Narrado por Ayla;
-Oi mãe!-Ryan me soltou e eu fui até ela lhe dar um beijo.-Mãe este é meu amigo Ryan, Ryan está é minha mãe. . .
-É um prazer!- disse ele se levantando.
-Caramba, você se machucou feio!-disse ela indo em direção a ele, e a enfermeira entrou em ação.-Deixa eu dar uma olhada pra ver se precisa levar pontos!
-Ayla já fez isso!-disse ele.
-Não consegui ver direito!-falei.
-Senta ai de novo!-disse ela e ele obedeceu, me parei do lado, ela lavou as mãos e pegou umas gaze e apertou contra o lábio por dentro, Ryan estendeu a mão pra mim e eu automaticamente a peguei.
-Não, foi só três cortes do tamanho dos dentes, levou um soco e tanto!
-Foi meu pai!-confessou.
Minha mãe ficou surpresa.
-O que você fez pra ganhar isso?-perguntou minha mãe enquanto procurava um remédio na bolsa.
-Ele mexeu no escritório da minha mãe e ela nunca gostou que mexessem lá, ai mandei ele sair!
-E por isso apanhou?!-falei surpresa.
-Eu o acusei!-disse ele desviando os olhos.
-De quê?-perguntei já sabendo a resposta.
-Dele ter matado minha mãe!-Ryan fechou os olhos.-Tenho que ir. . .
-Nã-Na-Não, pode ficar, toma esse remédio aqui, vai te ajudar, a cama da Ayla é bem grande, não vai voltar pra casa pra apanhar mais!
-Mãe. . . -Eu ia me recusar e lembrei do pedido da Edith.-Sua comida ta na geladeira, vem Ryan vou te mostrar o quarto, tenho toalha se quiser tomar um banho!
-Obrigado pela confiança e carinho comigo!-disse ele a minha mãe.
-Tudo bem querido, só descansa bem!
-A senhora também!
-Obrigado, Ayla, depois vem aqui!
-Claro!
O levei até meu quarto e peguei uma toalha, entreguei pra ele e o mesmo pegou minha mão junto da toalha.
-Ayla, não preciso ficar no seu quarto, posso dormir na sala se você quiser. . .
-Ouviu minha mãe, ela te deu um remédio que no mínimo vai te deixar grog.
Ele pegou meu rosto em sua mão e acariciou minha bochecha, desviei o olhar.
-Preciso descer, o banheiro fica ali!-apontei.
-Obrigado!
Sorri sem jeito e sai o mais rápido que pude. Minha mãe estava jantando com o olhar perdido. Peguei uma ameixa e sentei do lado dela.
-Seu namorado é um gato!-sussurrou ela.
-Mãe. . . A senhora acredita que espíritos possam se comunicar conosco?
-Bom, como boa espírita que tento ser, tenho certeza que sim, tanto que nas sessões alguns médiuns podem psicografar cartas...
-Mas e quando a gente é cética, e um espírito se comunica diretamente. . .
-Isso aconteceu com você?
-Nã-Não, é só curiosidade mesmo!
-Mas pra essa curiosidade se aflorar. . .
-Eu fui numa cartomante com a Jade!
-Humm. . . E o que ela te mostrou?
-Que a mãe do Ryan me pediu ajuda pra salvar ele.-sussurrei.
-E você o fez?!
-Pela hora e endereço que eu não sabia aonde era, deu certinho, cheguei bem na hora, e se o pai dele tentar matar ele. . .
-Ei, calma filha, se você foi posta no caminho dele é por um bom motivo!
-Você me apoiaria se eu precisasse. . .
-Apoio em qualquer decisão que tomar, você nasceu com uma alma antiga, não a vejo fazer coisas que adolescentes comuns fazem, e eu confio em você!
-Obrigada mãe, eu amo a senhora!
-Também te amo meu amor, agora vá descansar!
-Você também!
-Já estou indo.
Subi as escadas e fui escovar os dentes, me deparo com um Deus grego semi-nu na minha frente.
-Fecha a boca que a baba ta correndo!
-Vai se fuder!-falei e entrei mesmo assim, abri a gaveta de baixo onde tinha escovas de dentes novas e dei uma pra ele, juro que tentei não olhar, mas aquela toalha enrolada abaixo do V, tava me matando.
Coloquei pasta de dente na minha e escovei tentando não olha-lo, mas meu olho correu e ele estava sorrindo olhando pro espelho, ai se tu soubesse o quanto me irritas.
-Idiota!-murmurei.
-Acho que estou chegando a uma conclusão!-disse ele colocando a escova na boca.
-Humm?
-Você gosta de mim!
Kkkkkk
-Sério, quando eu chego perto de você, é como um imã, automaticamente vem pro meu lado. . .
-Não viaja Ryan!-enxaguei a boca.
-Fora que eu noto que causo alguma coisa em seu sistema nervoso!
-Ah, isso sim, agora acertou em cheio, você atinge em cheio meu sistema nervoso, me deixa irritada!
Ele riu.
-Viu, você admitiu que gosta de mim!
-Não gosto!
-Então por que estou prestes a dormir na sua cama?
-Grrr . . . Vai, vai se deitar antes que eu arranque a sua cabeça!
-Te espero debaixo das cobertas meu amor!
Joguei o sabonete em direção a ele, que saiu correndo. Fechei a porta e tirei minha roupa, abri o chuveiro no gelado pra esfriar a cabeça.
-//-
Narrado por Ryan;
Não faço a minima ideia do que estou fazendo na casa da Ayla, mas não vou perder a oportunidade de conhecê-la melhor, me surpreendi quando a vi hoje na porta da minha casa e mesmo ela demonstrando nervosismo interpretou bem o papel, talvez ela goste de mim, só não quer admitir. Depois de tirar ela do sério no banheiro fui pro quarto dela, a cama não era de casal, era quase o dobro. Um armário cheio de livros, era tanto livros que além de estarem prensados um nos outros, haviam alguns por cima. Que vida chata ela deve de ter, aposto que nem namorado teve, caramba nunca vi uma garota com tão pouca roupa, isso é quase impossível de crer, ouvi os passos dela e corri pra cama, me deitei no meio, é tão confortável. Hummm o cheiro dos travesseiros é do perfume dela. A porta entre abriu.
-Ryan?!
Não respondi, fingi estar dormindo, ela espiou na porta e entrou enrolada na toalha, foi até a porta do armário embutido na parede e pegou uma calcinha a colocou sem tirar a toalha, mesmo assim meu membro pulsou, quando ela foi por a camiseta a toalha dela caiu, ela xingou em voz baixa e se virou pra me olhar, fechei a fresta dos olhos no mesmo instante. Não demorou muito ela subiu na cama e me empurrou.
-Ryan chega pra lá!
-Humm. . .
-Eu vou cair da cama, chega pra lá!
-Mas é enorme!-resmunguei fingindo dormir.
-Por isso mesmo, é pra eu não cair da cama!
Me virei chegando mais pro lado, ela deitou, pegou um travesseiro e colocou no meio das pernas e o outro ela abraçou, segui fingindo que estava dormindo. Ela parecia estar incomodada.
-Por que você é tão irritante?-sussurrou ela.
Sorri quando ouvi. E eu queria saber por que você mexe tanto comigo?
