flor de cerejeira

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Cerca de dois dias após o fim dos treinamentos, e algumas adaptações nos planos, as meninas estavam finalmente prontas para colocar, quem sabe, um fim de vez a maldição da bruxa, e com muita esperança, na própria bruxa. 

Dahyun estava a caminho do local onde antes era sua casa, ela ficou responsável por atrair Kitsune até a floresta. Nayeon e Jeongyeon, ficariam escondidas em duas árvores, próximas o suficiente para ouvir toda conversa, e para dar o sinal para Tzuyu quando fosse a hora de atirar a flecha. Já Momo e Chaeyoung, estariam ao lado das princesas, caso algo desse errado, ambas carregavam consigo facas banhadas em uma poção especial, poção essa que havia sido feita por Dahyun, e que também estava na ponta da única flecha que a Chou teria a chance de acertar. Caso ela errasse, seria o fim de tudo.

Ao entrar no esconderijo da bruxa, nada parecia fora do lugar, mas havia novas pessoas ali, novas meninas que a Kim nunca havia visto, mas pelos olhares desconfiados, Dahyun logo percebeu se tratarem das novas alunas da bruxa, provavelmente as que ficariam no lugar de Nayeon e Jeongyeon. 

— Olha só… Parece que um bom filho à casa torna. — Kitsune surgiu de um dos corredores, causando um calafrio em Dahyun. — Posso saber onde estava? 

— Estive atrás das Princesas. 

— Encontrou? — A bruxa dizia caminhando em direção a Kim, olhando diretamente em seus olhos. Dahyun sabia que não poderia desviar, ou Kitsune saberia que ela estava mentindo. 

— Sim, e soube por fontes seguras que elas estão em uma floresta a alguns quilômetros daqui, se formos rápidas, conseguimos pegá-las! 

— E como sei que está a falar a verdade? Podes muito bem estar junto de Nayeon e Jeongyeon, aquelas duas traidoras, tentando me passar para trás junto com elas, ou acham que não sei que elas que tiraram Minari daqui… 

— Elas são burras, eu as segui, senhora, todo esse tempo estive por perto, sabia que encontrando Minari, Sana seria o brinde que tanto desejávamos. 

Kitsune analisava todas as expressões de Dahyun, tentando achar qualquer pingo de mentira em suas falas, mesmo não acreditando totalmente em suas palavras, a mulher concordou com a cabeça, seguindo a Kim. 

— Senhora, quer que acompanhemos? — Uma das meninas perguntou.

— Não, esse assunto quero resolver sozinha. 

•••

Enquanto o restante das meninas se preocupavam em finalizar os preparativos para o embate que em breve aconteceria, Tzuyu pegou Sana pela mão, levando a menina até o jardim onde se conheceram, sentando-se sob a sombra da grande cerejeira que enfeitava o jardim do colégio com a japonesa entre suas pernas. 

Nenhuma delas dizia nada, estavam apenas vivendo seu pequeno momento em seu próprio mundo, afinal, elas não sabiam qual seria o desfecho daquela tarde, Dahyun havia explicado que se algo saísse errado, e Mina e Sana atravessassem o portal com a bruxa, muito provavelmente elas não voltariam mais, assim como a Kim também não sabia dizer se elas cairiam na época certa, ou para onde a mulher as levaria.

Também havia a possibilidade de qualquer uma das 8 ser atingida por alguma magia da bruxa e não resistir, as possibilidades eram infinitas. 

Sana sabia que precisava voltar pra casa, afinal, ainda tinha questões pra resolver com Jihyo e seu ex noivo Baekhyun. Mas a japonesa não conseguia pensar em como seria sua vida agora, caso voltasse realmente para sua época. Ela não saberia mais como viver sem ter os braços de Tzuyu a envolvendo durante a noite, ou os carinhos em seu cabelo enquanto ambas apenas conversavam sobre suas realidades e histórias que viveram na infância. Sem falar sobre os beijos que elas trocavam e sobre sua primeira vez… Foi com certeza o dia mais mágico de sua vida e ela sempre teria isso guardado consigo. 

Chou Tzuyu foi o primeiro amor de sua vida e com certeza seria o último. 

— Amor… — Sana disse, chamando a atenção da namorada. 

— Oi, meu bem…

— Você conhece uma lenda japonesa chamada Akai Ito? 

— Não, do que se trata? — Minatozaki se sentou corretamente, virando-se de frente para Chou.

— Trata-se de uma lenda que diz que todos nós temos um fio vermelho que está conectado a uma outra pessoa em algum lugar do mundo, que mesmo que esse fio se estique ou até mesmo se amarre em outra pessoa, ele sempre irá achar aquela outra ponta a qual ele foi destinado pelos deuses. E na china eles acreditavam que quanto mais afastadas as extremidades estivessem, mais tristes essas pessoas estariam. — Durante toda a fala de Sana, as meninas olhavam fixamente para suas mãos unidas. — Isso é como eu era antes de te encontrar, antes de vir parar aqui… Eu era triste, sem vida, e você me deu isso, você é minha flor de cerejeira, e eu tenho certeza absoluta que o fio que começa em mim, termina em você, Eu te amo, Chou Tzuyu. 

Sana se lançou contra o corpo da taiwanesa, que abraçava a japonesa com tanta força que talvez quebrasse a menina, em sua cabeça, Tzuyu pensava que talvez assim Sana nunca teria que ir embora de seus braços e elas poderiam ficar pra sempre juntas.

— Eu também te amo, Minatozaki Sana. E posso ter certeza que eu estive esperando por você por todo esse tempo e esperaria mais, eu sou apaixonada por você, apenas por você, eu te amo tanto, tanto. Você é tão linda que tenho certeza que de todas as obras de Van Gogh nenhuma delas chegaria aos seus pés. 

Tzuyu segurou o rosto de Sana com as duas mãos, puxando a menina pra si, colando seus lábios em um beijo apaixonado, aquele poderia ser o último, elas não sabiam, tudo naquele dia estava parecendo a última vez. 

A última vez que tomaram banho juntas, a última vez que Tzuyu ajudou Sana a vestir o vestido com que havia chegado alí, a última vez que a Chou abraçou a menina por enquanto elas se olhavam no espelho e pensavam no quanto elas ficavam bem juntas, a última vez em que Tzuyu abriu a porta como uma gentewoman, fazendo Sana rir ao cuvar-se quando a Minatozaki passou, a última vez que Tzuyu pôde ouvir Sana gemer baixinho quando a taiwanesa puxava seu lábio inferior ao terminar um beijo. 

— Você é a mulher mais linda do mundo. — Tzuyu disse beijando cada parte do rosto de Sana, finalizando com um selinho longo em seus lábios. 

— Você jura? Pois creio que a mulher mais linda do mundo é aquela que meus olhos estão vendo nesse minuto. 

— Claro que eu juro. — Sana se inclinou, beijando Tzuyu mais uma vez, colocando suas mãos por entre as madeixas castanhas da maior, puxando levemente a medida que o beijo ia se intensificando. 

— Eu acho, — Sana cortou o beijo, mas Tzuyu desceu seus lábios até o pescoço da morena, fazendo com que ela perdesse a concentração nas próprias palavras. — Que devíamos parar… alguém pode aparecer e…

— Pegar vocês no flagra! Que pouca vergonha! — Nayeon aparece com sua mochila nas costas, e os braços cruzados. 

— Que susto Nayeon, pelo amor de Deus. — Tzuyu diz, levantando-se e ajudando Sana. 

— Faz as coisas erradas e depois que é pega leva sustinho, os jovens de hoje em dia.. 

— Ta bom velha, ta bom… 

— Já está na hora Nayeon? — Sana perguntar segurando a mão de Tzuyu.

— Sim, chegou a hora. 

Então, é isso, mais 2 e é o fim da história... :( Se vocês tiverem interesse, tem uma história muito boa iniciada recentemente na conta da BirdyEntertainment assim como uma aqui no meu perfil mesmo. É isso, eu não corrigi o capítulo, até o próximo ;).

1950Onde histórias criam vida. Descubra agora