Capítulo 1- Antes Da Morte II

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Logo pela manhã, já não mais encontrei Joseph em casa, havia saído

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Logo pela manhã, já não mais encontrei Joseph em casa, havia saído. Às pressas, degustei uma mistura de frutas como café-da-manhã, por ser vegetariano. Saí de bicicleta rumo à escola, uma vez que estudava naquele horário. A viagem não era tão demorada, por mais que eu tivesse que percorrer uma longa estrada asfaltada deserta antes de sequer chegar à cidade.

Andar por aquelas ruas era sufocante, uma linha tênue entre parecer um ser invisível ou um ser desprezível. Os adultos reprendiam meu pai por sua sexualidade, mas pareceram esquecer isso quando minha outra figura paterna nos deixou, porém, mesmo assim continuaram o tratando com certo desprezo.

Os mais jovens desconheciam esse fato passado, mas, em contrapartida, viam-me como um estranho, por morar entre as árvores, longe de toda a civilização, como se não fossemos nem da mesma espécie. Um extraterrestre eu era. E eu jurava que as meninas iriam amar meu porte físico...

Assim que cheguei à instituição de ensino, logo constatei que não era a mesma de sempre, as pessoas agiam diferente, estavam... falando comigo. Não parecia mais tão invisível assim.

Talvez isso se deva ao que aconteceu, ou pelo que pensam ter acontecido. Bem, não sou eu quem vai desmentir. Até que estou gostando... No entanto, precisava falar com ela, sem tardar, procurei as íris azuis entre os meros mortais e enfim encontrei Safira perto dos armários.

— Você está bem? — Mostrei minha genuína preocupação depois que suas "amigas" se afastaram um pouco.

— Óbvio que estou, por que a pergunta?

Tem algo errado! Ela está sendo ríspida ou estou com minhas percepções alteradas?

— Não sei... As coisas estão diferentes, acho que peguei um pouco da sua popularidade. — A qual eu sabia que ela não gostava nem um pouco.

— Percebi isso também, e... desculpa te causar problemas com seu pai — redimiu-se, preocupada.

Agora é gentil... O que está acontecendo?

— Isso não foi nada, mas por que você foi falar aquilo? — questionei com um tom de repreensão.

— Não posso falar aqui, está muito... cheio. — Ela aparentava querer apenas se safar daquela pergunta.

Porém aquele corredor realmente esbanjava bastante aluno, os quais transitavam e se juntavam ao nosso redor para nos observar, como se nunca houvessem visto um diálogo antes. Sem demora, pegamos nossos livros e fomos andando juntos até nossa sala, pois já havia tocado o sinal.

Os Poderosos | Livro 1- Amor [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora