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Narrado por Ayla;

-To nervosa!-falei a Ryan enquanto descia as escadas.

Ele apertou a minha mão.

-Tudo vai dar certo!

-Espero realmente que sim!

Tomamos café. Mary pigarreou.

-Podíamos ir ao Louvre aposto que Jade e Ayla iriam adorar aquela estátua do anjo.

-Eu tenho uma surpresa pra Ayla!-disse Ryan.-Mas aposto que Jade e Gael iriam amar!

-Com certeza!-disse Gael.

-Nos vemos logo então!-falei.

Todos se levantaram pra sair e eu peguei minha touca e fui até Jade.

-Deixa eu fazer uma coisa!-falei enrolando o cabelo dela e colocando a touca nela.-Quando tiver na frente do Louvre puxa a toca e solta os cabelos.

-Por quê?

-Confia em mim, te conto na volta!

-Tá bem!

-Aliás como foi o beijo?-sussurrei em seu ouvido.

-Como sabe?

-Porque você está corada desde que saiu do quarto e até agora não voltou ao normal!

-Sua chata!-disse ela rindo.

-Sou mesmo, a chata que você adora!

-Verdade.

Eles saíram de carro e nós ficamos espiando da janela, o cara que estava espiando subiu no carro com outro cara e saíram atrás deles.

-É agora, vamos correr!-disse Ryan.

Apertei a chave em minha mão "Nos ajude!" pedi e corri com Ryan em sentido oposto cruzamos algumas ruas aleatórias e pegamos um táxi até a estação.

Foi colocar o pé dentro do trem e a porta fechou, rimos de nervoso, pois por um segundo iriamos perder o trem, tomamos dois acentos vazios, sempre desconfiados.

-Eu queria ser uma mosquinha pra ver a cara dos cara quando eles descobriram que estavam seguindo as pessoas erradas!-disse Ryan.

-Deixa, kkkkk

-Ayla tem uma coisa!

-O quê?

-Onde fica o apartamento?

-Eu não sei te explicar, mas eu acho que sei ir lá!

-Já andou em Londres?

-Só em sonho!-falei lembrando de ir varias vezes no mesmo lugar em meus sonhos.

Chegamos em Londres e estava chovendo, compramos um guarda-chuva em uma loja do lado da estação.

-E então pra que lado?

-Ainda não achei um ponto de referência!

-Vamos andar por ai então!

Íamos para a direita e um rapaz de bicicleta quase nos atropelou, ele pediu mil perdões não sabia o que tinha acontecido, mas eu sabia, estávamos indo pro lado errado. Peguei a mão de Ryan e dei volta, caminhamos uma quadra e uma floricultura na esquina chamou minha atenção, atravessei a rua.

-Eu já estive aqui!-falei.

Uma senhora saiu na rua e me entregou uma margarida.

-Ah, não vim comprar. . .

-É um presente minha querida!

-Ah, obrigada!

Lhe dei um abraço e ao abraça-la, avistei uma padaria no fim da quadra, o cheiro dos pães.

-Eu lembro desse cheiro!

Ryan apenas me acompanhava. Caminhei até a padaria eu iria seguir na reta não fosse um rapaz cortar nosso caminho ao sair da padaria, ele nos pediu desculpas, olhei em direção oposta e vejo um muro com grafite, tinha teclas de piano desenhados com um batimento cardíaco que em meus sonhos eu seguia o desenho até o fim com os dedos e assim o fiz, o final do muro segui até uma livraria, em meus sonhos eu entrava em uma livraria, entrei com Ryan.

-Vamos comprar um livro?

-Não, mas aqui. . . Não sei, mas eu entrava aqui!

-Ei eu conheço você!-disse uma senhora de cabelos brancos encaracolados, veio até Ryan.-Por foto é claro, mas sua mãe me mostrava tantas fotos suas que eu te reconheceria em qualquer lugar.

-Hamm. . . Meu nome é. . .

-Espere eu lembro.-disse ela apertando a fonte.-Ryan!

-Isso!-disse ele boquiaberto.

-Sinto muito por sua mãe, ela foi minha cliente e amiga por anos!

-A senhora sabe onde fica o apartamento dela?-perguntei.

-Claro, tenho na fixa dela, posso ver pra vocês!

-Não me disse seu nome!-disse Ryan.

-Margarida!

Caramba, tudo se encaixa, ela foi até o computador e imprimiu a ficha dela, entregou a Ryan.

-Pra senhora!-falei estendendo a flor que ganhei.

-Obrigado querida, Edith sempre que chegava de viagem me trazia uma Margarida de presente!-disse ela emocionada.

-Digamos que foi ela quem nos guiou até você!-faleu lhe dando um abraço.

Agradecemos e pegamos um táxi até o lugar que não era muito longe dali.

O porteiro nos recebeu com um sorriso, como se nos conhecesse, Ryan falou o nome da mãe dele e ele nos disse o número do apartamento, número 52 o último apartamento. Imagina a vista que ela tinha daqui de cima.

-"Uau!"-falamos em uníssono.

Sabe aquela casa que você sonha em ter com detalhes, até o objeto que você pensava em ter em cima da mesa de jantar, tudo era exatamente como eu sonhava que minha casa fosse, Ryan riu ao fechar a porta.

-Minha mãe é demais!-disse ele olhando as coisas.-Ela me perguntava que cor eu gostava de parede, que tipo de mesa eu gostaria de ter em casa, sempre achei que era brincadeira dela, ela me mostrava objetos ou móveis e fazia eu escolher, mas nunca imaginei que ela estivesse fazendo isso pra mim.

-Se eu te disser que está casa é exatamente do jeitinho que eu sempre sonhei em ter, você acredita?

-Olha Ayla!-disse ele pegando minhas mãos.-Depois do que estamos vivenciando nesses últimos dias, passei a acreditar em tudo que eu achava impossível!

-Eu também!

Lhe dei um beijo casto e ele me abraçou. O sotei rápido.

-Vamos destruir de uma vez esses documentos antes de qualquer coisa!-falei e comecei a abrir as portas do apartamento que estava impecável de limpo.

-Aqui -disse Ryan entrando em um escritório.-O quadro deve ser esse!

Ele tentou tirar, mas estava preso ai me dei conta de que era tipo uma porta e só o puxei sem esforço nenhum, olhei irônica pra Ryan que sorriu.

-E a senha?

-Tenta a data do seu nascimento!-falei.

Ele girou e girou e nada da senha se encaixar, ele tentou várias combinações. Então exausto mentalmente ele se jogou na cadeira dela apertando os olhos com a mão. Sentei em seu colo e o abracei.

-Calma, temos tempo ainda!

-E se eu não consegu. . . -Ele olhou pra poltrona no canto da porta e tinha um macaquinho de pelúcia.-É isso!

Me levantei dando passada pra ele, que pegou a pelúcia e começou a passar as mãos por todo ele.

-Droga, droga, droga, não tá aqui, foi a última coisa que ela me sussurrou "macaquinho" era como ela me chamava!-ele jogou a pelúcia no chão e eu a peguei.

Passei as mãos por ela e não achei nada, olhei na poltrona onde a pelúcia estava, passei as mãos pela poltrona olhei em baixo e nada me sentei abraçando o macaquinho.

BreakOnde histórias criam vida. Descubra agora