano, okay?

Ele já conhecia perfeitamente o plano então apenas te deu um selinho, beijou sua barriga e saiu correndo atrás de Brenda.

Enquanto mais uma contração forte te atingia tentou repassar o plano na sua cabeça. Fazer planos te acalmavam, mesmo com os imprevistos saber o que fazer diante a qualquer situação te trazia o controle. Você gostava do controle, por isso sorriu ao constatar que meio que estava no controle porque o bebê lhe obedeceu.

- É assim que tem que ser, garoto.

Quando Brenda irrompeu pela porta com Thomas em seu encalço, você já suava pra caramba, e não estava mais tão calma quanto antes, a dor tinha chegado a um nível absurdo. Repassou o plano, tentando se convencer mentalmente de que tudo daria certo.

Tudo bem, tudo bem. Eu não preciso me preocupar, ela sabe o que está fazendo, já fez isso antes, certo?

- Brenda, querida? - Chamou. Ela não olhou pra você mas acenou para mostrar que estava te escutando, concentrada com a cabeça entre suas pernas.- Você já fez isso certo?

- Não. - respondeu imediatamente.- Mas conheci alguém que já tinha feito e o vi fazer.

- Ah, certo. Isso com certeza foi reconfortante.- resmungou, pingando sarcasmo.

O seu filho nasceu chorando alto, era mesmo um menino. Thomas e você não tinham pensado em nomes, na verdade. Era difícil pensar nisso sem se lembrar de muitos nomes.

- O bebê precisa de um nome.- soltou, com a voz falhada. Thomas se aproximou de você, segurando o bebê nos braços, enrolado em um pano e com apenas a cabeça pra fora, dormia num sono muito bom, aparentemente.

Você estava tão cansada, acabara de usar toda a sua força pra trazer aquela pequena criaturinha ao mundo e agora estava deitada numa cama sem poder se mexer direito. Pequeno monstrinho.

Ele tinha muito cabelo pra alguém que tinha acabado de nascer, eram tão negros como os de Thomas, e quando ele abriu os olhos você sorriu levemente, eram da cor dos seus.

- O que acha de Chuck? - perguntou, sem hesitar, encarando seus olhos úmidos.

- Acho que é perfeito.

gostaram? comentem e votem pra felicidade da rainha do drama.

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