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Mercury Stanford.

Sorrio para meu pai assim que acabo de confeitar os biscoitos e logo tiro mais do forno. Tinha passado à manhã com ele e estava mais do que animada. Papai era tudo para mim e depois que a minha mãe sumiu no mundo, ele passou a ser tudo que eu tinha.

Ele beija minha bochecha e eu embalo uns cookies para ele. Sabia que era seu horário de trabalho em 10 minutos.

O mesmo pega a sacola e me abraça, dizendo que me ama antes de sair. E antes que sinta sua falta, Blake entra na cozinha sorrindo.

- Olá, loiro. -  sorrio e ele pisca para mim. - Não deveria estar sem camisa. Meu pai te mata, hein?!

- Ele já me viu. - ri, me abraçando por trás. - Me desejou até bom dia.

- Você não me desejou bom dia. - choramingo.

- Bom dia, meu amor. - beija minha bochecha. - Dormiu bem?

- Bem pouquinho. -  me viro para ele. - Poderia melhorar meu dia sorrindo.

Ele acaba por rir e me dá um selinho.

- Já falei que eu te amo hoje? - acaricia minha cintura.

- Acabou de falar. - faço beicinho. - Estamos sozinhos na casa do seu sogro.

- E vamos apenas comer e assistir filmes, não é? - me pergunta rindo.

- Não era isso que eu queria ouvir. - suspiro exagerada.

- Você mesma falou que estamos na casa do meu sogro. - morde os lábios. - Ele pode achar que eu sou um abusado.

- Não, eu disse que estamos sozinhos na casa do seu sogro. -  passo por ele, dando um tapinha na sua bunda.

- Você está animada hoje, hein?! - ele ri e pega alguns biscoitos. - E eu sei que você adora minha bunda.

- Tudo bem, já que meu namorado não tem iniciativa comigo, eu vou sair. - ando até a sala e pego as chaves do carro.

- Estou tentando me controlar. - ele vem até mim. - Transamos muito naquela semana do...você sabe.

- Eu sei. - beijo suas bochechas. - Mas eu realmente vou sair.

- Posso ir com você? - faz beicinho.

- Vai ser surpresa. - pisco para ele.

Saio disposta a ir no salão. Era hora de mudar de novo.

[...]

Entro em casa e vejo Blake no sofá. Ele arregala os olhos ver meu cabelo e mordisca os lábios.

- Eu estou vendo uma nova Mercury? - sorri grande e me faz dar uma voltinha. - Você está perfeita! O roxo caiu super bem em você.

- Eu sei, eu sei. - rio. - Quero ver a cara da Saturn.

- Ela vai surtar! - diz rindo. - Eu amei.

- Eu também. - dou de ombros e me sento. - Você quer dormir aqui de novo?

- Seu pai não vai me brigar? - ele ri, meio nervoso. - Não posso causar más impressões.

- Blake, ele já viu todas as marcas que você deixou em meu pescoço. - rio e ele arregala os olhos.

- E ele não falou nada? - me pergunta apreensivo.

- Não. Ele acha saudável. - digo rindo baixo.

- Eu tenho medo. - ele ri. - Mas claro, não consigo mais dormir longe de você. Seu cheirinho faz falta.

- Mercury tem cheiro de quê? - pergunto sorrindo.

- Mercury tem cheiro de hortelã e chocolate. É muito bom. - sorri.

- É sério?! - faço careta.

- É sério. - confirma - Mas eu particularmente, amo.

- Não gosto. - nego com a cabeça.

- Eu também sei. - me rouba um selinho. - As vezes você cheira a morango.

- Morango tem cheiro bom? - questiono e ele gargalha. - Que é?

- É que cheiro de morango é o cheiro do seu perfume. - diz rindo alto. - As vezes você é bem lerdinha.

- Jura? - pergunto e ele ri mais. - Para!

Ele gargalha e começa a me fazer cócegas.

- Você vai dizer que eu tenho um cheiro muito bom. - continua a fazer rindo.

- Mas você tem. - Falo enquanto rio. - Blake!

- Blake o que? - ele faz mais cócegas. - Ele é lindo, cheiroso, romântico, gostoso. O que mais?

- Tem um sorriso lindo. - murmuro entre risadas. - É talentoso.

- Ainda quero ouvir mais. - me rouba um selinho no meio disso tudo.

- Inteligente, genoroso. - rio mais. - Esplêndido.

- Perfeito. - ri e se deita por cima de mim. - Cansei.

- Eu também. - Choramingo. - Droga...

- O que foi? - apoia a cabeça na curvatura do meu pescoço. - Está bem?

- Estou, só é uma leve dor de cabeça. - comento.

- Quer massagem? - me olha carinhoso.

- Não. -  sorrio simples.

- Posso fazer uma coisa? - faz beicinho.

- Pode. - olho para si.

Ele enche meu rosto de beijos e me abraça, fazendo cafuné em minha cabeça.

- Gosto de quando estamos assim. - fala baixo.

- Eu também, amor. - o abraço de volta.

Antes de mais nada a campainha soa e eu me levanto, indo abrir a porta e vendo duas rosas no chão.

Olho para trás vendo Blake deitado no sofá e pego as rosas.

“Sei que não são suas favoritas, mas sei que são as que você mais gosta de cheirar para dormir. Especialmente quando sente alguma dor.
                         Boa noite, Zach."

Fecho os olhos com certa força e luto contra a vontade de cheirar as rosas, mas não consigo.

Suspiro e coloco o bilhete no meu bolso, entrando com as duas rosas.

- Quem deixou? - ele pergunta curioso. - Não me diga que foi Zachary de novo.

- Papai. - minto de uma forma bem convincente e ele sorri. Me sentia mal fazendo isso, mas ele surtaria.

- Achei que suas favoritas fossem girassóis. - ele dá ombros. - Ele não vai voltar para casa hoje?

- E são. Mas eu gosto de cheirar rosas antes de dormir. - murmuro. - E ele não vem hoje.

- Ah sim. - ele sorri. - Quer que eu faça uma lasanha?

- Não, amor, estou sem fome. - Deito novamente ao seu lado.

- Tudo bem. - acaricia meu cabelo. - Quer assistir algo ou dormir?

- Dormir. - Falo me aconchegando em seu peito. - Mas preciso acordar às dez para tomar o anticoncepcional. Me acorda?

- Claro. - ele coloca o despertador, deixa um beijo em minha cabeça e me aperta um pouco mais contra si.

false dream life ↬blake gray| zach herronOnde histórias criam vida. Descubra agora