Vamos olhar as estrelas.

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Certa noite, os 7 meninos estavam reunidos no dormitório, cada um no seu quarto. Bambam mais uma vez era tomado pela tristeza e angústia de se sentir insuficiente e inseguro. De forma alguma ele conseguia olhar pra si mesmo e dizer "eu me amo", pois sua preocupação não era literalmente com sua aparência exterior. Ele também se cobrava muito por quem era, de que modos agia, se estava performando bem ou não, se os fãs estavam felizes com as músicas, se sua voz os agradavam.

A sua cabeça começava a esquentar, seus olhos viraram cachoeiras, seu corpo frio e palido lembrava neblina.
Estava somente com uma bermuda curta, pois estava com calor, mesmo sendo inverno. Aquele foi um dia relativamente quente na Coréia.

Enquanto chorava com pensamentos atormentadores em sua mente, o fazendo piorar a cada dia mais, Mark se sentia angustiado, foi a primeira vez que se sentiu assim.
Algo o incomodava naquela noite, e ele estava ao lado do quarto de Bambam.

Resolveu ir até a cozinha beber água. Ele estava de pijama. Quando voltava, ao passar pelo quarto de Bambam, sentiu um grande tremor em seu corpo. Mark se arrepiou, sentiu como se algo o devorasse por dentro, seu coração apertou, sentia falta de ar enquanto estava ali, parado em frente a porta do dormitório de seu amado amigo.

Mark então se perguntou "o que é isso? Por qual motivo me sinto dessa forma?". Ele então olha para a porta de Bambam e bate, a espera de que ele o receba.

Mark não sabia, mas era sensitivo, não tinha o dom desenvolvido, porém naquele dia, a angústia, tristeza e insegurança de Bambam, fizeram com que o peito de Mark sentisse o conflito que seu amigo passava sozinho no quarto.

Bambam olha assustado para a porta e pergunta:

— Quem é?

Mark o responde:

— Bambam, posso passar essa noite junto a você? Eu não me sinto bem.

Depois de ouvir o pedido do seu amado, ele não conseguiu ignorar o fato de que aquilo o deixou feliz, e confortável de certa forma.
Bambam sorriu, limpou o rosto e recebeu Mark.

Os dois conversaram e comeram alguns salgadinhos, até Mark pedir para olhar as estrelas, pois o quarto de Bambam era um dos que tinha sacada, e o de Mark não.

Bambam sentou no chão e olhou para trás, Mark sorriu e sentou no colo do amigo.
Bambam pensou "mas o que ele está fazendo?". Então ele resolveu brincar com Mark, dizendo:

— Oh, você não está bem porque está carente assim, é? — Disse ele sorrindo.

Então Mark o confrotou:

— Talvez, mas se fosse esse o motivo, eu iria procurar braços maiores, como os do Jackson, para me confortar, não acha? — Disse, enquanto estava sentado sobre Bambam e com os braços do amigo em volta de si.

Bambam então olha para o lado e diz:

— Então o que veio procurar aqui? — Disse ele chateado e revirando os olhos.

Mark sorrindo responde:

— Own, eu estou apenas brincando, certo? Seus braços são confortaveis, me sinto bem aqui com você e não quero sair daqui.

Bambam sorriu e eles ficaram observando as estrelas por um tempo. Mark então resolve comentar algo:

— As estrelas são como os ahgases não acha? Mesmo que estejam longes de nós agora, eles continuam brilhando calorosamente. O calor deles nos shows é algo que realmente me deixa feliz e motivado.

Bambam sentia o mesmo, pois os shows eram terapia para si, e respondeu:

— Eles são realmente incríveis, fazendo-nos continuar com nosso trabalho arduamente, contentes e quentes. — Disse, sorrindo.

Mark o respondeu:

— Mas nessa noite, eu não consegui sentir o seu brilho. Mais cedo quando voltamos dos estúdios da JYP, no carro, você parecia distante e agora a única coisa que sinto é o seu corpo gelado. Está tudo bem com você?

Bambam sente o corpo estremecer, e fica arrepiado, pois não percebeu que Mark o observava na volta, e o responde:

— Eu estava um pouco cansado, mas só isso. — Disse ele, enquanto acariciava Mark.

Mark, o acariciando da mesma forma responde:

— Bambam, eu não acho que seja só isso, eu tenho quase certeza que há algo a mais. Tudo bem se não se sentir confortável pra me dizer agora, mas me diga algum dia, porquê nem você mesmo deve ter percebido, mas desde que estou com as costas em seu tórax, eu sinto seu coração batendo forte. — Disse Mark, enquanto apertava a mão de Bambam.

Os olhos de seu amigo começavam a brilhar, as lágrimas estavam a ponto de escorrer, porém mais uma vez a insegurança tomou conta do coração de Bambam e ele responde:

— Eu estou cansado, na verdade, talvez um pouco por conta da rotina corrida possa ter me desgastado, mas sei que sou forte, e sei que vocês vão estar comigo. Não preciso ficar com medo. — Disse Bambam, colocando uma máscara de novo em suas palavras.

Mark não acreditou, na verdade ele entendia bem como seu amigo estava, mas jogar ali na cara todos os sentimentos que Bambam sentia, não poderia ajudar tanto, então Mark tomando conhecimento da insegurança e baixa autoestima do amigo, o disse:

— Bambam, eu amo você, e nunca vou deixar você sozinho. Nós somos como as estrelas, certo? Nós brilhamos um para o outro. Não se preocupe, eu nunca vou deixar de te iluminar, mas eu preciso que você seja minha luz também, você é capaz disso. Não importa qual outra claridade eu receba para ver meu caminho, talvez a única luz que eu necessite seja da sua. Seu brilho, assim como os dos outros, é puro e único, não existe cópia, apenas a sua exclusividade, e eu amo a sua luz. — Disse Mark o olhando nos olhos, dessa vez.

Mark virou, e abraçou Bambam ali mesmo, sentados no chão. Faltava poucos dias para virada de ano. Nenhum dos dois notou, mas no céu, naquele exato momento, acontecia uma chuva de meteoros.

Bambam chorou com o abraço e o agradeceu dizendo:

— Eu amo você e a sua luz também. Obrigado por ser tão doce comigo. — Disse Bambam, com as mais sinceras palavras que já podem ser ditas a alguém.

Mark o abraçou forte, e ambos ficaram ali, aproveitando da presença um do outro, por um tempo.

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Eu vou te ajudar (Markbam)Onde histórias criam vida. Descubra agora