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Quando beijei Evan nos meus sonhos pela primeira vez, foi incrível. Das outras vezes também, e, não achava que poderia ser melhor que aquilo. Mas saber como eu me sentia ao beija-lo só fazia com que eu ficasse cada vez mais curiosa.

E nos beijamos.

E com certeza eu estava enganada. Foi melhor que nos sonhos. Sentir sua respiração, seu coração acelerado, seu toque quente, nossos corpos colados e nosso beijo sincronizado. Além de sentir uma mistura de sensações, me sentir flutuar, quente, ofegante por mais... Foi tudo incrível. E eu só quero mais.

Mesmo que a insegurança esteja ali, existindo junto comigo.

É muito claro que eu me sinto atraída por Evan, mas, e se eu acabar sendo quebrada novamente? Superei Alan, sei que consigo isso, mas a ligação que sinto com Evan é diferente e nova, que tem a possibilidade de me destruir e não sei como eu poderia sair disso.

Essa insegurança só existe por causa de Alan, da mesma forma que a dor existe para Evan, por causa de Beatriz.

O despertador já tocou e permaneço deitada encarando o teto, enquanto a luz da manhã ilumina meu quarto. Fico repassando o dia anterior várias e várias vezes na minha mente, tocando meus lábios levemente sempre que penso na forma como nosso primeiro beijo aconteceu.

Evan se ofereceu para me levar embora, uma parte de mim gostaria de aceitar, mas a insegurança presente em mim achou melhor esperar, ainda é muito cedo. Continuamos conversando quando cada um estava em sua casa, agradecendo pelo encontro e sendo de certa forma, fofos. Não pude deixar de sorrir ao pensar isso.

Também atualizei de forma breve meus amigos, dizendo como foi incrível o nosso encontro, que contava detalhes pessoalmente, deixando, claro, Eduardo desesperado por informações. Essa noite dormi feliz e tranquila, porém, tive um sono sem sonho, o que me entristeceu quando acordei. Era uma oportunidade a menos de sonhar com ele.

Levantei e comecei a me arrumar para escola, antes que eu acabasse me atrasando, não deixando de pensar em meu melhor amigo. Coisas que sempre compartilhei com ele, e agora, sinto que não poderei mais. Sei que ele disse que não me abandonaria e não posso me precipitar, ele ainda está no início do namoro, tenho que dar um espaço também. Mas não deixo de ficar triste por essa breve distância.

Me arrumei um pouco mais do que o habitual, por haver tempo e por estar ansiosa para ver Evan novamente. Parece que faz muito anos que não sentia o que estou sentindo agora, essa timidez e esse desejo de ver alguém. Na verdade não chega nem ser uma situação que dê para comparar, são pessoas completamente diferentes em situações muito diferentes. Coloco meus fones a caminho da escola e continuo absorta em pensamentos, contemplando toda a situação, sem deixar, claro, de reviver novamente o dia anterior ao passar pelo "nosso" lugar. Um sorriso se forma em meus lábios sem que eu perceba e novamente a alegria está em mim, noto que continuo sorrindo até chegar na escola, aonde ele se intensifica ainda mais, ao notar que Evan está me esperando no portão.

Vou em sua direção em passos pensados, me concentrando para que a minha falta de coordenação não resolva aparecer. Evan está parado, me esperando chegar, olhando-me da mesma forma de sempre com aquele seu olhar negro e convidativo, com um grande sorriso formado em seus lábios. Meu coração já começa entrar em descompasso quando fico de frente com ele.

- Bom dia Lydia - ele me diz ainda sorrindo.

Se aproximou de mim, dando um beijo em meu rosto e me abraçando, fazendo com que eu perdesse o fôlego e meu coração palpitasse.

- Bom dia... - digo quando ele se afasta.

- Dormiu bem? - ele tira uma mecha do meu rosto, continuando a me encarar profundamente, como se pudesse deduzir tudo o que eu fosse dizer.

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⏰ Última atualização: Feb 24, 2020 ⏰

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