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Mercury Stanford.

Blake estava ocupado com as coisas da faculdade nesse último mês. Quase não parava em casa e eu estava começando a ficar triste por isso. Coisas de grávida.

Largo os livros para o lado e desço na cozinha, indo até a geladeira e pegando meio pote de açaí. Jogo granola por cima e leite condensado, também M&Ms e gotas de chocolate.

Vou para a sala e começo a comer aquilo enquanto olho para a TV desligada. Minha vida tinha se mudado por completo. Saturn fazia falta aqui em casa. Eu sentia falta do meu pai e até da minha irmã, já que estávamos ficando próximas nos últimos tempos.

Nego com a cabeça para os pensamentos e ouço a campainha soar. Ando até a porta com o pote nas mãos e abro, vendo ninguém menos que uma pessoa de costas. E eu conhecia bem.

Logo se vira e eu vejo seu rosto. Zachary. Até aqui na minha casa?

- O que, pelo amor de Deus, você quer? - questiono impaciente.

- Conversar. - ele diz calmo. - Ver como você está.

- Eu estou ótima. - murmuro. - Como descobriu onde moro?

- Sua faculdade. - ele dá ombros e estende uma sacola. - Trouxe um pote de fondue.

- Zach, você sabe que eu namoro, não é?! - suspiro.

- Sei, e não vim com outras intenções. - fala rápido. - É que geralmente grávidas comem muito doce. Ou salgado.

- Mas eu preciso mesmo que se afaste. - sussurro e nego com a cabeça. - Mas...Obrigada pela intenção.

- Mercy, eu só quero ser seu amigo agora. Eu prometo. - fala baixinho.

- Por favor, não...me chama de Mercy. - suspiro.

- Eu dei esse apelido a você, lembra? - ri sem graça.

- Você sabe que nós não podemos ser amigos, Zach. - murmuro. - Sabe o porquê.

- Porque eu magoei você e tenho sido um idiota desde sempre.  - suspira. - Mas eu quero mudar e estou tentando. Me dê uma chance de me redimir.

- Não é só por isso. - coloco mais uma colher de açaí na boca.

- Me explique, por favor. - ele encosta no batente da porta.

- Você bagunça meus pensamentos. - admito. - Por isso saí de Los Angeles.

- Porque ainda sente algo por mim. - fala naturalmente. - E não quer admitir isso pelo medo.

- Não começa, tá?! - nego com a cabeça. - Eu estou bem demais assim.

- Eu não comecei nada. - ele se defende, e ri. - Queria que só voltássemos a ser, pelo menos, amigos.

- Não dá, Zach. Sempre vai existir aquela...coisa. - murmuro e coço a nuca.

- Que coisa, Stanford? - questiona rindo.

- Isso não é engraçado. - o olho feio.

- Tudo bem, tudo bem. - gesticula com os braços. - Mas sério, que coisa?

- Você me magoou. - falo e ele suspira. - Sempre vai existir aquela...Dor quando você está por perto. E também as lembranças de quando eu achava que você me amava.

- Você não achou. Eu amava você. Eu amo você. - ri triste. - Mas eu estou tentando seguir em frente e quero que fiquemos bem.

- Não, Zach. Você gostava de ter alguém que te amasse. Gostava se sentir amado. - sorrio meio triste.

- É, eu gostava. Mas eu amei você e não pode contestar isso, não sabe o que eu sentia ou sinto. - se afasta um pouco. - Eu só...não quero perder você de novo, entende? Mesmo que sejamos apenas amigos. Eu preciso disso.

- Você sempre vai tentar fazer seus joguinhos comigo. - torço os lábios.

- Eu estou tentando fazer algum agora? - arqueia uma sobrancelha.

- Não esqueci do dia no meu quarto. - falo e ele suspira.

- Foi errado da minha parte. - morde os lábios. - E peço mildesculpas por isso. De verdade.

- Eu só preciso que me deixe viver. - digo.

- E eu preciso seguir em frente. Mas preciso de você para isso. - suspira.

- Por que? - franzo o cenho.

- Porque você ainda não me perdou. - morde os lábios.

- Perdoei sim. - forço um sorriso.

- Você sabe que não. - suspira. - Por favor.

- Perdoei, Zachary. - respiro fundo e começo a me sentir mal.

- Se tivesse perdoado, não estaria me evitando. - passa as mãos pelo rosto.

- Estou te evitando por causa dos pensamentos. - murmuro e sinto um pouco de fraqueza.

- Você está me afastando por algo que está sendo sua culpa. - nega com a cabeça.

- Olha, Zach, eu não estou numa boa hora para isso. Eu perdoo mesmo você. Então...Chega de discussões. - falo por fim.

- Eu não estou discutindo. - fala em rendição. - Só queria que acreditasse em mim.

- Te vejo outro dia. - digo. - Preciso deitar agora.

- Você está bem? - franze o cenho e vem até mim.

- Tontura. - murmuro e tudo fica girando até eu quase cair.

- Você quer ajuda? - ele me segura.

- Estou bem. - garanto sem certeza.

- Não parece bem. - torce os lábios.

- Mas eu estou. - falo e em seguida sinto tudo meio escuro.

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Gente
sei que odeiam o zach
maaaas...não façam isso demais, tá?! Vcs vão ver como ele é importante aqui...

false dream life ↬blake gray| zach herronOnde histórias criam vida. Descubra agora