28

138 26 10
                                    

Narrado por Ryan;

-Cadê a fórmula que a tua mãe te deixou?

-Ela não me deixou nada!

-Garoto sua mãe morreu por bem menos que isso, então é melhor abrir a boca!-disse ele apertando meu queixo e olhando em meus olhos, os olhos do assassino na minha mãe.

-Eu odeio você!-falei entre dentes.

-Não me diga!-disse ele se levantando e caminhando em nossa volta.

-Ama mesmo essa garota ou. . .

-Não encoste nela!-rosnei.-Eu te mato se o fizer!

-Uu agora falou como meu filho de verdade!

-Tenho nojo de ser seu filho!

-Quero a droga da fórmula que sua mãe escondeu de mim, me de a fórmula e posso pensar em soltar vocês!

-Ryan, nada do que ele falar vai adiantar, ele vai nos matar de qualquer forma!-disse Ayla.

-Tem razão amor!-o olhei.-Destruí!

-Tá brincando comigo garoto? -disse ele voltando a olhar em meus olhos.

-Eu a destruí, queimei cada pedacinho, sua formula virou cinzas!-Falei lentamente para que absorve-se.-Não existe mais fórmula, assim como você tirou minha mãe de mim, eu tirei a única coisa que você queria!

Levei um soco dele, comecei a rir e levei outro.

-Quando eu morrer, vou vir infernizar sua vida seu bosta!-cuspi.

-Vai queimar no inferno garoto!

-Não, eu não vou, agora você vai!

-Rapazes querem brincar com a garota na frente dele pra ele sofrer um pouco?

-Não!-saltei tentando me levantar.-Ela ta grávida!-menti.-Não faça isso!

-Ryan!-repreendeu-me Ayla.

-Ela ta grávida, não judie dela é seu neto que está ali dentro!

-Humm. . . Pode ser. . . Quem sabe eu o crio para ser como eu!

-Vai se ferrar!-disse Ayla.

-Matem os dois!-disse ele.

-Te amo Ayla!

-Eu também te amo! -disse ela.

-Mande lembranças pra sua mãe!-disse ele.

O gatilho foi destrancado.

-Te vejo do outro lado meu amor!-disse Ayla.

-Até daqui a pouco. . .

O som do tiro ecoou pelo prédio. Esperei a dor, pela queimação, mas não foi em mim, então comecei a berrar enquanto ouvi outro e mais outro. . .

-Ayla? Ayla eu não quero viver sem você meu amor, por favor aguenta.

-Ryan abre os olhos!-disse ela.

-Você está bem?-perguntei confuso e quando olhei os três estavam mortos no chão a nossa volta.-O quê. . .

-Vocês estão bem?-perguntou uma moça guardando a arma na cintura, um cara junto dela começou a nos desamarrar.

-Quem são vocês? -Perguntou Ayla.

-Sou Amanda!

-Sou Arthur, somos policiais investigadores, e estamos atrás desse cara desde que Edith Conradh foi morta.

-E encontramos o culpado!-disse Amanda tirando a última cinta.-Pena que ele não vai poder responder pelo crime!

Enquanto ela falava tudo o que eu pensava era em colocar aquele anel em meu bolso no dedo de Ayla. Não senti nada por aquele homem morto que eu deveria estar chorando sua morte, mas que estou sentindo alívio. Ayla me abraçou forte como se o mundo fosse acabar, beijei seu pescoço amando cada detalhe dela, os polícias ligaram pra alguém e pediam reforços enquanto eu pegava o anel em meu bolso.

-Não quero esperar mais Ayla, a gente nunca sabe quanto tempo de vida tem pra esperar o dia certo!-coloquei o anel em seu dedo com a mão trêmula.p.p

-Agora eu concordo com isso!-disse ela sorrindo.

Nos beijamos e minha boca doeu, o gosto de sangue ainda estava presente.

-Isso dói!-disse ela passando a mão na boca dela.-Mas não mais do que pensar em te perder.

-Garotos desculpa interromper, mas vamos ter que esperar a Polícia daqui chegar, como matamos em solo Europeu temos que responder.-disse Amanda.

-Tudo bem!-falamos.

Ayla me soltou e virou a pedra do anel pra dentro da mão.

-Por que fez isso?

-Não quero correr o risco de ser roubada!-disse dando de ombro.

E em um segundo a cena mudou, Ayla gritou me puxando e se jogando em minha frente, o estampido me ensurdeceu e Ayla caiu, a segurei antes que ela batesse no chão, meu pai estava sentado apontando a arma e rindo, outro estampido e o sangue jorrou do meio de sua testa. 

-Não, Não Ayla!-tinha sangue em minhas mãos.-Acorda amor, não me deixa aqui sozinho. . .

-Au!-disse ela acordando, respirei fundo.

-Você está bem?-perguntou a policial.

-Meu braço dói!

O policial rasgou o moletom dela, e suspirou de alivio.

-Não é grave!-disse ele. - Vou chamar a ambulância.

A policial se abaixou e fez um torniquete.

-Já passei por algo parecido!-disse ela.-Não se preocupem agora acabou, pegamos o principal.

-Ele era meu pai!-falei com ódio.-Espero que esteja queimando no inferno!

-O meu deve estar com ele lá!-disse ela.

-Ele era mau pra você?-perguntou Ayla.

-Acho que pior, é por causa do que passei que me tornei policial, meu sonho era ser confeiteira, meu parceiro ali, na verdade é meu marido, é o melhor cozinheiro que já conheci, mas pra ninguém mais passar pelo que passei, estou nessa luta sem fim!

-Parabéns por seu trabalho!

-Obrigado!

A policia chegou antes da ambulância, o pai da Ayla chegou com Gael, Nos abraçaram.

-Filha eu não sei o que faria sem você!-disse ele pegando o rosto dela.-Você é um pedaço de mim. . .

-Minha irmã?

-Ela está bem, Jade está com Mary. 

-Vai ter que me contar o que ouve!

-Mais tarde agora preciso ir ver minha irmã!

-Precisa ir pro hospital tirar a bala do seu braço!-disse o paramédico que estava atendendo Ayla.

-Posso leva-la de carro?-perguntou meu sogro.

-Claro!

Nos despedimos dos policiais depois de dar nosso número de telefone, pois teríamos que prestar depoimento na policia americana. Eu estou no mundo de um misto de sentimentos, cara ela se jogou na frente de uma bala por mim, ela iria morrer por mim, eu não a mereço tanto assim. . .

-Pare de pensar Ryan!-disse ela no carro a caminho do hospital.- Seu cérebro vai explodir!

-Vocês precisam de um break!-disse Gael.-Sempre falei isso pra ele, mas ele não me ouve.

-Ah, mas a mim ele vai ouvir não é minha vida?

-Claro!-falei sorrindo, e minha boca rachou novamente.-Au!

-Já vamos cuidar disso!-disse ela.

-Já passei por coisa pior!-falei lembrando das brigas que eu me metia e Gael me arrastava pra fora.

-Isso é verdade!-disse Gael.

BreakOnde histórias criam vida. Descubra agora