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Você precisa se perder pra poder se encontrar. A melhor decisão que já fiz até hoje foi deixar me perder, me desprender de tudo que já senti de ruim até hoje, derrubar todos os obstáculos internos que tinha.

Era um começo de tarde de uma quinta-feira, eu e Harry estávamos muito próximos, ele era um grande amigo, conselheiro e bem, a gente sempre se beijava agora também, e talvez essa seja minha parte favorita. Hoje eu trouxe Niall para conhecer a floricultura, estávamos nós aproximando bastante nesses dias, apesar de ser todo escadaloso e às vezes soltando piadinhas inconvenientes, ele era uma pessoa amável e divertida.

Algo dentro de mim estava em festa, eu sentia os confetes e serpentinas voando o tempo todo.

"Louis, você realmente gosta de mato, né?" Niall me olhou assustado quando entramos na estufa.

"Eu adoro cada matinho que eu planto e cuidar deles é a melhor parte." Eu disse estonteante, rindo um pouco da expressão que ele usou.

"Hey, Lou? Você está aí?" Meu rosto se iluminou ao ouvir a voz do anjo que andava sobrevoando meu céu nesses últimos dias. O dono de 99% dos meus pensamentos atuais. Harry entrou desconfiado dentro da estufa, olhando com cuidado, então seus olhos me encontraram, sorriu largo.

Eu nem precisei responder, ele me encontrou em seguida, porque se tem uma coisa que Harry é especialista é em me encontrar, em todos os sentidos.

Ele me abraçou, deixando um beijo na minha bochecha, Niall observava com um sorriso de lado, ele sabia que algo acontecia entre nós e parecia feliz por isso.

"Oi, buscou as senhoritas?" Perguntei tentando me afastar dos seus braços.

"Sim, elas vieram com várias sacolas, Tia Eve trouxe diversas coisas para loja, está muito animada." Seu braço passou pelos meus ombros, eu estranhei. "Quem é seu amigo?"

"Prazer, Niall... O amigo irlandês e perfeito do Louis." O loiro estendeu sua mão para o cacheado, que soltou uma risada baixa e aceitou de bom grado a mão do meu amigo.

"Prazer, Harry, sou a pessoa que pega as coisas que ficam na parte alta da prateleira para o Louis." Eu não controlei um resmungo baixo que saiu, odeio quando falam da minha altura...dê um tempo, 1,68 é mediano. "Você sabe que ficar emburrado só te deixa mais fofo, né?" Me apertou contra seu peito. Ele não tinha vergonha de demonstrar carinho em público... E eu gostava disso.

"Louis, eu quero levar um cacto e um caladium." Niall disse animado.

"Ela é venenosa... Tem certeza?" Caladium é uma belíssima planta de coloração rosada que veio da América latina para cá, apesar de estonteante ela era perigosa.

"Tenho sim, vão ser dois venenosos na casa."

"Idiota." Ri tentando pegar o caladium, que estava na parte alta da estufa... Droga... "Hazzy, pega pra mim?" Harry riu alto, pegando de bom grado.

(...)

"Você precisa vir mais vezes, Niall." Abracei meu amigo, sorrindo por ele ter me feito companhia a tarde toda. Estava sendo uma descoberta incrível poder me comunicar e fazer amigos, saber que eu sou capaz de conquistar as pessoas e tê-las perto de mim apenas por ser quem eu sou.

"Eu adorei esse lugar, só me chamar que eu venho e trago bolinhos para gente da próxima vez." Apertou minha bochecha, me fazendo resmungar. "Me fala uma coisa... Por que você e Harry não namoram logo? É sério, vocês são tão lindos juntos e ele te trata como um bebê, não adianta falar que não rola nada porque eu vejo os olhares brilhantes de pombinhos apaixonados." Eu arregalei meus olhos em total surpresa, será que éramos tão óbvios?

Soft as flowers (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora