Treze ✓

877 56 4
                                    


Obra original de umas das minhas autoras preferida  JulieteBs



Priscilla sentiu alguém se remexer sobre seu corpo e abraçou mais o pequeno corpo; o perfume era suave e ao mesmo tempo afrodisíaco, trazendo boas sensações para o corpo de Priscilla. Os olhos castanho se abriram na mesma hora assustados, vendo Natalie dormir sobre seu corpo. Porra! Tudo naquela garota cheirava a um convite para sexo.

Priscilla estava prestes a empurrar Natalie quando se lembrou que por volta das cinco da manhã ela acordou, vendo que Natalie dormia abraçando seu próprio corpo. Como a mais velha também sentia frio ela pensou: Por que não?

Trouxe o corpo pequeno para cima do seu e se ajeitou melhor no lugar, esticando, pela primeira vez em horas, sua coluna. Natálie se mexeu confusa e abriu os olhos, pedindo desculpas, mas Priscilla explicou que ela que aconchegou Natalie daquela forma devido ao frio. A mais nova perguntou se Priscilla tinha certeza e, após receber a confirmação, Natalie voltou a deitar sobre o peito da maior e envolver seus braços ao redor dela, não demorando nem cinco minutos para voltar a dormir.

Agora lá estava ela, vendo Naty ressonar tranquilamente sobre seu peito. Priscilla se permitiu analisar o rosto sereno de Naty. Os machucados já eram quase invisíveis; a pele bronzeada era macia e livre de espinhas e os cílios eram longos; seu nariz combinava perfeitamente com a boca delicada e extremamente beijável da garota.

A maior levou uma mão aos cabelos de Naty e começou a afagá-los inconscientemente, sentindo a textura macia e sedosa dos cabelos castanhos. A menor se remexeu embaixo de si e Priscilla viu os longos cílios se abrirem vagarosamente. Natálie piscou lentamente até se dar conta de onde estava, erguendo a cabeça e a apoiando sobre o peito da maior. Priscilla suspirou e sem perceber continuou a carícia.

-- Bom dia! -- Naty disse com um tom rouco e levantou uma mão, coçando um dos olhos. -- Me mexi muito de noite? -- Priscilla abriu um sorriso e negou com a cabeça.

-- Se você se mexeu eu nem vi, porque dormi feito uma pedra.

-- Céus, minha cabeça está explodindo. -- Naty disse, escondendo seu rosto na curva do pescoço de Priscilla. A respiração quente acariciando a pele de Priscilla causou um arrepio na mais velha, que se levantou às pressas, se esquivando de Naty como se tivesse acordado de uma espécie de transe.

-- Já perdemos tempo demais. Devemos ir. -- Ela disse séria. -- Esse aniversário me causou um bom atraso.

-- Por que em seu tom pareceu que eu tivesse alguma espécie de culpa? -- Naty perguntou arqueando uma sobrancelha.

-- Alguém viu minha calcinha? -- Uma Emma completamente descabelada apareceu ali, abrindo a outra parte da cortina. -- Céus eu não sei onde está a minha calcinha.

-- Vamos parar em algum motel de beira de estrada para tomar um banho apenas, precisamos seguir o caminho. -- Priscilla avisou.

-- Eu deixei ela aqui no banco ontem. Oh, meu Deus. Roubaram a minha calcinha.

-- Amor, deve estar jogada em algum canto. Não roubaram ela. -- Regina disse, se espreguiçando e se sentando ao seu lado.

-- Era a minha calcinha preferida.

-- Hey, Pri... -- A voz doce de Naty chamou-lhe a atenção. -- Desculpe se fui, é... Um pouco chata demais ontem. -- Ela pediu e Priscilla assentiu, passando para a frente e abrindo a porta sem dizer nada.

Dois minutos depois ela voltou com uma Allyson desnorteada. Regina olhou para Ally e sorriu maliciosamente.

-- Eu escutei uns gemidos pela manhã. -- Regina disse e Ally cruzou os braços.

-- Qual o problema em me masturbar? Tive um sonho quente, ora. -- Ela disse, olhando para baixo, vendo Emma olhando em baixo dos bancos.

-- Ally, você viu minha calcinha?

-- Perdeu a calcinha de novo, Emma? -- Ally perguntou negando com a cabeça.

-- Eu não fico me preocupando em onde jogar ela quando tenho uma Regina me esperando. -- Emma respondeu apontando para Regina.

-- Vamos! Saia daí porque preciso dirigir. -- Lauren disse séria.

-- Não vai nem escovar os dentes ou comer? -- Regina perguntou.

-- Ela é preta e rendada. Ninguém viu mesmo? -- Emma mal prestava atenção no que diziam ao seu redor.

-- Se eu me lembro bem, tem um motel há vinte minutos daqui. -- Priscilla informou. A risadinha de Naty ecoou pela lataria do caminhão, fazendo Priscilla lhe olhar cética. -- Do que ri?

-- Acho que achei a calcinha da Emma!

-- Onde está? -- A loira perguntou atônita.

-- Enroscada na parte de trás da jaqueta da Ally. -- A baixinha se virou tentando ver as próprias costas e Emma puxou a calcinha de lá.

-- Ew! Não acredito que dormi com isso.

-- E ainda se masturbou. -- Regina tirou o sarro, fazendo Ally lhe olhar severamente.

-- Vamos! Preciso dirigir! -- Priscilla insistiu e as garotas foram para a boléia, ficando apenas Ally na frente com Priscilla.

O vento frio invadiu o caminhão assim que Lauren abriu a janela ao seu lado. Suas orbes focaram no céu, que era sempre tão azulado, mas naquele dia estava acinzentado.

-- Ai, que frio! -- Naty reclamou baixinho.

-- Hoje vai chover e se prepare! Quanto mais ao para lá chegarmos mais frio se tornarão os dias. -- Ela disse, tendo em conta que iriam para uma cidade que fazia fronteira com o México, não que  México fosse frio, mas elas ainda estavam há alguns dias de entrarem de vez na primavera.

Os vinte minutos se passaram em total silêncio, Regina estava deitada com a cabeça no colo de Emma, que acariciava suas costas e sorria bobamente admirando sua namorada; Ally olhava pelos vidros enquanto as árvores iam ficando para trás; Priscilla dirigia e de vez em quando fitava Natalie através do retrovisor; Já Naty, bem, ela estudava as feições de Priscilla. A garota sempre séria permitiu-se sorrir por um dia e depois voltou à seriedade de sempre. Por quê?

Ao chegarem, entraram a pé no motel e, ao explicarem que queriam apenas um banho, a mulher permitiu a passagem das cinco e mais a gata no mesmo quarto.

-- Por que está tão fria comigo e evitando me olhar? -- Natalie perguntou enquanto todas entravam agora limpas, depiladas, cheirosas e mais leves, no caminhão.

-- Não estou fazendo nada disso.
-- Priscilla falou, vendo um relâmpago iluminar o céu.

-- Me desculpa se eu te fiz passar dos limites de seus próprios princípios. -- Naty pediu baixinho, timidamente fitando suas mãos. Priscilla olhou para a garota, vendo o vento fazer os fios de seus cabelos esvoaçarem sobre seu rosto. -- Eu estava um pouco bêbada e não deveria...

-- Natalie, entre no caminhão. -- Priscilla disse em um longo suspiro e Naty lhe fitou, seu sorriso fraco tentou camuflar seu olhar triste.

-- Tudo bem. -- Ela respondeu, entortando a boca e entrando no caminhão. Priscilla desviou seu olhar, pois a garota usava novamente seu vestido azul e não queria faltar-lhe ao respeito vendo sua calcinha. -- Podemos conversar sobre isso alguma hora? -- A menor perguntou fitando Priscilla, que segurava a porta.

-- Eu realmente prefiro não tocar nesse assunto. -- E, ao dizer isso, a porta foi fechada. Priscilla deu a volta no caminhão e entrou, se acomodando ao lado de Naty sem voltar a olhar para ela nas próximas horas.



-----------------------------

Vocês são uns nenês que eu amo e vou proteger. 😍 Obrigada por isso. Até a próxima.😚

Até a próxima e obrigada pelos votos e por comentar e lerem mesmo . Te Adoro kkk 😚

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝐔𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐚𝐢 𝐍𝐞𝐝 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora