kill our way to heaven

você promete?

5 anos atrás

-Catra me espera! Você corre muito rápido - Adora protesta rindo

-Você que é muito lerda - a felina provoca mostrando a língua

As duas amigas, praticamente irmãs, continuam correndo até chegar à porta do escritório da diretora do orfanato, apelidada de Sombria.

-Acho que não podemos entrar ai.. - a loira diz com receio

-E daí? Não tem ninguém por perto mesmo - Catra responde dando de ombros, ela já não gostava muito da autoridade

A morena gira a maçaneta da porta e a mesma se abre. As duas meninas entreolham-se e adentram o cômodo juntas.

Há uma escrivaninha de madeira num canto com várias pastas e cadernos, uma cama de solteiro desarrumada no canto oposto, um grande armário de carvalho e um notebook aberto sobre uma poltrona de veludo verde musgo.

Adora caminha cautelosamente até o computador, Catra a segue. Um rascunho de e-mail está exposto na tela:

documento de transferência
Adora Grayskull

uma garotinha de 11 anos de idade, com plena saúde, tenho certeza de que logo será adotada se estiver em um local com mais visitantes. Foi deixada à minha porta quando tinha menos de um ano de vida, com apenas um bilhete dizendo seu nome. Seus olhos azuis me conquistaram, sinto uma pontada de tristeza em meu coração em pensar que não vou mais vê-los, mas fico feliz em imaginar ela com uma família de verdade.
Aguardo respostas,
Shanon Weaver

No momento em que terminou de ler as palavras da mulher os olhos de Catra se encheram de lágrimas. Adora perplexa com o que a diretora planejava disse:

-Não é possível...ela nunca nos separaria.

-Como você não percebeu Adora? Você é a favorita dela! - Catra explodiu - Sombria não liga para mim

A felina saiu em disparada do quarto correndo para o mais longe que pudesse, as lágrimas já escorriam por sua face. Como seria sua vida sem Adora? A única pessoa em quem confiava e a única que amava. Desabou quando chegou ao dormitório, por sorte estava vazio, ela sentou-se na cama onde costumava dormir ao lado da loira e se enrolou nas cobertas. Queria sumir, queria que todos esses sentimentos e problemas simplesmente sumissem.

Adora alcançou Catra e abraçou-a forte. Não queria se separar dela nunca. Era inimaginável viver longe dela ou não vê-la todos os dias.

Adora se afastou um pouco e acariciou a bochecha da felina. Encarando seus olhos disse:

-Eu nunca vou te abandonar Catra

-Você promete?

-Eu prometo