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Narrado por Ryan:

Se ela entrou na minha casa vai entrar outra vez, deixei um bilhete no mesmo lugar que ela deixou pra mim, Ayla e eu fizemos uma mala com coisas que eu precisaria e fomos pra casa dela no meu carro, mas precisamos nos proteger, não posso deixar Ayla desprotegida.

-O que tanto você pensa ai, está no automático desde que chegamos.

-Vou trocar de carro amanhã!

-E eu achando que você estava preocupado.

-Estou, vou trocar por um blindado, até eu convencer minha irmã de alguma coisa precisamos nos proteger!

-Já falei que amo você?!

Ayla me abraçou e a peguei no colo a levando pra cama.

-Eu amo você Ayla!-beijei seu pescoço e senti sua pele arrepiar.

. . .

-//-

Narrado por Noah:

(Música da mídia)

Desgraçado, tirou de mim a única pessoa que eu amei e agora eu vou tirar a vida de quem ele ama também.

Tudo planejado, primeiro vou começar com os sustos depois vou sequestrar a garota das filmagens daquele depravado.

Fiz tudo pelo meu pai minha vida toda, sempre esperando que um dia ele reconhecesse tudo que tenho feito, e agora esse dia nunca vai chegar, mas eu vou cuidar bem de você meu irmão!

Eu ri e uns garotos do trem me olharam, os olhei de cara fechada.

-Perderam alguma coisa aqui?

Eles negaram. Acho bom mesmo. Meu pai sempre disse que garotos só atrapalhariam minha vida, eu não vou dizer que fugi de casa, porque era só eu e meu pai, agora estou só, e eu mando em mim, tenho grana, tenho documentos falsos, o que mais eu quero.

Entrei naquela casa das filmagens, com a chave da porta que meu pai sempre tinha na gaveta do escritório, chave de todos os lugares com nomes nos chaveiros. O bilhete que eu já havia escrito cravei na porta da sua geladeira com uma faca. Entrei no quarto dele, mexi em suas coisas, achei uma foto sua com sua mãe. Pelo menos ele teve uma mãe, eu nem isso tive.

Ouvi um barulho lá em baixo, ele chegou, pela planta da casa tem um soton com entrada no corredor, sai do quarto, me impulsionei para puxar a ponta da escada, subi rapidamente e fechei. Aqui de cima não ouço nada, mas tem uma janelinha que da pra espiar pra rua, tem um carro na frente da casa, eu poderia descer lá e acabar com os dois de uma vez, mas qual seria a graça, comecei a mexer nas caixas, haviam coisas de . . . não sei, são tipo bonecos.

-Interessante! -falei olhando um boneco com o desenho de uma aranha no meio do peito pra que será que isso serve?

Ouvi outros carros chegando, olhei pela janelinha é a policia, idiota, fracote, o medinho tá se espalhando é.

Ouvi sons pelas portas, se ouve as coisas só da parte de cima da casa, me escondi entre as caixas por se subissem.

''Não tem ninguém aqui!''-disse um deles.

Idiotas. depois de um tempo ouço.

''Vamos esperar lá fora!''

''Se precisar é só chamar!'' -disse uma mulher.

Segui o som por cima da casa, ouço o garoto chorar, engatinhei até onde o som era mais alto, aqui deve ser o quarto dele pelo que me lembro. nem uma fresta que merda, colei meu ouvido no piso para ouvir.

-Calma Ryan!

-Ayla, ela é uma criança, como ele pode fazer isso com ela?!

Ele quem? De quem estão falando?

-Se sua mãe soubesse dela. . .

-Minha mãe não teria deixado ele transformar ela, minha mãe teria a amado e a protegido, como fez comigo!-interrompeu ele.

-Eu sei!-disse a moça.-Mas olha ainda temos uma chance. . .

-Ela quer matar você Ayla!

-Ela não vai!

Ah vou sim.

-Se ele fez uma lavagem cerebral nela, nunca que ela me aceitaria como irmão.

-Não pense assim Ryan, olha, sua mãe se orgulharia de você se soubesse que acolheu sua irmã, e aposto que ela vai ficar muito feliz de sabe que seus filhos estão juntos. . .

Filhos? Perae que parte da história eu perdi?

-Ela é a cara da minha mãe, os olhos a boca, até a cor do cabelo, se não tivessem provas de que ela é filha dela eu diria que meu pai clonou minha mãe.

-Eu vi. . .

Eu sou filha da mãe dele? Como assim, minha mãe morreu quando eu nasci.

-Como vou contar pra ela?-perguntou ele.

-Quando ela te der uma chance de vocês conversarem. . .

-Eu não posso chegar pra ela e dizer oi Noah você é filha legítima da minha mãe, mas minha mãe não sábia, porque aquele monstro do nosso pai roubou um óvulo da nossa mãe e implantou em uma outra mulher, que ele próprio matou, agora eu quero recuperar nossa família e sermos felizes!-ele falava alterado quase gritando.-Caramba eu vou levar um tiro dela bem no meio da minha fusa, ela nem vai deixar eu terminar de falar. . .

Ele se descontrolou e eu também, meu peito queimava como um tiro, eu tentei ao máximo me controlar para que não me ouvissem.

-Apenas tente!-disse a garota.-Vamos tentar construir algo bom com ela.

Ele mentiu pra mim, mentiu minha vida toda, por que fez isso comigo pai, eu. . . Eu estou. . . Com tanto ódio, eu podia ter tido uma mãe, eu podia ter tido uma vida diferente. . .

Acordei no escuro total, eu estava dentro do soton, engatinhei procurando a porta de saída, o escuro não me assusta nem um pouco, passei quase uma mês no breu de uma cela cheia de labirintos e armadilhas, meu pai disse que com aquilo eu seria mais forte, e venceria meu medo, chorei por uma semana no breu encolhida, com fome e com medo, apenas uma garrafa de água me era alcançada por dia, se eu conseguisse sair dali teria comida e bastante água pra mim, então comecei a busca pela saída, usei meus instintos e encontrei, comi feito um bicho esganado. Tinham algumas luzes acessas na casa, fui até a cozinha e no lugar do meu bilhete tinha outro.

"Noah por favor vamos nos encontrar, quero muito conversar com você.

Ryan."

Em baixo o número de um telefone. Coloquei o bilhete no bolso do casaco. Eu quero sair e viver e é isso que vou fazer papai, vai ver seu progeto garotinha prodígio ir pelo espaço. Entro na garagem e vejo uma moto vou até ela e cálculo meu peso se eu posso com ela e pelo visto não poderei com ela. Sai frustrada dali, peguei um táxi.

-Onde quer ir?

-Me leve ao lugar mais divertido desta cidade!

-Quantos anos tem?

-19, quer ver minha carteira?!

-Não, não, eu só. . . É. . . Perguntei pra saber onde te levar!

-Ok, deixe-me no lugar mais legal daqui!

-Ok!

Ele levou mais de meia hora pra me levar a algo que parecia uma festa. Joguei uma nota de 100 dólares.

-Seu troco!

-Fica com ele.

BreakOnde histórias criam vida. Descubra agora