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Narrado por Ryan:

Fiquei me sentindo um escroto quando descobri que ela nunca namorou antes, ela tem 17 anos, como eu ia adivinhar, vou tentar ser um cara melhor, um desses caras que ela lê nos livros talvez, nunca tive uma namorada na vida e ela nem é minha namorada oficialmente, mas quero que ela seja, quero conquistar ela, quero ser amado por ela, pois ela mexe comigo de uma forma que é sem explicação.

Quando ela atendeu o pai dela e falou com tanta verdade, "meu namorado". . . quando ela disse isso, eu gostei e desejei muito que fosse verdade.

Li quase todo o livro que ela me emprestou, até que gostei sabe, chegamos na casa dela e sua mãe já estava dormindo, ela entrou no quarto da mãe dela e a arrumou na cama, a cobriu e lhe deu um beijo. A esperei no marco da porta.

-Ela sempre dorme toda torta, pelo menos amanhã é a folga dela, quero deixar umas marmitas prontas pra ela levar na segunda.

-Vamos nos deitar, amanhã eu te ajudo!

-Você cozinhando?-disse ela com deboche.

-Sou um bom ajudante!

-Está bem, vou tomar um banho, estou fedendo a álcool!

-Ok, eu vou depois de você!

-Vem comigo, o box é escuro, pode escovar seus dentes enquanto eu tomo banho!

A segui pelo corredor, ela pegou uma roupa pra ela e uma toalha, eu tirei minha câmera e a coloquei em cima o criado mudo, depois separei as roupas, peguei uma boxer e uma camiseta, ela entrou no box enquanto eu escovava os dentes, debatemos sobre o livro e ela conseguiu me deixar curioso com o segundo, ela se vestiu no box mesmo, eu entrei enquanto ela escovava os dentes. Só joguei uma água no corpo enquanto ela penteava o cabelo, no quarto ela se jogou na cama e foi pro meio, me deitei do mesmo lado que ontem.

-Por que dorme no meio mesmo?

-Porque eu caia muito da cama, minha mãe resolveu que seria melhor uma cama grande.

-Resolveu?

-Se eu dormir bem no meio sim!

Me virei e a camiseta girou no meu corpo.

-Que saco, odeio quando a camiseta faz isso!

-Tira!

-Tem certeza?

-Olha, depois de você dormir nu ontem, não tem porque dormir de camiseta hoje.

Tirei a camiseta num canto.

-E você sempre dorme com essa luz debaixo da cama?

-Te incomoda?

-Não, só quero te conhecer melhor!

-Eu tinha medo de monstros em baixo da minha cama ai eu passava pra cama do meus pais quando eu caia, meu pai então colocou essas luzes de led debaixo da cama, quando eu caia, via que não tinha nada e voltava pra cama. E você dorme no escuro?

-Dormia, mas descobri que gosto mais dessas luzes!

-Ah é, e qual o motivo?

-Da pra ver você dormindo!

Ela revirou os olhos e eu sorri.

-Vai dormir que você já está delirando de sono.

Ayla fechou os olhos e passei a mão em seu rosto tirando o cabelo dali, ela suspirou.

-Isso é melhor do que nos livros!

Sorri e cheguei mais pra perto dela. Adormeci e acordei assim que ela colocou o braço por cima de mim, sorri e voltei a dormir.

Eu estava andando pela casa da Ayla, desci as escadas.

"Filho"

-Mãe?- caminhei até ela.

-Filho, presta a atenção, vocês estão sendo vigiados!

-Aqui?

-Não, na nossa casa, ele colocou câmeras, cuidado, muito cuidado!

-Mãe eu sinto sua falta!

-Eu sei meu macaquinho, mas agora você tem que cuidar da Ayla!

Ela acariciou meu rosto e comecei a chorar.

-Ela me faz sentir coisas diferentes!

-Você vai amar ela mais do que a si próprio!

- Eu quero ela na minha vida!-confessei.

- Respeite-a e a terá para sempre!

-Mãe me fala, foi meu pai que te matou?

-Esquece isso meu filho, só ajuda a Ayla com a missão!

-Não mãe, eu preciso disso, preciso saber e ele precisa ser punido. . .

-Vem!-ela sentou no sofá e me puxou para seu colo e como uma criança pequena chorei.

. . .

-Ryan, acorde!-disse Ayla.-Ryan eu estou aqui!

Abri meus olhos e eu vi que estava soluçando de tanto que chorava. Ayla me envolveu em seus braços.

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Narrado por Ayla;

Ouço um choro no meio da noite, olho para Ryan e ele chora como uma criança, passei a mão no rosto dele e o chamei, mas ele não acordou, segui o chamando até que ele abriu os olhos, o abracei envolvendo-o, seu rosto ficou em meu peito, e meu coração acelerou, não sei como é perder alguém que se ama de verdade, mas deve ser a pior dor do mundo.

-Precisamos ter cuidado!-murmurou ele.-Tem câmera na casa!

-Vamos ter cuidado!-Dei um beijo em sua testa e lhe fiz um afago.

Ele dormiu abraçado e com a cabeça em meu peito, o cabelo dele era macio. Eu não o conhecia direito, não sei bem quem ele é ou em quem ele está se transformando, mas eu sei que mesmo irritando-me eu o quero na minha vida, pode ser até como amigo.

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Domingo de manhã;

Narrado por Ryan:

Acordei antes da Ayla, ela me abraçava forte, foi difícil sair daqueles braços, coloquei um roupa e desci. Resolvi fazer umas panquecas, tinham todos os ingredientes, na primeira panqueca minha futura sogra desceu as escadas com um copo na mão.

-Bom dia sogrinha!-mexi com ela.

-Bom dia meu filho!-disse ela sorrindo, deu-me um beijo encheu o copo de água e sentou na bancada bebendo a água devagar.-A anos não como panquecas!

-Sério, se sua filha casar comigo lhe faço panquecas em todas as suas folgas!

-Opa alguém falou em panquecas?!-disse Ayla entrando na cozinha, deu-me um beijo na bochecha e depois em sua mãe. Pegou um copo de água e sentou ao lado da mãe, tomou a água e levantou pra por a mesa.

-Olha mãe, se ele fizer café da manhã pra nós pode ser que me case com ele.

-Opa, pega seu prato meu amor!

Ela revirou os olhos, mas sorriu e me entregou o prato, coloquei algumas panquecas e ela pegou uma calda no armário. Me sinto em família.

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