Surfando no Amor (Binuel)

Capítulo 15 - A briga

33°, o dia hoje amanheceu meio nublado e muitos optaram por relaxar já que o mar fica bipolar nesse clima. Esperamos que não esteja assim no torneio, pois faltam apenas 5 dias para o momento tão aguardado do verão.

Área comercial, mercearia

Quemola escolhe alguns produtos e segue para a fila pagar.

Alex: (encostando na fila ao lado) Irmãozinho! E aí, curtindo a lua de mel com a Bia?

Manuel finge que não escutou.

Alex: Aproveita, porque quando descobrir a verdade, xiii... sei não, mas acho que ela não vai te dar mais beijinhos.
Manuel: Por que você não arruma o que fazer Alex?
Alex: (risada rápida) Sabia que não ia aguentar calado.
Manuel: Fala o que quiser...
Alex: Só estou te parabenizando pelo namoro. É uma pena a Bia não ter feito uma boa escolha, mas é o que ela tem pro gasto.
Manuel: Você está é com inveja, porque a Bia não te deu bola.
Alex: (som nazal) Inveja? Se eu quiser, levo aquela Urquiza pra cama...

A prensa que Manuel deu no Alex depois do que ele falou foi imediata. O espanhol partiu para cima dele segurando a camisa do argentino com os punhos. Sua cara ia da tonalidade rosada ao vermelho pelo tamanho de sua raiva.

Manuel: Repete...
Alex: Calma aí irmão, não precisa ficar com ciúmes.
Manuel: É melhor ficar longe dela. Eu sei que andou indo no restaurante.
Alex: Ui... (sorrir cínico) Quer saber? Isso só mostra a quem você pertence. Não importa o quanto tente negar, toda essa sua raiva e seu ódio impossível de controlar, provam que na suas veias correm o sangue Guiterrez.
Manuel: (o soltando) Canalha! (vai saindo)
Alex: Covarde! Não nega que é filho daquela puta.

Manuel não aguenta e volta na direção do irmão lhe dando murros. As pessoas se afastam em meio a briga já que derrubavam as coisas ao redor.

Restaurante dos Urquiza

Chiara: Que barulheira....
Mariano: (olhando para fora) É briga.
Bia: Ah não... Manuel?!

Ambos correm para o estabelecimento a frente.

Mercearia

Os dois trocam socos até que Alex emburra o bicampeão em uma estante cheias de garrafas de vidros. Algumas quebram nas costas do espanhol, mesmo assim, ele se levanta bufando em direção ao argentino, quando Thiago se põe na frente de Manuel. Um homem fardado com roupa de polícia entra, era o segurança do clube.

Thiago: Chega! (Manuel tenta passar por Thiago que segura em seus ombros) CHEGA MANUEL!

Alex sangrava o nariz, a boca e a lateral de sua testa.

Policial: O que está acontecendo aqui?
Thiago: Uma briga, não se preocupe, eu resolvo. Leve o Alex para a clínica.

Manuel sai do local rapidamente quando ver Bia e Mariano chegarem.

Bia: Manuel! (o segue)

Areia da praia

Bia: Manuel... (ele encosta na cerca de madeira) Manuel... (se aproximando) Você está bem? Sua blusa tem sangue nas costas.

Quemola se agacha de cabeça baixa com o queixo quase encostando em seu tórax e a mão no cabelo.

Bia: O que aconteceu lá dentro? Por que brigou com o Alex?
Manuel: (levantando a cabeça) Não consigo Bia... não consigo... (seus olhos estavam vermelhos possivelmente se segurando para não chorar) Você merece alguém que não te cause problemas... que não seja assim... (apontando em direção ao local da briga)
Bia: (se ajoelhando e ficando na altura dos olhos do homem) Calma! Eu sei como o Alex é...
Manuel: Não, você nem imagina...
Bia: Eu entendo...Sinceramente, todos nós tinhamos vontade de fazer isso com ele um dia. (o bicampeão sorri fraco) Levanta...
Thiago: (vem correndo) Manuel!
Manuel: (se levantando com a ajuda da Bia) Arrumei problemas, não foi?
Thiago: Não exatamente. Aqui dentro eu consigo abafar o caso, mas em relação a mídia não posso controlar.
Manuel: (abraçado com Bia) Ok...
Bia: Vamos te levar no médico.
Manuel: Não!
Bia: Manuel, você estar ferido.
Thiago: Os vidros daquelas garrafas te cortaram, tem que ver como estar isso aí.
Manuel: Eu não quero ir, o Alex vai estar lá e eu não vou me controlar.
Thiago: Não tem querer...
Bia: Deixa Thiago, eu levo ele e tentamos fazer algo. Tem como pedir para o médico passar na minha casa?
Thiago: Acho que sim. Aproveito para conversar com o dono do estabelecimento que não se preocupe com o estrago.
Manuel: Eu vou pagar tudo.
Thiago: E o Alex... Ele também teve culpa nisso. Depois conversamos. (saindo)