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"E a hora que você começou a fazer a sua carinha de deboche? Eu juro que quis invadir e morder esse seu nariz em pé." Harry disse rindo, ao mesmo tempo que se concentrava na estrada.

"Eu tentei fazer a minha bitch face mais icônica possível." Descansei de olhos fechados no banco. "Estou ansioso para saber no que deu o reencontro da minha mãe com meu pai." Uma parte essencial do plano para poder sair de cabeça em pé daquela cidade, era destruir mais um rastro de maldade de Mary e John; O reencontro dos meus pais.

Eu estou tão ansioso para que eles possam finalmente conversar, após anos sem contato.

"Seu pai estava tão arrumado... Acho que ele exagerou um pouco no perfume." Riu nasalado. Eu ri com ele, me virando para observar seu rosto."Eu sei que você não quer falar agora sobre tudo que você ouviu e viu nesse tempo com aquelas pessoas, mas eu quero que aos poucos você revele, dentro do seu tempo, ok?" Harry agarrou gentilmente minha mão deixando um beijo carinhoso em cima dos meus dedos, eu não pude evitar de sorrir e me emocionar.

"Sabe, eu sempre li alguns livros que falavam sobre se encontrar no mundo, entender onde você se posiciona dentro da sociedade e sempre pensei que isso fosse conto de fadas, jamais iria acontecer comigo, sempre seria um solitário que provavelmente morreria sozinho... Sufocado pelas palavras que eu não dizia em voz alta. Daí você apareceu, foi como se um portão fosse destrancado dentro de mim, tudo que eu repreendi foi solto, então eu comecei a ficar mais leve, mais feliz, pude experimentar o que é ser cuidado, admirado, respeito e pela primeira vez alguém prestou atenção em mim, você conquistou a minha vontade de me abrir, ok... Talvez suas covinhas e olhos verdes tenham sido um grande empurrão." Ri com lágrimas nos olhos, podendo olhar para ele e ver que seus olhos estavam no mesmo estado que os meus, mas seu sorriso rasgava seu rosto ao mesmo tempo.

Ele apertou nossas mãos entrelaçadas e as levou até seu rosto, passando em sua bochecha carinhosamente. E então um silêncio caloroso ficou entre nós, o espaço sendo preenchido por sentimentos ao invés de palavras.

(...)

A viagem durou muito tempo, mas eu dormi 95% da mesma. Apenas acordei quando Harry estacionou em frente a uma casa preta, elegante, de madeira, com um quintal enorme.

Eu fiquei maravilhado com todo o astetico da cada, era tão linda e o quintal parecia implorar por ser preenchido com flores, apesar de árvores lindíssimas rondarem o pátio

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Eu fiquei maravilhado com todo o astetico da cada, era tão linda e o quintal parecia implorar por ser preenchido com flores, apesar de árvores lindíssimas rondarem o pátio.

"Essa é a casa que você alugou?" Perguntei abismado, nós descemos do carro ao mesmo tempo, Harry com um sorriso bobo no rosto deu a volta e me abraçou de lado, beijando o topo da minha cabeça.

"Na verdade, Louis... Eu comprei essa casa." Disse sorrindo.

Me soltei dele, o encarando chocado.

"Como assim?" Cruzei os braços.
Ele riu, me abraçando forte, mas eu continuei emburrado."Hazz, nós combinamos de pagar o mesmo valor juntos, dividir o preço do aluguel." Resmunguei.

"Eu sei, babe." Ele me olhou firme. "Tia Eve deixou todo dinheiro da venda da loja para nós dois, e bem... Eu complementei também. Eve disse que ela finalmente vai poder descansar, sabendo que você estará feliz e com alguém de confiança. Você sabe que ter uma casa própria é um grande passo, para nossa estabilização aqui." Eu respirei fundo me abraçando a ele.

"Ela é linda... Droga, vamos entrar logo e levar nossas coisas..." Amoleci, não podia brigar com ele por ter realizado um dos meus sonhos.

Já era noite e precisávamos nos arrumar, tudo que eu queria era um banho e uma comida gostosa, além de finalmente poder me aconchegar nos braços que eu tanto senti falta.

Pegamos nossas malas, tanto as de roupa, quanto as com fronhas, lençóis e travesseiros. Quase fui sugado pela quantidade de malas.

A casa estava mais ou menos mobiliada, a cozinha estava completa e era lindíssima, mas a sala só tinha um belo lustre, várias ideias para decorar vieram na minha cabeça.

"Uau... Eu mal posso esperar para escolhermos os móveis." Disse animado, Harry sorriu, me dando um selinho rápido. Subindo as escadas com as malas, a parte de cima da casa era menor que a de baixo, tendo apenas um quarto enorme e um banheiro, com direito a banheira e tudo. A cama era enorme e a principal parede era de vidro, dando uma bela visão da cidade nova e das grandes árvores que tinha nela.

"Louis..." Harry me chamou, sentando na cama. Andei sorrindo até ele, sentando em seu colo e wbracando seu pescoço. Ele começou a cheirar meu pescoço, segurando forte na minha cintura. "Eu senti tanta falta do seu cheiro, da sua pele macia... De como o seu corpo encaixa tão bem no meu, passei noites em claro preocupado com você, eu te amo demais." Capturou meus lábios com os seus, iniciando um beijo lento, com gosto de recomeço e saudade, o gosto dos sentimentos que estavam sendo contidos ficando claros, passando de um corpo para o outro, como se fosse compartilhamento de energias.

"Eu te amo tanto, Harry." Separei nossos lábios e encostando nossas testas, deixando mais beijos por seus lábios e bochechas. Não precisamos falar nada, nossa bolha de amor nos envolvia de forma tão forte que já era o suficiente. Minha barriga resmungou de fome, nos fazendo rir.

Harry acariciou minha barriga e nós nos levantamos.

"Lou, vou preparar alguma coisa para comermos... Enquanto isso você pode tomar banho, deixei todo material de higiene, naquela mala cinza menor." Apontou, deixando um beijo na minha testa.

"Você realmente está me chamando de fedorento?" O olhei abismado.

"Claro que não." Beijo minha testa. "Meu porquinho lindo." Eu fiquei chocado com a audácia atirando meu chinelo nele. Pude escutar sua risada gostosa ecoar pela casa.

(...)

Quando desci as escadas, já limpo e com uma roupa confortável, pude sentir o cheiro de comida, ou melhor, o cheiro da comida do Harry. Ele adorava misturar um monte de temperos e fazer molhos.
Sorri com saudade de sentir o gosto da sua comida.

"Deixa eu adivinhar... Espaguete á carbonara?" Praticamente saltitei até o cooktop.

"Exatamente." Veio me abraçar. "Sua mãe me ligou, ela e seu pai estão num jantar, acho que o seu plano foi simplesmente genial." Arqueei a sobrancelha, feliz e impressionado com a informação. Sentei em cima do balcão, com uma ajudinha de Harry, ficamos por um tempo trocando carinhos nessa posição, os corpos sedentos pela falta de contato.

"Hum, depois nós estreamos esse balcão..." Sussurou no meu ouvido, fazendo com que eu me arrepiasse, sorrindo malicioso. "Vamos comer agora, aprecie o namorado cozinheiro de mão cheia que você tem."

Descemos e comemos juntos, Harry contando os perrengues que passou para achar a casa, e toda história que ouviu de Gemma pelo celular que dona Anne quis bater em John, tendo que ser segurada por Eve, mas conseguindo deferir um soco no olho do mesmo.

"É sério, sua sogra vira uma leoa por você, nem por mim ela faria algo assim." Reclamou ciumento, mas ao mesmo tempo brincalhão.

"Acho que eu tenho todos os Styles na palma da minha mão, é meu dom." Respondi atrevido, recebendo uma mordida no pescoço.

"Não mentiu." Concordou comigo.

Terminamos a nossa noite bebendo vinho em cima da nossa cama, olhando as luzes da cidade se misturarem as luzes das estrelas e as mesmas nos observaram fazer amor beijando nossas peles.

(...)

Penúltimo cap e as emoções tão longe de acabar kkkk.

Soft as flowers (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora