a árvore de sakura

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Sana sentia os lábios da jovem passearem por seu corpo, a japonesa trajava apenas suas peças íntimas, assim como a maior. Tzuyu segurava e apertava sua cintura enquanto descia seus beijos por sua barriga chegando até a barra de sua calcinha, parando, levantando o olhar o suficiente para encarar a Minatozaki que tinha os olhos transbordando em luxúria.

Tzuyu ergueu seu corpo, tomando os lábios de Sana mais uma vez, a japonesa levou sua mão aos cabelos negros da outra, puxando a medida que o beijo se intensificava, sentindo o contato de suas intimidades fazendo ambas gemerem em meio ao beijo.

— Eu senti tanto a sua falta…

— Você não faz idéia do quanto…

Batidas na porta fizeram Sana abrir os olhos assustada, as palmas de sua mão suadas e trêmulas, assim como a fina camada de suor em sua testa e o desconforto entre suas pernas.

Ao se dar conta de que tudo não havia passado de um sonho, Sana bufou irritada jogando-se de costa na cama. Faziam 6 meses desde a última vez que as meninas haviam se visto e a japonesa não sabia mensurar o tamanho da saudade que sentia de sua namorada.

Será que Tzuyu ainda pensava em si? Ou será que ela já havia seguido em frente? Encontrado alguém de seu próprio tempo, que pudesse estar do seu lado e não estivesse prestes a se casar?

Não sabia se desejava que isso acontecesse ou não. Era da realeza, tinha suas obrigações e não poderia voltar para o seu lado. Desejava que ela fosse feliz, porém seu coração queimava com a hipótese de jamais ficarem juntas novamente.

— Eu sinto tanto a sua falta, Tzu.

Seus pensamentos estavam completamente transtornados. Era o dia de seu casamento e ao invés de pensar no seu noivo, estava pensando no seu amor, que não vivia na mesma época que si e era uma garota. Seus pais lhe mandariam para as masmorras se sonhassem com essa hipótese.

Frustrada, ela suspira, ouvindo duas batidas na porta de seus aposentos antes que a abrissem e vários passos ecoassem pelo piso, Sana não fazia questão de ver quem era, mas logo teve seu cobertor arrancado de si e seu corpo era puxado por Mina para que se levantasse.

— Sei que não quer isso realmente, mas já está na hora de se preparar. Estão todas aqui, elas cuidarão da sua aparência para que fique ainda mais deslumbrante, precisam de sua colaboração para isso. – Ela beija carinhosamente a testa de sua prima. – Estarei contigo, okay? – se aproxima do ouvido de Sana para que pudesse sussurrar. – E se mudar de idéia, nós podemos dar um jeito. Nós podemos fugir.

— Obrigada, Minari, sem você aqui, não sei o que faria mais.

Mina se retira do cômodo, incomodada com a situação da prima mais velha, que assim como ela mesma, tinha seus pensamentos e coração em uma outra época.

[…]

Maio de 2020

Os pés da taiwanesa não paravam quietos, estava esperando que saíssem as pessoas presentes no quarto 206, o hospital não estava muito cheio, e enquanto esperava, pareciam horas que aquele quarto não passava um segundo sem acompanhantes lá.

Quando finalmente o quarto ficou desocupado, a jovem se levantou, seus passos cautelosos e o medo residia no seu coração. Talvez não devesse estar ali, mesmo tendo recebido um bilhete para que estivesse. Tinha medo, entretanto não sabia exatamente de que tanto temia. Ela abre a porta com delicadeza, não queria fazer qualquer ruído que chamasse a atenção para que alguém aparecesse e atrapalhasse aquele momento.

1950Onde histórias criam vida. Descubra agora