• e s p e c i a l d e n a t a l • 🎄 ᴘᴀʀᴛ¹

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Quase dois meses se passaram após a première. Chris e todos os envolvidos no grande sucesso do desfecho da trilogia do Capitão América estavam cada vez mais felizes. Os tabloides ainda comentavam muito sobre o filme.

Outra coisa que a mídia não esquecia, e também não parava de comentar, era sobre a minha gravidez. Desde que enfim anunciamos, várias perguntas vêm sendo feitas. Perguntas do tipo: "Vocês foram muito rápido, não acham?", "vocês pretendem se casar?", "pretendem ter mais filhos?", "vocês vão morar juntos agora?", e claro, a pior de todas... "vocês não acham que a Ellena está querendo dar o golpe do baú no Chris?".

Eu tento não me abalar por todas essas coisas, mas às vezes é difícil. Chris não me deixa sozinha, está sempre do meu lado e cuidando de mim. Cuidando para que eu não faça nada errado ou retruque algumas dessas perguntas sem cabimento.

Uma semana após première, eu e Chris decidimos morar no mesmo lugar. Não temos um lugar definitivo, as vezes estamos na minha casa, as vezes na casa dele, e assim passamos os dias.
Lisa vinha todo final de semana. Como Chris ainda tinha algumas entrevistas e eventos para participar, não gostava de me deixar sozinha. Cara ficava comigo, porém ela não tinha experiência nenhuma com a maternidade, então Lisa quem comandava esse assunto. Cuidava de mim como se fosse sua filha. Era disso que eu precisava.

Eu estava prestes a entrar no quarto mês de gestação, e Chris e eu tomamos uma decisão. Não iríamos saber o sexo do bebê. Queremos que seja surpresa para todos nós. O enxoval seria com cores neutras e unissex. Mesmo assim pensávamos nos nomes todas as noites antes de dormir.

Com o Natal chegando eu ficava ainda mais sensível. Senti falta da minha mãe quando fui dormir uma noite e acabei passando o resto do tempo no banheiro, vomitando. Senti falta de tê-la por perto me dizendo que tudo iria ficar bem. Já fazia meses desde que recebi sua mensagem e, desde então, nunca mais ouvi dela e nem a respondi. Minha consciência chega a pesar.

Estávamos a uma semana do Natal quando decidimos ir para Boston para passar a data com os Evans. Cara e eu resolveríamos algumas coisas sobre meus novos trabalhos que estão por vir e, depois disso, vamos para casa da família do Chris. Ele já estava lá, desde o começo da semana.

Foi difícil convencê-lo a ir sem mim. Ele não gosta de ficar muito tempo longe, diz que sente que está perdendo o crescimento do bebê aqui dentro, mas expliquei a ele que seriam apenas uns dias até eu resolver as pendências com Cara e Derek. Ele concordou e foi.

Derek, Cara e eu tivemos nossa última reunião antes do Natal. Acertamos novos trabalhos para mim e outras coisas. Eu estava feliz, mas sempre que eu me sentia assim, algo me despertava e tirava meu sorriso. Minha mãe.

...

Era dia 23 de dezembro. Eu havia passado a noite em claro pensando em Angeline. Como estaria? Será que está bem? Vai passar o Natal sozinha? Eu sei que é muito injusto que eu só esteja preocupada com ela agora, mas ela sempre me pareceu ser alguém muito forte e tinha meu padrasto com ela. Porém depois daquela mensagem tudo mudou. Eu passei a imaginar ela como alguém fraco, indefeso, e isso nunca mais deixou de me incomodar.

Eu tinha que parar de pensar nisso e ir me arrumar para pegar o vôo para Boston. Cara não ia hoje, iria amanhã pois ainda tem assuntos para resolver.

Ainda era de manhã, mas minhas malas estavam todas prontas. Eu precisava ir ao aeroporto ou iria enlouquecer de tantos pensamentos. Terminei de me vestir adequadamente e respirei fundo antes de sair de casa.

Saí no meu carro a caminho do LAX.

Insistentemente uma forte dúvida surgiu em mim. Comecei a caminhar para dentro do saguão do aeroporto e parei para comprar a passagem. Ao chegar no balcão a atendente me perguntou qual seria o destino, mas demorei um pouco para responder, estava nervosa.

Paper 𝐋𝐎𝐕𝐄 ❛ 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 ¹ ❜• {ChrisEvans}Onde histórias criam vida. Descubra agora