A FelicidadeTristeza não tem fim
Felicidade simA felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem pararA felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feiraTristeza não tem fim
Felicidade simA felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amorA felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bemMinhas mãos trêmulas seguraram as de Jay e juntos fomos a sala, compartilhar a notícia com todos. Tudo parecia um sonho... Bom demais para ser real, minha vida em meses havia virado do avesso.
Tem vezes que parece que estamos observando uma cena tão fora dela, como se tivéssemos assistindo TV dentro da TV, é tudo assistido ninguém nós enxerga.
Harry sentado abraçado com Anne e Gemma, enquanto Dona Eve comia alguns biscoitos e tirava fotos da cena.
"Eu preciso da atenção de todos vocês, durante muitos anos eu comentei com vocês sobre a minha triste história... De como eu precisei abdicar de meu filho, do homem da minha vida, tudo ficou acinzentado aos meus olhos depois disso, mas assim que eu coloquei meus olhos em Louis, aquele mundo murcho e seco começou a ganhar vida, eu não entendia porquê, mas lá no fundo a esperança brotou no meu coração... Meu filho perdido, que eu sempre desejei conhecer." Todos na sala, incluindo eu e Harry, desabamos no choro. Anne e Eve correram para abraçar Jay e me juntar naquele calor humano e calor de amor.
"Minha amiga... Você achou seu filho! E olhe como o destino brinca com a gente, ele é meu genro." Anne riu entre as lágrimas, beijando as bochechas da minha mãe. Harry veio me abraçar, deixando um beijo no meu pescoço, ele estava abalado com a cena também.
"Eu sabia que você o encontraria... Mas nunca imaginei que estivesse tão perto... O meu Louis, o garoto que eu vi se transformar de adolescente num homem... Que é a pessoa mais ranzinza e dócil ao mesmo tempo e que tem um dom para cuidar das flores." Eve disse chorosa, me abraçando também.
Eu deixei um beijo em sua bochecha gordinha, agradecendo apenas com um olhar tudo que já fez por mim.
"Eu te amo." Styles sussurou no meu ouvido, aproveitando que as mulheres da família estavam se abraçando num grande abraço triplo.
Eu não pude deixar de sorrir e me aninhar nele.
"Te amo, curly." Sussurei de volta.
(...)
Duas semanas depois
Eu fazia compras para meu apartamento novo com a minha mãe. Sim. Com. Minha. Mãe. Ah, e Harry estava junto também.
Ao longo desses dias nós estamos realmente próximos ela quer saber tudo que eu já passei, tudo que eu penso e sinto e eu adoro responder seus questionários, assim como fico a enchendo de perguntas.
Era incrível ter alguém ligado de forma tão forte a você, amor de mãe era viciante.
"Lou, mas eu acho que cortinas cinzas ficam mais bonitas, hum?" Harry me mostrou algumas opções, uma bem neutra e outra com brilho e rendas.
"Eu gostei da comum, acho que você tem razão... Cortinas roxas não vão dar certo." Resmunguei, afinal eu queria muito, mas ele estava completamente sério.
"Filho, você pode colocar qualquer outra coisa roxa na sua sala, vai ficar o efeito que você quer." Jay sugeriu.
"Ok, ok, vocês me convenceram." Coloquei na cestinha a cortina. "Eu tô pensando em comprar uma batedeira, quero aprender a fazer bolos." Disse pensativo.
"Antes que você pergunte; Sim, eu aceito ser seu rato de teste." Harry respondeu. Eu dei um tapinha no seu peito.
"Você não terá o prazer de experimentar meus bolos, Hazzy." Devolvi. Ganhando um aperto nas bochechas e um selinho.
"Eu sempre disse que vocês iam se encontrar algum dia, prometi para o Harry que ele iria te conhecer e para minha surpresa, aconteceu bem melhor que o esperado. Meu filho e meu afilhado namorando! Anne e eu não poderíamos querer coisa melhor." Ela sorriu nos abraçando. Tanto eu quanto Harry já havíamos pensado bastante sobre isso, como o destino deu uma segunda chance a todos nós de certa forma.
Eu sou um caso diferente, pq são mais que uma segunda chance, já que eu estou amando e sendo amado, tanto no aspecto familiar, quanto no amoroso.
"Eu quero ir lá fora comprar algum tapete bonito e felpudo para minha sala." Falei animado.
"Por que lá fora?" Harry perguntou com a sobrancelha arqueada.
"Porque tem uma loja pequena que vende por um preço bom, já vi anúncios deles na internet. Vai ficar no meu quarto, até já peguei as medidas."
"Eu fico tão feliz em puder te ajudar e te acompanhar com o seu primeiro apartamento, filho, sinto que estou de certa forma recuperando o tempo perdido." Jay acariciou meu rosto.
"Nós temos muito tempo ainda, mãe. O tempo perdido não deve ser lembrado, é uma nova era." Consolei. "Nós agora estamos juntos e nada separa."
(...)
Fui sozinho atrás do meu tapete, já que Harry e Jay ficaram na praça de alimentação fazendo os pedidos.
Haviam centenas de tapetes felpudos e macios, eu obviamente escolhi uma cor neutra e fácil de limpar, o cinza escuro se transformou na melhor opção.
Aproveitei para comprar alguns aromatizadores de ambientes que vendiam na loja, meu sonho sempre foi ter meu próprio canto... E agora eu tenho, um apartamento aconchegante e num bairro calmo, além de ser próximo ao trabalho.
Harry decidiu transferir seu curso para faculdade daqui, para que pudéssemos ficar perto e eu não podia estar mais feliz, ele se formará nesse ano e logo irá montar seu consultório, eu finalmente vou poder estudar botânica e de bônus vou poder passar muito tempo com minha mãe.
Enquanto eu atravessava a rua, sentia alguém sempre estar junto comigo, como se imitasse meus movimentos... Era um homem alto e loiro, com tatuagens pelo rosto.
Eu não dei bola na hora, continuei meu caminho chegando no carro de Harry e ajeitando o tapete enorme dentro dele.
Quando fechei a porta, pude assistir o mesmo homem loiro colocar um pano no meu rosto e me segurando forte contra o seu corpo.
Então eu apaguei...
(...)
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Soft as flowers (L.S)
FanfictionPara Louis Tomlinson aquela realidade e aquele cotidiano que vivia não parecia ser o mundo, muito menos aquilo que ele queria para a sua vida. Então, decidiu sair da "caverna", mas como sair da "caverna" quando se é filho de um pastor rigoroso e de...