minha resposta

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Sana abriu os olhos naquele dia sentindo a claridade atingir seu rosto, fazendo a menina levar uma mão até os olhos, cobrindo os mesmos. Ela se levantou, tocando o chão gelado com seus pés descalços, a Minatozaki estranhou estar tão frio assim, mas rapidamente passou a ignorar a sensação. Antes de se levantar, percebeu o pequeno origami em papel azul posicionado ao lado de sua cama, a japonesa tomou ele em mãos, analisando o mesmo, abrindo um pequeno sorriso. 

Tzuyu dormia despreocupada na cama a sua frente, a menina estava totalmente encolhida embaixo das cobertas. Sana sorriu, aquele pequeno origami só podia ter sido deixado alí pela taiwanesa, ao mesmo aquilo era o que seu coração queria. Por falar na menina, o despertador tocou, fazendo Sana se assustar, e acordando Tzuyu, essa que se sentou às pressas, desligando o despertador de maneira desajeitada, fazendo Sana rir pela bagunça que estava seus cabelos. 

— Bom dia, Tzuyu. — Sana, já de pé no meio do quarto disse. Tzuyu se jogou novamente na cama, coçando os olhos e abrindo um sorriso pra menina, que se alargou ainda mais ao notar a dobradura em suas mãos. 

— Bom dia, Princesa. Dormiu bem? — a japonesa assentiu com a cabeça e abaixou o olhar, com vergonha de perguntar, mas morrendo de vontade de saber se aquele pequeno presente era pra ela. — Você gostou? 

— Sim, bastante. Eu costumava fazer muitos com Sakura quando tinha meus raros momentos livres no castelo. 

— Sério? — Tzuyu se sentou, passando as mãos pelos fios, tentando ajeita-los da melhor forma possível. — Eu nunca tive a capacidade suficiente para fazer um. 

— Eu posso te ensinar qualquer dia. 

— Eu iria amar. 

Tzuyu levou o olhar até os castanhos de Sana, elas não fizeram questão em momento nenhum de desviar o olhar. A taiwanesa aproveitou pra fazer algo que pouco havia feito, observar o rosto de Sana e declarar ela de uma vez por todas a garota mais linda que seus olhos já haviam visto. Sana sabia, ela sentia, sabia que Tzuyu despertava em si algo que ela nunca havia sentido antes, e sentia que Tzuyu podia ser sua perdição ou sua salvação. 

— Eu… eu preciso ir tomar banho ou vou me atrasar…

— Claro, fique a vontade. 

— Princesa, você acha que mais tarde a gente pode conversar? 

— Qual o assunto? 

— Mais tarde eu falo, você pode? — Tzuyu dizia a alguns centímetros da japonesa. Sana sentiu o arrepio que costumava sentir sempre que Tzuyu se aproximava assim, um vento gelado subia por seu corpo, as borboletas faziam festa em seu estômago. 

— Bom, não é como se eu tivesse nenhum compromisso marcado no qual eu deva comparecer. — a Princesa soltou uma risada sem humor, se afastando de Tzuyu, indo até a cama onde sentou-se.

— Ok, então eu vou te levar em um lugar pra gente conversar, eu preciso resolver algumas coisas e por isso talvez fique longe durante a tarde, mas eu volto e aí a gente conversa, tá? 

— Sim senhorita. — Sana curvou o tronco em uma falsa reverência, fazendo Tzuyu sorrir e fechar a porta do banheiro. 

•••

Tzuyu assistiu todas as aulas daquele dia esperando que o tempo passasse rápido, ela queria voltar para Sana e finalmente poder declarar seus sentimentos pela menina. Depois de tudo o que aconteceu entre elas, aquela conversa era extremamente necessária, Tzuyu sentia que havia a possibilidade da Princesa sentir o mesmo que ela sentia, mas também estaria pronta para caso ela pedisse mais uma vez que a Chou se afastasse, mesmo que tentasse fortemente afastar essa ideia da mente. 

1950Onde histórias criam vida. Descubra agora