ᴀᴜᴛᴏ ɪɴsᴜғɪᴄɪᴇɴᴛᴇ ✰ ɴᴏsʜ/sᴀʙɪʟᴇʏ/sʜɪᴠɪɴᴀ ❖ Now United

Josh

Antes de lêem, reparem bem em quem vai narrar o capítulo. Bjs 😘

________________________________

Meu nome é Josh, Josh Beauchamp, e eu estou escrevendo num diário esquisito por que a médica disse que seria bom pra minha ansiedade  "desabafar" escrevendo o que se passa na minha cabeça.

Mal ela sabe que o meu remédio tem outro nome, Noah Urrea. Eu o conheci à alguns anos, ele estuda na mesma universidade que eu e, por sorte, mora ao lado do meu apartamento. Logo que nos conhecemos ele me ajudou em um momento difícil da minha vida, eu estava sozinho e segundo minha médica, prestes a entrar numa depressão. Não que a gente seja namorados ou coisa do tipo, quem me dera, o Noah está preso demais na vida fantástica dele pra reparar que eu queria beijar aquela boquinha linda dele.

Concluindo, minha vida é uma merda mas agradeço porque já foi pior, e escrever nesse diário é muito chato, espera, não vou ficar chamando isso de diário, que humilhação, vou chamar ele de Daniel. É quase impossível não rir disso, sou muito retardado, agora eu sei o porquê de terem me internado TRÊS vezes.

Toc Toc Toc!

Deve ser o Noah. E sim, nós vamos pra escola juntos, acho que nos acostumamos com isso. Ele vem, bate na porta, eu me apaixono mais uma vez por ele, descemos as escadas do prédio, pegamos a bicicleta dele e ele me carrega até a escola. Yes, o Noah me dá uma vida de burguês. Namorado dos sonhos eu sei, mas ai de quem olhar pra ele por que eu sou ciumento AND vingativo.

Toc Toc Toc!

Puts, esqueci de abrir a porta... Atendi.

- Vem precisamos ir à um lugar - Bailey me puxou pelo braço.

- Como assim? - ele só pode estar de brincadeira - Temos que ir pra escola, estamos quase atrasados.

- Pelo visto não vamos à escola hoje, Josh - o Noah apareceu ao lado dele.

Me soltei do Bailey que é duas vezes o meu tamanho.

- Espera, calma, o que está acontecendo? - ainda nem acordei direito meu pai.

- Nós vamos à uma lanchonete próxima daqui - o musculoso explica.

- Mas e a escola? - Não posso deixar de perguntar.

- Se der tempo, voltamos no segundo horário - Noah fala -. Agora vamos!

- Espera eu fechar o apartamento! - Pedi.

E aqui estamos nós, descendo as escadas que nem loucos, e dessa vez não são só eu e Noah conversando de forma civilizada, agora tem o Bailey e... espera, Krystian? O que meu melhor amigo faz aqui? Estou sentindo que vem treta por aí.

- Finalmente vocês  chegaram - Krystian fala quando nos aproximamos -. Por que demoraram tanto?

- Estávamos tentando convencer o Josh a vim com a gente - diz Bailey.

- Alguém pode me explicar o que está acontecendo? - tô quase pra ter um surto nervoso.

As únicas respostas que tive foi um " não" do Bailey, um "depois" do Noah e um "shhh" do Krystian. Não estou reconhecendo meu melhor amigo.

Finalmente chegamos. A lanchonete é bem simples e aparentemente não tinha nada de especial, eu não entendi o motivo de estarmos aqui. Será que é pela comida?

Entramos e escolhemos uma mesa lá no fundo. O local estava quase vazio.

- E então, posso saber o grande motivo de estarmos aqui? - Já fui curto e grosso.

- Bem ali - Bailey aponta para o balcão onde só tem uma moça e um cardápio -. Bem ali está o motivo da minha existência.

- O que foi? - Não estou entendendo nadinha - É promoção de cachorro- quente?

- Meu deus, não! - O Krystian fala impaciente - A garota! A garota é a razão por estarmos aqui.

Espera, espera, espera! Sério que viemos aqui pra ver uma garota? Ai eu não acredito nisso, não. Alguém me mata ou mata esses três que estão na minha frente!?

- Por causa da Sabina? - pergunto e Bailey me olha com uma cara engraçada.

- Você conhece ela? - ele pergunta.

- Eu falei com ela no dia de apresentar a universidade para os novos alunos - explico.

- Espera, ela também estuda na mesma universidade que a gente!? -   Bailey está com brilho nos olhos.

Olha, vou logo dizendo, não sou muito de conversar com o Bailey. Nos cumprimentamos vez ou outra, afinal, ele é amigo do Noah. E essa, com certeza, não foi uma boa primeira impressão... quer matar aula, vai. Quer ver mulheres, vai. Quer morrer, vai. Mas pelo amor de deus, vá sozinho.

- Aproveita que estamos aqui e me trás um Milk Shake - falo olhando pro Bailey. Eu tenho que ter uma recompensa, afinal.

- O que? Não vou lá, não - era só o que faltava, um homem desse tamanho com medo de falar com uma garota -. Eu não sei o que dizer perto dessa deusa grega.

- E desde quando você tem problema em falar com mulheres? - O Noah pergunta.

- Não é qualquer mulher, é ela! - se ele tiver apaixonado vou agradecer pelo resto da vida, finalmente ele vai aquietar esse rabo dele - A perfeita Sab... como é mesmo o nome dela?

Não pude deixar de sorrir. Ninguém pôde.

- Só vai lá e traz dois Milk Shake's - pedi Krys -. Vai ser rápido e fácil, eu prometo!

- Tá, e onde está o dinheiro? - O Mr. Músculos pergunta.

- Você paga - falo sem mais nem menos -, foi você que nos arrastou até aqui.

- arghh, só não reclamo porque tem uma meia verdade nisso - Ele reclama e sai em direção do balcão.

Surpreendentemente, ele foi até lá e estava mais tímido que eu fiquei quando o Noah se trocou na minha frente na semana passada.

As pessoas são estranhas quando estão apaixonadas. Elas agem de outra forma, elas pensam de outra forma, até comem de outra forma... ou deixam de comer, como dizia minha falecida mãe. Bom, a verdade é que amadurecemos a cada romance, o lance é aprender coisas novas com novas pessoas... e eu aprendi a viver com Noah Urrea.