Tzuyu, Nayeon, Momo e Chaeyoung saíram do quarto que as mais velhas dividiam e seguiram em direção ao quarto da Chou. A maior não sabia qual seria a reação de Sana ao ver novas pessoas, mas talvez ela achasse um pouco mais confortável ter uma outra japonesa ali consigo, que por mais que não conseguisse lembrar de seu próprio passado, Momo ainda lembrava de muitas coisas sobre a família imperial japonesa.
As meninas adentraram o quarto e Tzuyu tomou um susto, ao abrir a porta ela não viu Sana, a taiwanesa foi até o banheiro e nada da menina, ela não estava mais ali.- Ué, cadê a Princesa? - Chaeyoung levou as mãos a cintura, tendo uma expressão confusa em seu rosto.
- Ok, ok, a brincadeira foi boa, mas claramente vocês não conseguiram sustentar por tanto tempo. - Nayeon se sentou na cama de Chaeyoung e soltou uma risada baixa. - Mas pensem pelo lado bom, vocês conseguiram me tirar do meu quarto, vamos sair mais tarde?
- Não tem ninguém brincando Nayeon, a Sana sumiu!
- Tzuyu, isso era verdade mesmo?
- Momo, confia em mim, eu não iria brincar com isso, a Princesa tava aqui antes de eu sair, ela tava pensativa depois que a gente andou de bicicleta e ela viu aquele casal, eu não sei, eu não sei o que aconteceu, eu vou procurar por ela. - antes que Tzuyu pudesse sair do quarto, Momo segurou sua mão a impedindo.
- Calma, a gente vai te ajudar. Nayeon levanta daí, a gente vai ajudar a Tzuyu a procurar a Princesa Sana, se ela estava aqui mesmo, a gente vai achar.
- Além do mais, não tem como ela ter ido muito longe, ela não conhece nada por aqui.
- a Son disse já saindo do quarto, sendo seguida pelas outras.
- A gente vai se separar?
- Acho melhor...
As meninas partiram em seus caminhos separados. Nayeon pesquisou mais uma vez sobre Sana, para não correr o risco de confundi-lá por aí. Chaeyoung decidiu que iria procurar no jardim, se ela tiver saído do prédio, ela ainda não estaria tão longe. Momo foi em direção as piscinas e a quadra de basquete, lá haviam alguns vestiários, talvez a menina tivesse entrado lá em busca de passar algum tempo sozinha, ou algo parecido. Tzuyu olhou de sala em sala, passou por todas as salas do térreo, foi até o segundo andar, procurou no corredor dos quatros, mas não achou a menina em lugar nenhum. Foi então que a morena decidiu ir pro lugar que ela mais temia que a menina estivesse, a sala de seu pai. Se o homem encontrasse a estrangeira, seria o fim, Tzuyu não achava que seu pai fosse acreditar que ela havia vindo de uma outra década, possivelmente ele a mandaria direto pra rua, ou pior, chamaria os psiquiatras e a levaria diretamente para um manicômio.
Tzuyu olhou pelo vidro da porta mas não conseguiu enxergar direito, mas ao ouvir um fungado, ela percebeu que havia alguém lá. Com cuidado, a taiwanesa abriu a porta e entrou, logo vendo Sana de frente a um espelho, ela podia ver pelo reflexo que a Princesa tinha o nariz velho e lágrimas escorriam por seu rosto. A Chou sentiu seu coração apertar, mas preferiu permanecer calada quando ouviu a menina começar a falar.
- Eu tenho medo.. Tenho muito medo. Tenho medo deste futuro onde estou, tenho medo do que possa estar acontecendo em minha casa, como devem estar lidando com minha ausência? Queria poder desejar que não houvessem dado por minha falta, mas acho difícil, partindo da lógica que eu serei a próxima Imperatriz. Sei que tenho minhas responsabilidades e por mais que desejasse ficar e conhecer mais, não quero ser um peso na vida de Tzuyu. Tzuyu é uma moça extremamente adorável e tem me ajudado da forma que pode, mas sinto que eu só estou atrapalhando sua vida, então... - Sana abriu os olhos e pôde ver a taiwanesa a encarando, ela se virou e encarou Tzuyu de volta, caminhando em sua direção. - Obrigada por me ajudar tanto, mas não quero mais te atrapalhar, ou fazer com que fique brava por minha causa, sinto muito.
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1950
FanficO ano era 1950. Sana desde o dia em que nasceu teve toda sua vida planejada, desde como vestir, se portar, falar, até com quem deveria falar ou com quem iria se casar. A vida de princesa não era o que a jovem Minatozaki queria, ela se sentia estranh...