Trinta e quatro ✓

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Obra original de uma das minhas autoras preferidas JulieteBs




As garotas estavam ajeitando os preparativos finais para a festinha de arrecadação de fundos para crianças carentes. Tudo já estava quase impecável, exceto pelos últimos balões que Malcon pendurava. A música já estava tocando, as luzes amareladas já estavam acesas e contrastavam com as diferentes cores de balões ali.

-- Em qual barraca você vai ficar?
-- Natálie, que chegara de repente, perguntou animada para Priscilla, quem conversava com Emma.

-- Oi, Naty. -- Priscilla disse sorridente, se virando para ela.
-- Vou ficar na de cachorro-quente. E você?

-- Na de algodão doce. Compra dois para mim? -- Natálie pediu e Natálie riu.

-- Dois? Que gulosa!

-- Não são os dois para mim. O outro quero dar para uma garota que estou afim. -- Natálie disse, vendo Natálie fechar a cara no mesmo momento.

-- Pelo amor de Deus, vocês já são assim e ainda vão tacar mais açúcar no meio? -- Emma perguntou rindo e Natálie deu de ombros.

-- Compra para mim, Pris? -- Natálie perguntou dengosa e Priscilla assentiu, um pouco decepcionada e contrariada.

-- Compro, Naty.

-- Ebaa! -- Natálie disse, se inclinando e dando um beijinho casto nos lábios de Priscilla. A maior retirou alguns dólares do bolso e deu para Natálie, que saiu saltitante para a barraca onde ela ficaria assim que as pessoas começassem a chegar.

-- Parece uma criança. -- Emma disse rindo, vendo Priscilla coçar a nuca levemente incomodada. -- O que houve? -- Emma perguntou confusa.

-- Natálie acabou de falar que vai comprar algodão doce para alguém que está afim. -- Emma suspirou, negando com a cabeça.

-- Santa lerdeza! -- Proferiu revirando os olhos.

-- Emma, me ajude aqui a montar essa barraca! -- Regina gritou e a garota não demorou em acatar o pedido da namorada. Priscila bufou e olhou em volta: Contrariando o que ela havia pensado, o clima em San Diego não tinha nada de frio. Ela havia pisado em cidades próximas à cidade no inverno e por isso a imagem de lugar "FRIO" permaneceu em sua mente. Ela sentiu um dedo cutucar seu ombro e se virou, dando de cara com um enorme algodão doce rosa.

-- Oi. -- Natálie disse docemente, soltando uma risadinha baixa. -- Para você. -- Priscilla franziu o cenho.

-- Você não disse que o outro algodão seria para a garota que você estava afim?

-- Exatamente. -- Ela disse timidamente, esticando o algodão doce para Priscilla.

-- Obrigada. -- Priscilla disse sorrindo, pegando o algodão da mão de Natálie e se inclinando para dar um beijo em seus lábios. A menor pegou um punhado de algodão doce e passou no canto dos lábios de Priscilla, fazendo Priscilla fazer uma careta e rir.
-- Naty, eu vou ficar toda melada assim.

-- Hm... -- Natálie murmurou com um sorriso safado e se inclinou, chupando a região onde havia sujado. -- Que delícia!

-- Natálie! -- Priscilla reclamou, tentando se manter comportada em público.

-- Desculpe. -- Natálie disse rindo.

-- Olá, vizinhas! -- Anne disse, perdendo a batalha para o ferro de sua barraca que não se abria. Priscilla franziu o cenho ao ver a cena.

-- Olá, Anne. Quer ajuda? -- Priscilla perguntou e a mulher sorriu, assentindo. -- Certo, Malcon, pode dar uma mãozinha aqui? -- Gritou, fazendo Natálie sorrir internamente.

-- É para já. -- O rapaz disse se aproximando.

-- Sou péssima com isso também, ele que montou a minha. -- Priscilla explicou.

-- Sua barraca é do quê? -- Anne perguntou, se debruçando sobre a pequena bancada dali e deixando o decote em evidência.

-- Cachorro-quente e a sua?

-- Barraca do beijo. -- A mulher disse sorrindo maliciosamente. -- Se quiser colaborar com as pobres crianças em minha barraca eu ficarei feliz. Até pago o dólar por você.

-- Bem, obrigada, mas não. -- Pris disse e Anne assentiu rindo.

-- Não gosta da barraca do beijo?
-- A mulher perguntou.

-- Prefiro a de algodão doce. -- Priscilla disse, fazendo Natálie sorrir amplamente.

-- Pris, está chegando gente, preciso ir. -- Natálie disse. -- Me dá um pouquinho do seu algodão antes?

-- Mas você tem um aí. -- Priscilla alegou, rindo.

-- Mas o meu é azul; o seu é rosa.
-- E como melhor argumento do mundo, na cabeça de Natálie, tudo fazia sentido. Priscilla esticou seu algodão doce e Natálie pegou um pouco. -- Uma delícia. -- Disse lambendo os dedos. -- Tchau. -- E se inclinou, fazendo o que queria fazer na frente de Anne, mostrando que Priscilla estava muito bem acompanhada. Seus lábios tocaram os de Priscilla, mas ela aprofundou o beijo, sentindo a língua de Priscilla acariciar a sua e sorriu entre o beijo, tendo certeza que a vizinha gostosona estaria assistindo tudo minuciosamente.

Para finalizar, Natálie mordeu os lábios de pris, dando um selinho demorado na garota antes de separar as bocas.

-- Você tem uma boca deliciosa.
-- Natálie sussurrou, desta vez, unicamente para Priscilla ouvir e a maior enrubesceu.

-- Você também.

-- Agora sim, tchau. -- Deu mais um selinho em Priscilla e saiu, não saltitante como da outra vez, senão com um rebolar de mulher fatal que fazia Priscilla se perguntar quantas facetas tinha sua doce Natálie.

-- Achei que tivessem dito que não namoravam. -- Anne disse, com um tom um tanto decepcionado. Priscilla se virou para ela antes de tomar o poder da palavra.

-- E não namoramos. Ainda.

-- Uou. Pretende dizer sim? -- Que tipo de pergunta era aquela? Pensou Priscilla. Era uma coisa meio óbvia.

-- Se ela pedir, então sim. -- Priscilla explicou. -- Mas na verdade pretendo ouvir um sim. -- Anne arregalou os olhos surpresa.

-- Olha só, deveria ter me dito antes. Eu não quero ser um problema para vocês. Eu só estava à procura de diversão.

-- Não será uma problema, não se preocupe.

-- Ela não tem ciúmes? -- Anne perguntou confusa e Priscilla deu de ombros, realmente sem saber a resposta.

-- Acho que não, mas isso é um mau sinal? -- Questionou com as sobrancelhas alçadas.

-- Geralmente uma mulher apaixonada é um pouco ciumenta, mas depende, às vezes Natálie confia em você ou confia no próprio taco. Não ligue para isso, vá fundo.

Tarde demais. A mente de Priscilla começou a pensar que talvez Anne estivesse certa: Natálie não tinha ciúmes. E se ela não gostasse de Priscilla?

Seus olhos foram para a barraca de algodão-doce, meio afastada da dela, mas ainda assim Priscilla era capaz de ver o sorriso simpático no rosto de Natálie ao atender algumas pessoas. Ela não perdia a sua essência em momento algum, então Priscilla não perderia a dela. Colocaria as cartas na mesa, mesmo com o risco de perder o jogo. A aposta era alta, mas valeria a pena caso ganhasse.




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A fanfic não vai durar muito não. Estamos entrando em reta final, mas calma que ainda temos alguns capítulos pela frente. 😚❤

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝐔𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐚𝐢 𝐍𝐞𝐝 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora