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Comentem, beldades!

Louis flashback on
Quando eu entrei em casa, havia duas malas na porta, eu obviamente estranhei... Mas o silêncio durou pouco, logo eu senti a op nojento! Você é uma vergonha, sodomita infernal, vai queimar no inferno bem longe da minha casa." Socos e chutes eram soltados com raiva contra mim, eu não tinha forças sequer para gritar, ele era muito maior que eu, minha mãe observava tudo com um olhar de desgosto direcionado a mim, eu sentia meu corpo doendo, tanto por dentro como por fora. "Peça perdão, seu merdinha!" Me derrubou no chão, me chutando com força e ódio. "Você é um miserável, um lixo digno de pena. Fraco!" Pisou com força no meu joelho.

"Eu não vou pedir perdão por ser livre e não importa o quanto me bata, nada vai mudar quem eu sou o que eu sinto." Gritei embriagado em lágrimas, e a cada palavra ele me batia mais, meu rosto e braços já estavam roxos, quando ele levantou a mão mais uma vez para mim eu dei um chute no meio de suas pernas e me levantei correndo, pegando uma das malas e saindo correndo para rua.

"Nunca mais volte aqui, seu impuro." Ele disse com ódio, enquanto se debatia no chão de dor.

Mary gritava para eu nunca mais me aproximar deles e que a partir daquele dia eu era um morto para eles.

Meu corpo e mente doíam, eu estava tão tonto que só senti o impacto do carro bater em mim.

Flashback off

E agora eu estou aqui, numa cama de hospital, com meu corpo doendo como o inferno. Os médicos não tinham falado nada comigo, mas eu sabia que já tinham feito raio-x em mim, eu mal conseguia falar, meu rosto estava inchado dos socos, mas eu consegui falar para enfermeira ligar para Harry, ele era a única pessoa que eu tinha agora. Ela pegou meu celular e telefonou, não durou seis segundos.

"Ele disse que já está a caminho, senhor." Eu agradeci, assistindo a mulher sair do quarto.

Eu posso estar machucado por fora, mas nada se compara ao quão destruído eu estou por dentro. Aos mesmo tempo que as costelas doem, a vontade de desaparecer me consome, o desejo de jamais ter sequer nascido era unânime.

As palavras do meu pai ainda invadiam minha mente como adagas, o fato de minha apenas assistir tudo calada, foi a chave final para fechar meu caixão.

A porta foi aberta cautelosamente, era Harry.

Meus pensamentos se acalmaram, assim que vi seu rosto preocupado, pois os olhos verdes que tanto viviam neles chegou. Dessa vez marejados, os cabelos chocolate bagunçados e o rosto mais pálido que o normal.

"Meu bem... O que fizeram com você?" Se ajoelhou ao meu lado, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

"F-foi meu pai, Hazz..." Doía até para falar, John acertou meu maxilar diversas vezes. Pela primeira vez eu vi sua expressão calma mudando para algo muito sombrio, uma raiva travando seus músculos faciais.

"Desgraçado, nós precisamos denunciar..."

"O que adianta? 99% da polícia daqui vai na igreja do meu pai, sem falar que ninguém vai acreditar... É melhor deixar isso quieto, eu estou com medo do que ele pode fazer a partir de agora, ele com certeza virá atrás de mim." Suspirei pesadamente, acho que só eu sei o poder que aquele homem tem, tanto quanto de contatos quanto de poder de ódio.

"Eu não vou deixar que ele chegue perto de você, pequeno." Encostou sua testa na minha, trocamos um selinho singelo, mas que me trouxe um conforto imenso. Eu não entraria nessa guerra sozinho.

"Ele me falou tantas coisas... Me chamou de tudo que você imaginar e minha mãe ficou lá, observando tudo com desgosto no olhar, por que eu precisei nascer naquela família? E eu tenho certeza que foi Adam quem me atropelou... Deus, eu estou tão perdido." Meu peito estava rasgando de tanta amargura. "Sem falar que eu obviamente fui despejado, onde eu vou dormir até achar meu apartamento?"

Soft as flowers (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora