Dezoito ✓

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Obra original de umas das minhas autoras preferida JulieteBs



-- Se sente melhor? -- Ally perguntou preocupada assim que viu Natalie sair com Priscilla do hospital e Natalie sorriu pela preocupação da mulher.

-- Estou. Obrigada por me trazerem.

-- Quando acordou Priscilla explicou o que houve? Priscilla é péssima em tranquilizar as pessoas. Uma vez eu fui internada e, quando acordei, a primeira coisa que ela me disse foi "Eu arrumei o chuveiro da sua casa." -- Ally falou disparada e Natalie gargalhou, vendo Priscilla enrubescer.

-- Bem, ela... Não perdeu esse costume. -- Natalie disse sorrindo.

-- Oh virgenzinha, o que ela disse? -- Regina perguntou curiosa.

-- Prefiro não comentar. -- Natalie disse, vendo Priscilla respirar aliviada.

-- Entrem no caminhão porque preciso recuperar o caminho. Vamos! -- Priscilla disse e Emma suspirou, se inclinando para Natalie assim que Priscilla marchou até a porta de seu caminhão e entrou nele.

-- Como eu disse: Mocinha em apuros. -- Emma sussurrou fazendo Natalie rir e todas entraram no caminhão.

[...]

-- E aí a borboleta entrou no meu quarto. -- Natalie contava à Priscilla, que ouvia tudo rindo. -- Imagina o meu desespero ao ver um monstro daquele invadir meu quarto de madrugada. Eu não pude dormir e nunca mais abri a janela de noite.

-- Natalie, borboletas são fofas e indefesas. -- Priscilla disse rindo, enquanto as outras três assistiam a interação com uma grande interrogação no meio das testas. Se fosse uma delas contando sobre aquilo, tudo o que Priscilla faria seria responder entre resmungos e risos contidos. Com Natalie ela estava tendo todo um diálogo e paciência.

-- Quem me garante que um espírito não a possua e ela fique malvada? -- Natalie indagou e outra risada de Priscilla ecoou pela lataria do veículo. -- Pior, e se ela tivesse raiva ou algo que a fizesse ficar má?

-- Naty, borboletas não têm isso. -- Priscilla disse, levando sua mão direita até o nariz da menor e o apertando. -- Não seja boba.

-- Prefiro não arriscar, Priscilla. Eu não gosto de borboletas.

-- Mas por quê? São tão meigas e fofas.

-- Não gosto e fim. -- Priscilla riu e Natalie bufou, encostando sua cabeça no ombro de Priscilla. -- Estou cansada.

-- Naty... Assim eu não poderei mudar a marcha. -- Priscilla disse séria. -- E do que está cansada? Não fez nada.

-- Deixa eu ficar aqui um pouquinho? É estrada reta, não precisa mudar a marcha agora. Já já eu saio. -- Ela pediu e Priscilla sorriu no canto de seus lábios. Era impressionante como aquela garota ousada, sexy e provocante conseguia ser meiga e fofa também.

-- Argh. Tudo bem. -- Priscilla se deu por vencida fingindo uma carranca, mas no fundo ela havia amado aquele toque.

-- Obrigada. -- Natalie respondeu sorrindo. -- E sobre eu estar cansada... Bem, cansa não fazer nada também, sabia?

-- Sou obrigada a concordar. -- Regina se meteu. -- Só não morri de tédio ainda porque meus olhos encontraram uma boa distração.

-- Que distração? -- Priscilla perguntou.

-- É... Hm, não vem ao caso. -- Ela não diria à Priscilla que ver ela interagindo com Natalie era fofo e divertido. Conhecia sua cunhada há tempo o suficiente para saber que ela se fechava quando alguém comentava sobre isso por achar essas situações embaraçosas.

-- Pris, posso ligar a rádio? -- Natalie indagou, olhando, disfarçadamente, para o par de coxas expostas de Priscilla, já que a morena usava um short bem curtinho de moletom, cinza com as beirinhas pretas; gostosa, pensou.

-- Não. -- Priscilla respondeu solenemente, todavia, Natalie colocou uma mão sobre uma das coxas de Priscilla, sem malícia, e se aconchegou mais contra o corpo dela.

-- Por favor... -- natálie pediu e Priscilla lhe olhou de soslaio. Como dizer não à uma imagem tão adorável? A maior rosnou baixinho e bufou.

-- Tudo bem, Natalie. -- E, ao ouvir a menor bater palminhas de puro entusiasmo, Priscilla riu. Natálie depositou um beijo na maçã do rosto de Priscilla antes de sintonizar em alguma rádio de seu agrado.

Ally riu, negando com a cabeça. Ela deveria ter levado o celular, definitivamente, mas era um trato delas: Nas viagens que faziam juntas ninguém levava celular. Porém a pequena loira não imaginava que sua outra irmã também arrumaria alguém e que ela ficaria sobrando.

-- Não, Natalie! -- A voz firme de Priscilla trouxe Ally de seus pensamentos.

-- Por que não? Canta, vai?

-- Não vou cantar com você. -- Repetiu seriamente.

-- Você é muito chata, sabia? -- Natalie disse voltando a enterrar seu rosto na curva do pescoço da maior. Ela adorava o cheiro que a pele de Priscilla emanava e não perdia a chance de inalar aquele perfume natural cada vez que lhe fosse possível.

-- Sabia. -- Priscilla respondeu e Natalie riu. A menor olhou para trás e viu que mais ninguém prestava atenção nela, pelo contrário, as três cantarolavam a letra da música que tocava de olhos fechados. Natálie voltou a afundar o rosto do pescoço de Priscilla e levou uma mão até a coxa da maior, acariciando vagarosamente a região.

-- PRISCILLA... -- Natalie sussurrou em seu ouvido com aquela maldita voz que fazia a intimidade de Priscilla entrar en alerta. Priscilla sentiu todas as células de seu corpo se arrepiarem quando Natalie depositou um beijo lento em seu pescoço, subindo um pouco a cabeça e mordiscando o lóbulo de sua orelha. -- Vamos parar para comer? Estou com fome. -- Natalie sussurrou, subindo um pouco mais sua mão, sem deixar que fosse algo imprudente, já que as garotas poderiam abrir os olhos a qualquer momento.

-- Certo. -- Priscilla disse, notando como as batidas de seu coração se aceleraram. Natálie continuou a provocar-lhe e quando Priscilla estacionou ela ficou confusa. -- Comam. Eu já volto! -- Disse séria, abrindo a porta do caminhão e se esquivando de Natalie para descer. A porta do caminhão fechou-se com certa brutalidade e a menina ali se viu perdida.

-- O que ela foi fazer? -- Natalie perguntou confusa, vendo pelo retrovisor Priscilla andar até a parte de trás do caminhão e logo sumir de vista.

-- Vá ver por si própria. -- Emma disse dando de ombros, atacando o isopor no momento seguinte. Natálie, por ser tão curiosa, realmente decidiu ir. A garota abriu a porta e desceu do caminhão. Apenas encostou a porta para Priscilla não saber que ela havia descido.

Caminhou até atrás do caminhão e deu de cara com Priscilla controlando a respiração, de olhos fechados e com a cabeça para o alto.

-- O que está fazendo? -- Natalie perguntou e Priscilla abriu os olhos, lhe encarando.

-- Vim pegar um ar. -- Ela disse e Natalie assentiu, olhando para os lados antes de se aproximar de Priscilla.

-- Você está muito... Linda. -- Naty disse, percorrendo seus olhos pelo corpo de Priscilla. -- Eu não disse lá dentro porque você parece ser bem reservada.

-- E sou. -- Priscilla disse, sentindo o sol da manhã lhe acertar em cheio.

-- Bem, vou deixar você tomar o seu ar, então. -- Natalie disse, mas sentiu a mão de Priscilla se enroscar em seu braço e puxar ela para si, colando os corpos.

-- E que tal se ficar e me ajudar a perder o ar? -- O sorriso provocante de Natalie enfeitou seus lábios ao ouvir aquilo.

-- Com prazer.





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Venho com outro hoje ainda. Até já 😚❤

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝐔𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐚𝐢 𝐍𝐞𝐝 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora