Capítulo 21- Mundo Encantado III

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Safira acordou inflando ao máximo seus pulmões, aparentando ter esquecido como respirar. Logo constatou estar amarrada no tronco de uma árvore que margeava a parte aberta onde jazia o altar de pedra com uma tocha no centro, a qual iluminava o lugar que novamente mergulhava na escuridão, debaixo das copas frondosas.

Notou que Yara e Aurora também permaneciam presas ali perto, mas por árvores golens, seus pés eram segurados pelas raízes e seus braços suspendidos pelos galhos folhados.

Então a própria Floresta Encantada é a grande guardiã... — Imaginou antes que sua atenção transitasse para outros detalhes do ambiente.

Vários animais apareceram para vistoriar o que ocorria e seus olhos não transmitiam vida, igual os de Arya, a qual se encontrava parada ao lado da mesa redonda como uma serva obediente. E, em cima da pedra, Meredyth reinava esbanjando imponência em seu domínio.

— Acordou bem a tempo — cumprimentou com uma cordialidade fingida.

— O que você fez com elas?! — A adolescente questionou vendo suas parceiras desacordadas a alguns metros dela, cada uma de um lado do altar rochoso, enquanto ela era mantida de frente para ele. — A tempo para o quê?

— Apenas a mistura de algumas ervas que as levassem para uma sonolência profunda, então não adianta tentar despertá-las — sanou fitando-a com seus olhos outra vez acinzentados. — E você despertou na hora exata para decidir o que vai acontecer agora.

— Solte minhas amigas e eu faço tudo o que quiser — afirmou Safira, com sua voz já embargando pela agonia e dor que sentia no arrocho das cordas que a enclausuravam.

— Você não está em posição de negociar, querida — debochou gargalhando —, apenas de aceitar as minhas condições.

— Você não é assim, Meredyth, sei que não é...

— Claro que não sou, Malléphycus me fez muito melhor e ele está vindo para cá, pois você vai receber o mesmo tratamento — informou com um sorriso sádico.

— Quê? — sussurrou o grito que sua voz não conseguiu dar, perdendo as esperanças.

— Pensei que poderia confiar em você e no Curupira; que os dois iriam se juntar a minha causa, mas, pelo visto, acho que vou ter que persuadi-los de outra forma — revelou maleficamente, gesticulando para destacar suas unhas afiadas.

— Você não pode...

— Não só posso, como vou! — interviu altiva.

Os Poderosos | Livro 1- Amor [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora