Oh Deus, como pude deixar isso acontecer, não foi de propósito, mas aconteceu... Harry e eu trocamos um selinho. Um breve e despercebido selinho.
"Meu Deus!" Escondi meu rosto entre as mãos. Se vergonha matasse eu estaria morto.
"Ei, tá tudo bem, foi só um acidente." Ele afagou meu ombro. "E não vou agir como se não tivesse gostado."
"C-como assim?" Deus, eu não conseguia olhar nos seus olhos, a vergonha tinha me consumido.
"Fala sério, você lindo e adorável, quem não gostaria de um beijinho seu?" Falou docemente. Ele não existia, eu tinha certeza. "Mas eu infelizmente mal consegui sentir seus lábios doces." Eu fiquei chocado com a resposta. Isso é tão errado, de tantas formas, mas algo em mim precisa fazer isso. Como eu posso dizer pra ele me beijar sem parecer um maluco oferecido.
"E você quer isso..."Eu estava gaguejando como o bobo envergonhado que eu sou.
"Quero muito, mas eu preciso que você queira também. Você quer?" Ele olhou dentro dos meus olhos, um sorriso terno brincando em seus lábios.
"Hum... Sim, mas eu não sei como fazer isso, quer dizer, eu nunca beijei." Merda, acho que eu estou falando demais. "Ainda mais outro menino, eu cresci minha vida toda ouvindo que isso é errado, nojento e anormal, mas eu não consigo controlar o que sinto, e meus sentimentos são totalmente contrários ao que sempre me falaram. Eu sinto vontade de estar com você, de te abraçar e beijar você, mas eu preciso da sua ajuda, pra me libertar de todas correntes que me foram colocadas."
"Eu estou pronto para te ajudar Lou, eu fui um garoto perdido assim como você e eu não tive alguém para me ajudar, quero ser esse alguém para você." Harry beijou minha bochecha, depois acalentou meu rosto com seus dedos macios.
"Obrigado, você mal entrou na minha vida e já me ajudou tanto." Confessei sorrindo, olhando para seus olhos verdes e encontrando uma resposta para todos os meus problemas dentro deles.
Harry distribuiu beijos pelo meu rosto, me fazendo sentir cócegas e rir baixinho.
"Você é a criatura mais doce que eu já conheci." Suas mãos passeavam pelo meu rosto agora, como se pudesse analisar cada traço na ponta dos seus dedos. "Nunca ouviu dizer que não existe manual para beijar? porque cada beijo é um, você sabe, simplesmente na hora sabemos o que queremos, me diz o que você quer fazer, pequeno."Então eu encostei meus lábios nos seus, apenas sentindo as texturas juntas, colocando minha mão sobre o pescoço de Harry, dando um selinho longo e proveitoso, sentindo o doce sabor que a sua ternuna exalava no beijo. Harry distribuiu beijos nos meus lábios estimulando minha boca a abrir e dar passagem para sua língua. Eu sempre achei que esse papo de 'na hora você sabe o que fazer' fosse bobagem, mas surpreendentemente foi exatamente o que aconteceu, o desejo que inflamou dentro de mim me instruiu direitinho o que fazer. Era tão bom, tão quente, era a sensação de um milhão de abraços cafunés em apenas uma coisa. As mãos de Styles faziam um caminho lento do meu rosto até meu cabelo e eu descobri que adoro isso. Só conseguimos parar quando precisamos respirar, eu estava tonto e corado, além de sentir minhas pernas trêmulas.
"Eu acho que você estava certo." Eu ri não olhando para ele, mas sim para meus pés na grama. Como poderei agir a partir de agora?
"Olha para mim." Ele sussurou. Então eu encontrei suas orbes esmeralda me fitando, brilhando de uma forma mais intensa que as estrelas no céu. "Eu acho que posso ficar horas apenas admirando você, morando no doce dos seus lábios e me aquecendo na luz dos seus olhos. E se existe algum Deus... Ele te criou irresistível, por isso não pode me culpar por te querer e o seu beijo é a sensação mais próxima do paraíso que eu já tive." Então nos beijamos sorrindo, os sorrisos que não saiam de nossos rostos atrapalhavam o beijo, mas quem poderia tirar isso de nós?
Depois de um tempo ficamos abraçados, algumas vezes trocando alguns beijos ou apenas olhares que conseguiam explicar de uma forma cósmica o que sentíamos.
"Harry, eu tô sentindo um monte de coisa explodindo dentro de mim. Sabe me dizer o que é?" Perguntei ainda o abraçando.
"Eu não sei, mas eu também tô sentindo e é muito bom." Ele riu, deixando um selinho na ponta do meu nariz.
"Que horas são?" Eu havia perdido a noção de tempo. Harry olhou para o relógio do celular, que marcava exatamente 20h15.
"Nossa, ficamos muito tempo aqui." Ele riu. "Quer ir pra sua casa? Amanhã você tem escola."
Eu bufei desanimado, como faz para viver para sempre num momento incrível? Eu gostaria que isso fosse possível.
"Eu não quero ir, se eu pudesse ficaria o resto da noite aqui com você, mas eu preciso, amanhã tenho prova e não posso faltar." Um bico aborrecido se fez.
"Não seja carrancudo, vamos passar a tarde juntos na floricultura amanhã." Ele desfez minha careta com os dedos, depois deixando um beijo na minha testa.
Então assim saímos do campinho, rindo aparentemente do nada, mas no fundo sabíamos que estávamos rindo porque havíamos achado a resposta pra quase tudo.
(...)
A prova de biologia tinha sido fácil até demais e eu estava leve como uma pluma, me sentindo realizado, então mesmo se não tivesse ido bem... Estaria alegre do mesmo jeito.
Eu estava andando rápido para a cantina, sozinho como sempre, quando alguém esbarrou em mim, derrubando minha pasta com algumas folhas
"Oh meu Deus, desculpe, droga, eu sou um desastrado mesmo." Um menino loiro com um sotaque engraçado resmungou.
"Imagina, tá tudo bem, é novo aqui?" Era estranho alunos novos em outubro, mas poderia acontecer.
"Sim, Meu nome é Niall, vim da Irlanda para cá. " Ele estendeu a mão, para cumprimentar, com um sorriso brilhante. Será que finalmente teria outra pessoa gentil nesse covil de bichos peçonhentos?
"Prazer, meu nome é Louis, então Niall... Quer ir á cantina comigo?" Eu sempre sentava sozinho e pela primeira vez parecia estar fazendo um amigo na escola.
"Claro! Me mostre onde é." E juntos fomos até a cantina, com Niall tagarelando sobre como era assustador estar em uma escola tão diferente.
(...)
Niall e eu saímos até o portão juntos, eu devo admitir que apesar de falante e um pouco escadaloso, ele era muito engraçado e querido. Assim que saímos da escola, pude avistar o carro preto de Harry, o que fez meu coração bater mais forte, a janela do carro se abriu e revelou o Styles com uma sorriso de orelha a orelha.
"Quem é o bonitão te olhando?" Niall falou bem alto, me fazendo corar como um tolo.
"É... Bem, é Meu colega de trabalho e amigo, Harry." Eu olhei envergonhado para o chão. "Preciso ir
"Sei... Amigo sim." Ele riu alto. "Tchau, Louis."
"Tchau."
Fui me aproximando aos poucos e logo entrei no carro de Harry.
"Bom dia, Lewis."
"Bom dia, Henry." Ele ligou o carro. "Onde você quer almoçar hoje?" Perguntou-me.
"Eu quero comer um hambúrguer gigante com batata frita e um refrigerante enorme." Falei como uma criança contente.
"Vamos para lanchonete então, só preciso parar um pouquinho antes." Estacionou num lugar vazio.
Eu fiquei encabulado, mas logo entendi. Seus lábios estavam grudados nos meus, eu correspondi numa intensidade que nem sabia que eu tinha.
"Desculpe-me, mas eu precisava provar desse beijo doce de novo." Acariciou minha nunca.
"Não peça desculpas por me fazer sentir bem." Eu sorri, não acreditando que essas palavras saíram minha boca.
(...)
Olá, feliz natal para quem comemora!
Acho que agora sim outras partes da história vão poder ter mais aprofundamento, se preparem vem bastante coisa por aí.
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Soft as flowers (L.S)
FanfictionPara Louis Tomlinson aquela realidade e aquele cotidiano que vivia não parecia ser o mundo, muito menos aquilo que ele queria para a sua vida. Então, decidiu sair da "caverna", mas como sair da "caverna" quando se é filho de um pastor rigoroso e de...