Narrado por Ryan;
-Que acham de um passeio?!-disse minha sogra.
Minha sogra, eu penso nela assim, acho engraçado, mas não conseguiria chama-la pelo nome.
-Eu adoraria-disse Ayla.-Vamos conhecer as redondezas!
-Vou pegar minha câmera!-disse minha sogra.
-Vou me preparar pra sessão de fotos -disse Ayla me cutucando.-Acho melhor você também se preparar!
Eu ri e a acompanhei. Na garagem tinha um lindo volvo vermelho.
-Uau!-falei ao ver até os pneus reluzindo.
-Ah, ele tá limpinho assim porque passei no lava jato ontem antes de voltar pra casa.
-Eu dirijo!-disse Ayla.
-Eu vou atrás!-falei.
-Não mesmo, eu adoro ir atrás porque vou fotografando.-Ela me mostrou a câmera.-Fora que você vai ser nosso guia!
-Está bem!
As levei na cachoeira perto das montanhas, no fim eu as fotografei, nos divertimos muito e terminamos o dia jantando em uma pizzaria no centro. Ayla recebeu uma mensagem.
-É do meu pai, ele comprou as passagens pra amanhã de manhã!
-Filha, tente ser mais compreensiva e aceite sua irmã, ela não tem culpa de nada!
-Eu sei mãe, mas não consigo perdoa-lo.
-Eu o perdoei, por que você não consegue?
-Não sei, quando o vejo me da raiva e a cena dele com. . . desculpa, esquece, vamos falar do nosso plano.
-Precisamos pegar isso hoje a noite ou no máximo amanhã de manhã.-falei.-Vamos dormir na sua casa!
-Tenho medo por vocês dois!-disse minha sogra.
-Não se preocupe minha sogra, não vou dormir!
-Sogra?-perguntou Ayla.
-Não consigo vê-la de outra forma!-falei dando de ombros.
-Deixa, eu gosto!
-Fora que a minha sogra está nos olhando do outro lado!
-Eu sei, confio nos espíritos de luz e vocês vão conseguir. . . falando nisso vou ligar pra escola amanhã pra avisar sobre vocês!
-Que palhaçada!-disse aquela voz conhecida e indesejada da Madu, cara como eu consegui comer essa loca?
-Fala sério?!-disse Ayla esfregando o rosto com as mãos.
-Quem é ?
-Não é ninguém que deva se preocupar minha sogra, é só fingir que não viu ninguém!
-Sogra? como assim? Ryan você me disse que jamais. . .
-Falei que jamais namoraria com você Maria Eduarda, com você!
-Seu imbecil. . . -gritou ela me atacando, eu apenas cobri meu rosto com os braços, não iria bater em uma garota nem que ela me matasse, jamais faria com uma mulher o que meu pai fazia com a minha mãe. Senti o som de um tapa que não foi em mim e Madu caindo no chão sentada. Ayla se abaixou na frente dela.
-Sua louca!
-Tenho pena de você Maria Eduarda, pena!
-Ele vai te trocar rapidinho sua imbecil!
-Já se deu conta do mico que está pagando? você está se humilhando na frente das pessoas, por um cara que não lhe pertence, talvez ele nunca tenha te pertencido e você está. . .