Capitulo 16

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— Você teria aceitado se eu tivesse contado ? - Ele pergunta assim que achamos nossos assentos.

— Claro que sim, eu sou péssima em esportes mas adoro ver, mesmo que eu não entenda muito.

— Bom se o alguém desse time jogar a bola na cesta você comemora, basicamente isso. - Ele fala debochando da minha cara e recebe um tapa no braço.

— Isso eu sei né, eu assistia basquete com meu pai, ele sempre gostou. - O sorriso some do meu rosto ao lembrar.

— Você o viu depois daquele dia ? - Ele se refere ao dia que fomos levar Sina assinar uns papéis na delegacia.

— Não. - Respondo seca pra mostrar que não quero continuar o assunto.

— Posso perguntar o por que?

— A curiosa da história não era eu?

— Tá bom, já entendi. - Ele levanta as mãos como se estivesse se rendendo. - Não pergunto mais.

No começo do jogo ele fica bravo por eu torcer pro time adversário, mas ao ver que estou fazendo só pra provoca-lo ele entra na brincadeira.

A maior parte do jogo, o braço de Josh está me abraçando, ele só tirava os braços de volta do meu pescoço quando o clima do jogo ficava muito tenso ou quando comemorava um ponto.

O meu time ganhou, e como uma boa torcedora que não sabe nem o nome do time eu gritei pulei demais comemorando a Vitória enquanto Josh me olhava sentado no banco com a cara fechada.

A saída é um tanto demorada já que o lugar está cheio.

— Minha casa ? - Ele pergunta não escondendo nem um pouco suas intenções.

— Melhor não. - Na verdade um sim queria ter saído da minha boca mas como eu sou Any Gabrielly e tenho a mania de colocar meu cérebro como prioridade em qualquer situação.

— Você quem sabe. - Ele da os ombros desanimado.

— Droga eu assumo. - Digo tentando mudar o assunto.

— Assume o que doidinha ?

— Sou CURIOSA, sou mesmo e quero muito saber sobre você e o Bailey. - Ele ri.

— Só se você me falar sobre seu pai.

— Droga Joshua.

—É você quem decide. - Ele me olha ao parar no sinaleiro.

— Tá bom. - Cruzo os braços como uma criança reinando.

— Boba mesmo, não é nada demais a irmã dele veio passar as férias aqui e a gente ficou, ele ficou louco quando descobriu, mas depois passou.

— Tem alguém que você não pegue?

— Isso tudo é ciúme Gabrielly? - O sinal abre.

— Ciúme do que? A gente não tem nada.

— Isso por que você não quer.  - Eu não respondo, encosto a cabeça no vidro e o silêncio se instala por alguns segundos.

— Agora você, vai. - faz um gesto com as mãos pra que eu comece a falar.

— Não tem o que falar, a gente sempre foi uma família muito unida, meu pai conheceu outra e foi embora mesmo minha mãe estando grávida. - Sinto meus olhos molharem, eu não era de chorar, mas esse assunto mexia comigo.

— Ele parece ser um cara legal.

— Eu também pensava isso, e olha como terminou. - Tento secar meu rosto discretamente, pra que ele não perceba.

Give me a reason to stay - REESCREVENDO.Onde histórias criam vida. Descubra agora