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Narrado por Ryan:

-Pronto, um dia normal de adolescente!-disse Ayla ao chegarmos na minha casa.

-Madu não tem jeito, é impossível ela estar grávida de mim, me cuidei muito bem!

-Dava pra ver que ela tava mentindo!-disse Ayla jogando a mochila no sofá.

-Como sabe?

-O canto do olho tremeu, ela não sabe mentir, tem um tique nervoso que entrega ela.

Entrei na cozinha e tinha um bilhete cravado na porta da minha geladeira com uma faca. Minha geladeira já era, fui até ela achando que o bilhete podia ser do meu pai antes de ir atrás de mim, mas tudo que eu vi foi uma ameaça de alguém que eu não conhecia.

''Meu pai morreu por sua causa, agora vou matar algo que você ame também, assim ficamos kits!'' Ass: se prepara maninho, que estou chegando.

-Ayla? Ayla?!

-Oi, o que ouve?

A abracei.

-Vamos sair daqui!

-Por quê?

-Olhe!-falei entregando o bilhete e olhando para todos os cantos.

-Vou ligar pra Amanda!-disse ela pegando o telefone e ligando.-Oi Amanda é a Ayla. . . sim, estamos e acabamos de receber uma ameaça. . . claro, tá bem!-Ela desligou o telefone.-Eles estão vindo com reforços.

-Ayla eu não quero mais ficar aqui!-falei com medo não por mim, mas por ela.

-Fica calmo!

-Não tem como, isso é sério eu não tenho irmãos, de onde isso vem?

-Já vamos descobrir.

Eu estava com fome, agora estou enjoado.

-Ryan?

-Eu?

-Senta ou você vai cair!

Resbalei as costas na geladeira até chegar ao chão. To em sentindo tonto.

-Coloca a cabeça nos joelhos!-disse Ayla.

Cara tudo que eu queria era socego, achei que com aquele homem morrendo eu conseguiria ter uma vida mais de boas com a garota que amo e agora isso, uma ameaça, poxa o que eu fiz de tão errado assim pra merecer isso.

Os polícias chegaram entrando sem bater, Ayla gritou onde estávamos.

-O que ouve com ele?-perguntou Amanda.

-Só uma queda de pressão. . . Eu acho!-disse Ayla.

Eu ouvi quando ela estendeu o papel.

-Bom. . . Aqui!-disse Amanda me fazendo abrir a boca, ela colocou sal em minha língua.

-Eca!

-Já vai melhorar!-disse ela em minha frente.-Preciso que melhore pra conversarmos!

-Eu to bem!

Me levantei e nos sentamos a mesa, Arthur guardou a arma e os outros policiais ficaram na porta.

-Nós investigamos seu pai a anos, ele era o chefe de uma espécie de mafia, ele projetava armas, principalmente armas químicas, comprava e vendia pra vários países, só que sua mãe como cientista resolvia algumas equações que ele trazia pra ela incompletas, quando ele trouxe pra ela algumas fórmulas incompletas outras completamente erradas, ela foi recriando até chegar ao que ele queria,  mas enrolou ele e me chamou para um café informal como se fossemos amigas e ela me contou que isso que ela criou poderia acabar com nosso planeta caso viesse a chegar em mãos erradas. Eu já estava com os documentos dela com nome novo, nós iríamos protege-la enquanto ela corresse riscos, mas não deu tempo. . .

-Tudo bem!-falei.-Minha mãe está bem agora!

-Que bom que pensa assim!-disse Arthur.-Mas descobrimos que seu pai tinha dubla identidade e duas famílias.

-Caramba, então. . .

-Sim, você tem uma irmã, que foi autora dessa ameaça, ela está desaparecida desde a morte de seu pai. Só que ela é uma garota, só tem 14 anos.-disse Arthur.

-Quê? É só uma criança?

-Não a subestime!-falou Amanda.-Ela foi criada para matar!

-Isso é. . . Estranho!

-Olha, aqui neste pen drive tem vídeos e fotos dela, como você falou ela é uma criança e queremos que ela. . . Melhore, que ela seja uma pessoa de bem e pra isso só você, você é a única pessoa que pode fazer isso por ela!

-Mas eu. . .

Ayla trouxe meu not e colocou em cima da mesa, encaixei o pen drive e vejo vários vídeos de uma garotinha de uns 5 anos mais ou menos, ela está com uma arma apontando para um alvo, ela atira e acerta no meio.

-O que achou papai?

-Podia ter sido melhor!-disse ele.

A garotinha abaixa a cabeça.

-Nunca abaixe a cabeça quando receber uma crítica Noah, levante a cabeça e atire todas as suas balas no mesmo lugar, mostre que estou errado, mas nunca mostre suas fraquezas!

-Está bem papai!

Ela volta e descarrega a arma fazendo um rombo no meio do alvo. Todos os vídeos são chocantes, ele a fez matar um ause e ela chora com o que fez, ele a faz limpar as lágrimas. Ela é como uma experiência dele. Então o último vídeo é recente, pulei na cadeira com o susto que tomei quando ela se virou.

-Deuses ela é. . . É. . . É. . .

-A copia da sua mãe!-disse Ayla.

-Aí está, olhe o que descobrimos!-disse Amanda colocando uns papéis em cima da mesa.-Ela tem o DNA de sua mãe e de seu pai, mas sua mãe não sabia da existência dela, então descobrimos que antes de Edith engravidar de você ela teve que fazer tratamento onde ela retirou óvulos dela, ela fez inseminação artificial, depois de alguns abortos você vingou, mas, ele gostava de fazer experiências e queria alguém pra ser criado por suas mãos cruéis, ele implantou os óvulos fecundados de sua mãe em uma barriga de aluguel, e depois matou a mulher.

-Caramba que. . . História!

-Tem mais!-disse Arthur.-Ela é o pequeno gênio por detrás das fórmulas incompletas que sua mãe terminava de organizar e corrigir.

-Mas ela é uma criança. . .

-Ela aprendeu a tabela periódica antes de aprender a falar, ele não a deixava brincar, ele criou um super gênio do mau.

-Se minha mãe soubesse dela não deixaria isso acontecer. . .

-Por isso ele a escondeu.

-Ela nunca foi criança!-disse Arthur.-Não sabe o que é uma família ou amor, tudo que ela conhecia de afeto era seu pai.

-Monstro!-falei.

-Sim, mas agora cabe a você tentar ajudá-la, ou ela vai terminar como seu pai.

-Mas como vou chegar até ela, se ela quer tirar o que mais amo. . .

-Vamos ajudar, se precisar podemos esconder essa pessoa. . .

-Por favor Ayla, eles podem te protager. . .

-Quê? Não, eu não vou te deixar sozinho nessa. . .

-Ayla eu não posso viver sem você!

-Cheguei até aqui pra me esconder Ryan? Não, eu vou te ajudar.

-Ayla. . .

-Escuta Ryan, quer fazer comigo o que o personagem do livro fez com a protagonista?

-Não, não é isso. . .

-É sim, Ryan, presta a atenção.

É verdade eu sei que ela tem razão, mas o medo de perder ela é tanto. . . Agora to até sentindo um pouco de empatia pelo personagem.

BreakOnde histórias criam vida. Descubra agora