ᴀᴜᴛᴏ ɪɴsᴜғɪᴄɪᴇɴᴛᴇ ✰ ɴᴏsʜ/sᴀʙɪʟᴇʏ/sʜɪᴠɪɴᴀ ❖ Now United

Josh

- Noah, eu, sinceramente, te perdôo... Mas isso não quer dizer que sejamos namorados! - digo.

- O que você está falando? Josh, se você ainda está com raiva, eu posso te pedir perdão mais um bilhão de vezes. Por favor, não me deixe... - sua capacidade de falar tão rápido me deixa pasmo. Há um certo desespero em sua voz.

Ele tenta me abraçar. Mas eu não deixo, não quero receber isso dele... Ao invés disso, beijo-o. Beijo-o como se não houvesse amanhã. Invado sua boca com minha língua e posso sentir seu gosto doce. Isso é bom. Muito bom!

- Não podemos ser namorados... - pauso um pouco e olho em seus lindos olhos. Tento recuperar o fôlego. - Porque antes eu tenho que pedir, certo?

Afasto-me um pouco, sem tirar os olhos de sua bela face.

- Noah, eu não preparei nenhum textinho bonito pois nem sabia que estaríamos aqui e agora. Mas, se for o suficiente, queria te dizer que te amo muito e que não queria ficar longe de você, mas eu tinha que te mostrar que tudo há uma consequência, Noah, e minha distância foi a consequência pela sua arrogância na festa do Krys - pego em sua mão macia.

- Então... Isso tudo foi um castigo?

- Se você focar no ponto errado, sim - respondo. - Mas se parar e pensar, eu te fiz perceber o quanto você me ama.

- Você é muito chato - afirma.

- E você trancou a gente num banheiro nojento - retruco.

- Como tem tanta certeza que eu? - pergunta, claramente, fingindo irritação.

- Heyoon me disse - conto.

- Não acredito - diz pondo a mão no peito, faz uma atuação dramática. - Não se deve confiar em mulheres.

- Mas se não fosse ela eu não teria te pedido em namoro! - afirmo.

- Mas você não me pediu  namoro - Noah me lembra. Eu sorrio.

- Argh, acabei esquecendo - brinco -, deixa pra lá.

- Vai querer apanhar agora ou... - ele pausa na intenção de que eu tire minhas próprias conclusões.

- Ah, pede você! Tá aí sem fazer nada - digo. Levo um tapinha como resposta.

- Nunca vi tão chato - ele se mostra zangado. Seu biquinho é tão fofo -. Termina logo com isso ou eu termino com você!

- Terminar o que não começou?

- Para de me provocar!

- Então me pede logo em namoro!

- E deixar meu orgulho de lado? - ele diz risonho e pega o celular do bolso direito - Não vai rolar.

- Confessou que é orgulhoso - faço um sinal com os dedos -. Dois à zero pra mim.

- Última chance, ou me pede em namoro ou não dormiremos de conchinha hoje - avisa. Recebo as palavras como uma ordem. Não posso perder a oportunidade.

- Quer namorar comigo? - digo e logo estampo em meu rosto o mais belo sorriso.

- Não - é o recebo como resposta. O joguinho está interessante.

Estava prestes a xingá-lo, quando a porta do local se abriu. Ah, finalmente ar puro!  Já estava ficando sufocado aqui dentro.

- Então... - Heyoon tinha um sorriso de orelha a orelha - Estão namorando?

- Não - vejo Noah responder ao sair desse banheiro sujo e ir embora. Puro drama.

- Então ainda estão brigados? - ela pergunta.

- Também não! - respondo ao ir atrás do Noah com passos rápidos. - Então... Está com raiva, é? - pergunto ao alcançá-lo.

- O que você acha?

- Eu acho que devemos ir pro meu apartamento - respondo-o.

- Por que eu iria no seu apartamento? - pergunta.

- Porque vai chover e não vai dar tempo de você chegar no seu - brinco. Ele ri.

- Você é um idiota! - diz-me com um sorriso largo.

- Se não está disposto a parecer um idiota, não merece se apaixonar.

- Às vezes eu tenho vontade de te bater - afirma.

- Quando chegarmos ao meu apartamento podemis resolver isso - falo em meio a um sorriso malicioso. Vejo as bochechas dele ficarem rosadas. Passo a mão por cima de seus ombros e resolvo mudar de assunto - Você sabe o que dizem sobre a chuva?

- Que molha!? - ele diz num tom sarcástico que eu nem sei se é uma pergunta ou uma resposta. Sorrio.

- Que refresca a alma e abre sua mente - respondo. Estamos calmamente por um corredor que volta pro campos. Começa a chover. - Quer banhar na chuva?

- Não ou com certeza? - pergunta irônico.

- Vou te dar três segundos pra você respirar antes que eu te jogue na chuva - digo, ele faz uma cara engraçada e começa a correr. Corro junto. - Um... Dois... Tres...

Corro. Estampo em meu rosto um sorriso enorme. Um sorriso de verdade, não um daqueles que tenho que forçar quando me cumprimentam. Se a vida de momentos de ápices, esse é meu auge de felicidade. Agora, sim, estou bastante contente quanto a mim mesmo e ao meu relacionamento com Noah, mesmo que não estejamos oficialmente juntos. Noah você é meu tudo, sabia?

Depois de alguns metros consigo alcançá-lo, arrasto-o para fora, onde a bastante nuvens em um céu em tom de cinza, e cá estamos nós. Dançando na chuva, às vezes permito-me abraçar seu corpo molhado e, com certeza, muito seduzente. Seu corpo encaixa perfeitamente no meu.

De vez em qundo um excesso de loucura vai bem. Um pouco de adrenalina e muita coragem faz com que você pare de se importar com os curiosos que sempre estarão à sua volta e passe a pensar no que realmente faz você feliz, e estar aqui e agora já me faz feliz por completo.

Minha razão de viver tem nome e sobrenome.