Tsunade é a Godaime Hokage de Konohagakure, uma Sannin Lendária e uma forte kunoichi. Mas ela se fechou para o amor desde a morte de seu amado - Dan -. Será A o Raikage da Nuvem capaz de fazê-la amar novamente?
Era noite, e eu estava em um bar qualquer da vila. Como eu vim parar aqui? Bom, eu não aguentava mais pensar na discussão com A e nas palavras da anciã, me afundar no trabalho não estava dando certo, então eu resolvi sair para beber. Tem coisa melhor do que esquecer seus problemas com uma boa dose?
Eu já estava - provavelmente - no meu 12.º copo de bebida, mas eu lembrava do meu nome e onde eu morava, então não era o suficiente. Em algum momento Shizune e Sakura chegaram aqui, como me acharam? Eu não sei, e sinceramente não me preucupo com isso. Eu já estava há alguns minutos - talvez horas - despejando meus sentimentos e tudo sobre eu e o Raikage nesses últimos dias. As meninas tentavam me dizer algo e me ajudar, porém eu não queria ouvir, eu só queria desabafar e tentar esquecer tudo aquilo.
- Tsunade-Sama, a senhora não acha que já está na hora de irmos? - Sakura tenta, novamente, me convencer a ir embora.
- Não, eu só quero beber. - giro o líquido em meu copo antes de beber.
- Tsunade-Sama, por que vocês não conversam seriamente quando o Raikage voltar da missão? - é a vez de Shizune de perguntar algo.
- Ele quer um filho. Eu não quero um filho. - tem motivos melhores?
- Qual o motivo para a senhora não querer um filho?
- Eu não sei ta legal? - suspiro, e apoio minha testa em minhas mãos. - Eu apenas... Achava tudo isso muito recente, e que diabos! Quem quer um filho no começo de um quase-relacionamento? Eu nem tenho certeza do que sinto. Só sei que quando estamos juntos é como se mil borboletas dancassem em meu estômago; O mundo parece parar de girar e só existisse nós dois ali; É como se nada mais importasse no mundo; O jeito que ele me trata, é completamente diferente, é como se... eu fosse a única pessoa que realmente importa.
Não contenho e suspiro pesadamente. As meninas me olham com um olhar estranho e um sorrisinho nos lábios, mas eu estou tonta demais para desvendar seus olhares.
- É Shizune, o diagnóstico está certo é isso mesmo! - Sakura diz, eu não entendo nada, diagnóstico de quê?
- Ah sim Sakura, é aquela doença mesmo, sem sombra de dúvidas. - Shizune e Sakura soltam um sorriso. Mas que diabos, do que essas duas estão falando?
- Vocês duas podem me explicar do que estão falando? Por kami! Não estou entendendo nada! - esbravejo e elas caem na gargalhada outra vez.
- É paixão! - respondem em uníssono.
- Você está apaixonadinha por o Raikage Tsunade-Sama! - Sakura zomba de mim.
- E deveria se declarar pra ele, isso sim! - Shizune aponta o dedo para mim. E tonton, que eu nem tinha percebido que estava ali, ronca como se concordasse com as duas.
- Vocês duas não estão falando nada com nada! Eu já vou embora, vocês estão falando tolices!
Tento me levantar em um rompante, e uma tontura me faz sentar de novo, eu bebi bastante, isso é fato. Minhas duas discípulas me apoiam uma em cada lado colocando meus braços por cima de seus ombros, antes de sairmos, deixo o dinheiro das bebidas em cima da mesa.
Na minha casa, elas me colocam sentada no sofá e pedem que eu não exagere na bebida mais. Mas eu acho que ainda tenho algumas garrafas em meu estoque e não faria mal beber só mais um pouquinho. A casa está silenciosa, e a falta do Raikage já é sentida por mim, parece que faziam anos que estávamos dividindo essa casa.
A solidão é sentida de maneira fria por mim, o único calor sentido é o da bebiba que desce amargamente por minha garganta. A conversa que tive com as garotas veio em minha mente e suas palavras me fazem pensar se eu estou apaixonada pelo Raikage?
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