chasing cars

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pov Catra on

-Merda. Puta merda. Eu não to acreditando nisso

-Você tem rabo preso com a gente e ta ligada disso Catra- disse um membro da horda que eu já tinha visto andando com Hordak

Senti uma vontade imensa de pular na cara daquele bosta e arranhar a fuça todinha dele. Infelizmente isso só ia trazer problemas pra mim e pros meus.

Respirei fundo e perguntei:

-Isso é coisa do Hordak?

-Hahaha não não, é de gente mais de cima, você não faz nem ideia.

-Hm e o que eu tenho a ver com isso?

-Logo logo você fica sabendo gatinha

Senti como se tivesse chupado um limão azedo. Filho da puta teve coragem de me chamar de gatinha ainda. Pelo menos depois dessa ele vazou, quando vi que ele já tinha virado a esquina cuspi no chão.

Mas que porra que eles iam me cobrar agora?? Se fosse apenas pra acolher mais alguém com ficha suja, a pessoa já ia ter batido na minha porta, agora isso nunca tinha acontecido. Esse amigo do Hordak simplesmente bateu com a moto dele na minha, puxou a glock e apontou pra mim cobrindo ela pela jaqueta pra não chamar atenção a TROCO DE NADA!!!

Não bastasse o arranhão na moto e o puta susto de ver a arma apontada pra mim, me mandou ir pro beco mais próximo só pra vir me botar medo e me ameaçar.

Não da pra não se preocupar, os caras são barra pesada, já ouvi cada história horrível vindo de gente que é da própria Horda. Eles não tem limite, se não te acham (ou se querem te fazer sofrer mais) vão atrás de família, namorada, amigos. E ai é cada barbaridade que eu prefiro nem lembrar.

Não posso fechar os olhos nem pra dormir pelos próximos dias.

—————

Ao chegar em casa dei uma revistada geral no apartamento. Para o meu alívio não encontrei nada suspeito, então fui direto pro chuveiro tomar um banho quente.

Tirei a camisa de Adora, o pano ainda tinha o cheiro dela, dei uma fungada e meu coração se acalmou. Sem pensar muito tomei a ducha e coloquei o primeiro pijama que vi pela frente por mais que ainda fossem 19:00.

Peguei meu celular e meu coração acelerou. Adora havia acabado de mandar uma mensagem:

-Posso ir aí?

-Por favor -respondi quase que automaticamente

Se existia alguém que eu precisava ver era ela.

pov Catra off
pov Adora on

Logo que Catra me respondeu fui correndo até a garagem, peguei o carro e segui caminho até o prédio dela. Eu já estava de banho tomado e roupa trocada pois Kyle havia me dito que horas ela costumava sair do trabalho, mas imaginei que ela quisesse chegar com calma em casa e fazer as coisas dela então não quis incomodar tão cedo.

Estacionei na primeira vaga que achei na rua e corri até o edifício, não havia porteiro mas eu já sabia como entrar rs

Subi as escadas correndo e ao chegar na porta dela congelei.

O que eu devia dizer? Como cumprimentá-la? Abraço? Beijo? Beijo não é demais? Mas não posso só dar um oi! Antes que eu surtasse passei a mão pelo meu cabelo solto, como se fosse ajudar em algo, e toquei a campainha.

Em menos de meio minuto ela abriu a porta, antes que eu pudesse abrir a boca Catra se afogou em meus braços.

Quase pulei pela adrenalina, porém percebi que havia algo errado e que ela precisava de mim. Abracei-a suavemente, fazendo carinho em seu cabelo com uma das mãos e perguntei:

-Ei aconteceu alguma coisa?

A felina balançou a cabeça em negação. Obviamente estava mentindo. Como eu ainda estava no capacho da porta, segurei-a pela cintura com uma mão e a levantei, assim entramos no ap e fechei a porta com a outra mão.

Como se estivesse subitamente num ataque de nervos, Catra pulou de meus braços e trancou a porta com a chave e uma outra tranca.

-Catra, o que aconteceu?

Ela se virou para mim, sua expressão nervosa se tornou em um rosto choroso e cansado. Fitei-a esperando por algum sinal do que deveria fazer, se ela queria conversar ou não.

Então Catra andou com passos curtos até o centro da pequena sala de estar e se deitou no chão. Ao lado dela havia espaço, afinal ela não tinha muitos móveis, me deitei ali respeitando o espaço dela.

Notei que do ângulo em que estávamos dava pra ver a lua pela janela. E era exatamente isso que ela fazia. Catra estava olhando fixamente para a lua, porém sua mente parecia estar a milhão.

Mesmo com o clima de tensão que pairava ao redor dela, eu não me sentia desconfortável de estar ali, muito pelo contrário, poderia passar todo o tempo do mundo ao lado dela.

Não sei quantos minutos se passaram até que ela perguntou:

-Você não ta com dor nas costas?

-Não, ta bem confortável na verdade..-acabara de descobrir que meu casaco servia muito bem de travesseiro

Catra soltou um sorriso fraco e disse quase como um pedido:

-Vamo esquecer do mundo...

kill our way to heavenOnde histórias criam vida. Descubra agora