Cinco ✓

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Mas uma Obra original da minha autora preferida  JulieteBs
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A noite estava se aproximando e as meninas rumavam para o hotel; o ruído do caminhão enquanto andava era quase inaudível e as garotas tagarelavam sem parar. Priscilla apenas assentia quando alguma das meninas lhe perguntava algo ou resmungava a resposta baixinho.

-- Podemos ligar a rádio? -- Naty perguntou tímida e Priscilla lhe olhou de soslaio. As outras três garotas puseram suas atenções no momento esperando uma resposta diferente da habitual.

-- Não. -- A resposta foi seca e Natálie corou pela rejeição. -- Chegamos. -- Priscilla estacionou na rua mesmo e desceram, trancando o caminhão antes de seguir para o hotel.

-- Dois quartos, por favor. -- Priscilla pediu e o rapaz assentiu, digitando algo em seu computador. Quando foi dar alguma informação para Priscilla, os olhos do rapaz encontraram Natálie na porta, distraída brincando com sua gata,
e o rapaz, por alguns segundos, esqueceu o que estava fazendo.

-- Será só por esta noite, moço. -- Priscilla explicou, em relação à gata. Priscilla voltou a olhar na direção do olhar do homem para constatar que ele não olhava para a gata, senão para Natálie. -- Temos um pouco de pressa. -- O homem nem se moveu e Priscilla enrijeceu o músculo do maxilar. -- Estou invisível agora?

A risadinha de Natálie foi anasalada e então ela se aproximou, tocando respeitosamente as costas de Priscilla.

-- Deixa comigo. -- Ela disse a Priscilla. -- Olá, será que poderia nos dizer se tem os dois quartos que minha colega aqui pediu? Eu realmente preciso muito de um banho e descansar. -- O olhar do garoto passeou pela expressão doce no rosto de Natálie e sorriu abertamente.

-- Claro. Estão em alguma espécie de viagem entre amigas? Posso mandar uma champagne para lá por conta da casa. Em qual quarto ficará? -- Priscilla iria dar uma resposta bem malcriada, no entanto Natálie pressionou os dedos no braço dela, sem fazer muito força.

-- Você ainda não disse o número de nossos quartos e tampouco nos deu a chave. -- O sorriso de Naty falava por si só; a leveza de sua expressão e a paciência de proferir tudo tão calmamente estavam irritando Priscilla.

-- Oh, meu Deus. Sinto muito, senhorita. Digo, senhorita, não é?
-- Ele perguntou de forma galante enquanto pegava duas chaves e entregava na mão de Naty, aparentemente seu rosto machucado não impedia o rapaz de achá-la atraente.

-- Sim. Senhorita. -- Ela respondeu, agarrando a chave e sorrindo gentilmente para ele. -- Obrigada. Não precisaremos preencher a ficha de cadastro, não é? Eu realmente estou tão cansada.

-- Não se preocupe com isso, eu dou um jeito. -- O homem piscou e Naty voltou a sorrir.

-- Fico muito grata. Estarei no vinte e seis com duas delas e minhas amigas no vinte e sete. -- Apontou para Emma e Regina.

-- A champagne será providenciada. -- Ele respondeu. -- Como se chama?

-- Mais tarde eu te falo. -- Ela disse, jogando uma piscadela e indo em direção ao elevador. O garoto suspirou bobamente e as meninas lhe seguiram.

-- Você deixou o garoto de quatro.
-- Emma disse enquanto via Cristal subir junto no elevador.

-- A champagne fica para vocês, vocês ficam com o vinte e seis, tem problema? Um presente para o casal. -- Disse quando o elevador começou a subir.

-- Quanta bobagem! -- Priscilla resmungou baixinho.

-- Não acredito que ganhou uma garrafa de champagne por flertar com ele. -- Ally disse, vendo as portas do elevador se abrirem ao chegarem no andar de cima.

-- Acredite, eu não flertei com ele. Apenas sorri.

-- Você flertou sim. -- Ally disse rindo. -- Não pode ter tanto poder sobre um garoto sem fazer isso.

-- Você reconheceria meu sorriso, na hora, se eu tivesse flertado, acredite em mim: Não flertei.

-- De todo o modo, eu quero um pouco de champagne. -- Ally disse rindo.

-- Sairemos cedo, Allyson. -- Priscilla avisou com veemência.

-- E daí? Quem dirige é você, querida irmãzinha. -- Ally disse em um tom zombeteiro, indo para o quarto vinte e seis com suas irmãs.

-- Se quiser pode ir também. -- Priscilla disse enfiando a chave na fechadura. -- Afinal foi seu presente.

-- Não, obrigada. Eu não bebo champagne. -- Naty disse, analisando o quarto assim que a porta foi aberta. Era simples o lugar, afinal era beira de estrada e não se encontraria algo melhor do que aquele hotel, no entanto era bastante aconchegante.

-- Pode ir tomar um banho. Eu trouxe algumas roupas e você pode usá-las para não ter que colocar o mesmo vestido outra vez. Já a peça íntima... -- Naty sorriu com nítido divertimento por Priscilla ter enrubescido.

-- Você é alguma espécie de virgem? Temos quase trinta anos e você corou por mencionar uma calcinha. -- Naty disse rindo e Priscilla fechou a cara.

-- Lave ela no banheiro que com este calor estará seca pela manhã. -- Priscilla disse.

Após ambas tomarem seus respectivos banhos e lavarem suas roupas embaixo do chuveiro, Naty teve a ideia de juntar as duas camas, pois não queria que Priscilla dormisse no chão. Enfiaram um cobertor no vão dos colchões para ficar confortável e quando iriam se deitar a porta foi aberta bruscamente, tendo três mulheres alcoolizadas adentrando o ambiente.

-- Allyson disse que aquele quarto é assombrado. -- Emma disse se sentando na cama. -- Eu não quero ficar lá. Imagina se algum espírito resolve aparecer enquanto estou transando?

-- Ele sairia correndo de susto por te ver pelada. -- Priscilla disse, soltando uma risada rouca que encantou os ouvidos de Naty.

-- Preciso de um banho. -- Ally disse, indo para o banheiro sem dizer mais nada. Naty se permitiu analisar Priscilla enquanto sua atenção estava em Emma e Regina. Seus cabelos molhados, agora sem boné, estavam caídos por seus ombros. A garota possuía a pele bem clara e as sobrancelhas grossas, o nariz era delicado e a boca deliciosa, pensou Naty, rindo internamente de seu pensamento. Tinha quase certeza que Priscilla também gostava de garotas, aquele sexto sentido dela nunca falhava.

-- Ela é sempre tão quieta assim? -- Natálie perguntou à Emma assim que Priscilla se levantou para pegar algo em sua mochila.

-- Sim. Ela se faz de durona, mas é mole feito gelatina, por isso não estranhamos quando ela aceitou te dar carona.

-- Ela sempre dá carona? -- Priscilla perguntou em um sussurro, curiosa.

-- Não, ela nunca dá, mas ao ver você entendi o porquê ela deu. -- Emma disse com um sorrisinho no canto dos lábios e viu Naty lhe olhar atentamente, esperando uma explicação. -- Você era a mocinha indefesa e inocente em apuros. -- Os olhos de Natálie se direcionaram para Priscilla outra vez, que usava um short colado e uma blusa um pouco larga, que quase cobria o short, chegando um pouco acima da altura de suas coxas.

-- Posso não ser tão indefesa ou inocente assim. -- Ela disse em um longo suspiro.




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Gente, que estão achando da fanfic? Beijoos 😚

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝐔𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐚𝐢 𝐍𝐞𝐝 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora