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Narrador POV

Após muita espera, Harry e Jay decidiram ir encontrar Louis próximo ao carro, mas para surpresa de ambos não havia sinal do garoto, apenas um bilhete escrito com letra cursiva. "Não se pode tirar alguém de onde o mesmo pertence e não esperar reação."

Os olhos de Harry saltaram, o mesmo perdendo o tom corado de sua pele e dando lugar a palidez. Jay, ao contrário de Harry, estava vermelha de raiva.

"Se aqueles desgraçados pegaram meu filho, eu juro que vão conhecer o poder de uma mãe, uma mãe advogada ainda por cima!" Esbravejou a mulher, entrando no carro.

Harry caminhava atônito, como se fosse apenas um pesadelo, que ele precisava acordar logo.

Apesar de suas reações terem sido tão diferentes, eles compartilhavam a mesma vontade; achar Louis a salvo.

Durante o caminho até a casa dos Tomlinson, Harry só conseguia sentir seu corpo tremendo e ouvir Johannah xingando.

O que seria dele se algo acontecesse ao seu pequeno? Que ele prometeu proteger e cuidar!

Na cabeça de Jay, tudo estava fervendo, os instintos para proteger seu filhote, eram como de uma leoa.

"Eu aposto que isso é tudo coisa daquele John, maldito! Ele não aceita que Louis não faça parte do seu teatrinho de família perfeita, por mais que ele odeie quem Louis é, ele ama e preza a própria imagem." Disse desgostosa.

"Mas a própria Mary disse que ele podia seguir o caminho dele e nunca mais voltar..." Harry respondeu pensativo. "Aquela família não pensa duas vezes quando o assunto é conduzir tudo pelas aparências."

Mal eles sabiam que toda essa história tinha raízes mais profundas do que se podia imaginar.

(...)

Louis estava desacordado, mãos e pés amarrados e a boca coberta por uma fita cinza, o jovem se encontrava totalmente dopado em cima da poltrona, o clima e os cheiros que o rondavam transmitiam apenas 1/4 da situação que ele estava vivendo.

"Vamos logo acabar com isso, esse viadinho não tem opção." Ethan  esbravejou.

John não deu ouvidos ao filho, aquilo estava fora de controle. Desde que Louis havia saído de casa, a vida da família tinha virado de pernas pro ar.

A igreja toda havia parado de o respeitar e ele havia sido banido da mesma. Sem falar sobre os escândalos de lavagem de dinheiro que foram descobertos, a família toda estava na lama, falidos e sem moral.

"Ethan, você entende que se ele falar que está curado do homossexualismo todo nosso poder e glória estariam de volta? Não podemos espancar ou machucar ele, precisamos do mesmo inteiro para limpar nossa imagem." O homem sentou numa cadeira próxima ao refém.

"Mas como vamos fazer ele falar isso?" Ethan perguntou.

"Ameaçando a ele e aquela gente sem moral que o protege."

(..)

Quando Jay e Harry chegaram em frente a casa de Mary e John, já não conseguiam  mais pensar racionalmente, ambos apenas tinham em mente um único objetivo; resgatar Louis a qualquer custo.

Estava tudo aberto, sem sinal de ninguém lá. Os carros não estavam na garagem e nem sinal da família.

Eles vasculharam tudo, todos os cômodos e armários da casa. Louis não estava lá.

(...)

As horas iam passando devagar e dilacerando o peito de Harry com sentimentos ruins, era como se o relógio tivesse diminuído a velocidade apenas para torturar mais, fazer doer cada vez mais.

Seu celular aberto na galeria, na pasta onde ele guardava fotos dele com Louis ou fotos que ele tirava de Louis distraído, dormindo, resmungão, irritado, dengoso ou carente e até mesmo a primeira vez que Tomlinson ficou bêbado e algumas fotos de quando decidiram pintar o quarto de Harry e uma leve brigunha de tinta aconteceu.

Seus olhos ardiam com as lágrimas, só de  pensar que seu menino estava assustado e sofrendo, sem ninguém cuidando dele e assim ele acabou dormindo, sua mente preferindo apagar do que continuar sofrendo. Ele dormiu abraçado com uma camiseta do Tomlinson.

(...)

Solitário

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -

Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

Louis tinha passado a noite chorando, havua dadi conta do que estava acontecendo e recebeu a visita de seu pai e irmão apenas para explicar o porquê estar ali e desamarrar suas mãos para que o mesmo deitasse em um colchão sujo. Foi como se toneladas de angústia tivessem sido derramadas sobre si. Nada poderia doer mais.

Ele sabia que estava no porão da casa onde cresceu... Já se passavam das 03h da manhã pelo que o relógio da parede marcava. Sua mente vagava um curto caminho entre sua mãe e Harry, era tudo que vinha na sua cabeça.

Tudo doia, de uma forma física e mental, quando se deitou em cima do cobertor estendido no chão, sentiu algo em seu bolso.

Era seu celular. Com bateria!

Droga, esse tempo todo seu celular  estava desligado. A primeira coisa que fez foi tentar enviar algumas mensagens de texto para Harry, já que ligação alguém poderia ouvir e ele precisava ser o mais silencioso possível, porém seu celular estava com pouco créditos, teria que ser ligação...

Esperou por 2 minutos e então Harry atendeu eufórico.

"Louis? Meu amor, é você?" O cacheado exclamou, pulando de sua cama

"Sim, Hazzy... Foi meu pai e meu irmão Ethan, estou no porão da casa deles! Por favor não venha ainda me buscar, eles estão me ameaçando, eu te juro que vou conseguir sair daqui do meu jeito, eu te amo tanto, meu coração estava machucado só de pensar em como você estaria." Suspirou pesadamente.

"Eu te amo tanto também, mas como você vai sair daí? Você sabe que eles são perigosos..." Harry estava praticamente surtando por dentro com esse pensamento.

"Eu tenho um plano, que será aplicado amanhã.... Irei me livrar deles de vez." Com muita amargura no coração respondeu.

"Pode contar tudo, agora." Harry ordenou."

"Ok, é o seguinte..."

(...)

Hihihihi vcs só vão saber o plano na hora que ele for posto em prática

Mil desculpas pela demora, estava ocupada demais.

Se protejam por favor! Lavem as mãos e fiquem em casa.

Prometo ser mais rápida! Beijos





Soft as flowers (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora