Narrado por Noah:
Sonhei com Davi, como posso sonhar com alguém que só vi uma vez, aqueles olhos ficaram guardados em minha memória fotográfica, fiquei passando tantas e tantas vezes aquelas imagens que acabei sonhando.
Domingo estou de prontidão esperando Patrício chegar, hoje ele vai aprender a não bater em mulher.
Amanda ainda estava fazendo a segurança de Carly, que me entregou mais papéis.
-Vamos.-Passei na sala de Carly.-T2 isole a sala.
''Isolada.''
Amanda estava sentada na sala, e Carly levantou.
-Carly, é o seguinte, preciso saber se confia em mim?-perguntei segurando suas mãos.
-Claro!
-Não vou consegui proteger seus filhos aqui, mas consigo protege-los se eles forem comigo ainda hoje, eu vou dar todo o suporte pra eles e assim que todos os relatórios estiverem prontos você vai pra junto deles.
-Não sei viver sem meus meninos.
-Carly eles estão correndo risco de morte aqui, principalmente se alguém como Patricio descobrir. . .
-Eu sei, eu sei.
-Desculpa por te enfiar nisso, prometo que nunca mais vai precisar trabalhar na vida depois que sair daqui.
-Noah, eu não sei como lhe agradecer. . .
-Agradeça sendo o mais rápida que poder, pode entregar os relatórios pra ela.-Apontei pra Amanda. -Ou para o parceiro dela.
-Eu nem avisei nada pros meninos. . .
-Sem problemas, uma mochila pra cada já está bom, vou pegar um jato particular está noite então eles vão comigo.
-Pra onde vão?
-Pra segurança de todos nós, é melhor não saber.
-Ok, ok. . .-Disse ela quase sem fôlego.-Ok, vai cuidar deles?
-Prometo!
-Tudo bem então!
A abracei, por sua respiração percebi o quão nervosa estava. Saímos de lá direto pra casa, enchi uma mochila com dinheiro, e coloquei outro pouco na mala da Ayla, na próxima vinda levo o resto. Não tem nada nesta casa que eu queira, talvez eu fique com alguma arma além das que já peguei.
-Precisamos ir Noah!-disse Ayla.
-Não acredito que ele não apareceu.
-Ainda vamos pega-lo.
Chamamos o táxi e fomos pra casa de Carly. ela já nos aguardava com os meninos prontos, Davi não estava ali.
-Estão prontos?-perguntei.
-Davi está bastante relutante com isso, mas sabe que tem que cuidar dos meninos.
-Tudo vai passar Carly!
-Eu sei!
-Então vamos.-disse Ayla.-Sexta a tarde estaremos na empresa.
Os meninos se despediram e entraram no taxi com Ayla.
-Davi? Davi tem que ir!
Ele desceu falando ao telefone, meu coração novamente disparou, meus joelhos tremeram, minha boca secou, se estar apaixonada tem sintomas de doença, nem quero saber o que é amar de verdade.
''Prometo te ligar todos os dias, tá bem amorzinho, te ligo amanhã.-disse ele ao telefone.
Aquelas palavras soaram como uma faca cravando em meu peito, ele tem um amor, ele. . .