Mente Criminosa

capítulo 01

Marina Loures, 20 anos.

Davi Silva Loures, 3 anos.

Jéssica Ferraz, 22 anos.

Thales Souza, 29 anos.
Vulgo: Th.

André Silva, 27 anos.
Vulgo: Ds.

Marina 🧚‍♀️

Escutei a risada gostosa do meu filho e isso de qualquer forma me fazia bem, mesmo surtando pela bagunça que ele e o embuste do pai fazia. Tava bem cansada, e só queria ficar na paz, mas o Ds resolveu aparecer logo hoje com a idéia de bagunçar com o Davi.

Nosso relacionamento é longo, mas na questão da gravidez foi rápido demais, nenhum dos dois tava querendo, na verdade a gente só tava curtindo o momento. Mas quando ele ficou sabendo de cara quis que eu fosse morar com ele, a gente se juntou de uma vez e fomos levando tudo da forma que dava, mesmo com a minha mãe e geral em volta falando mal e não querendo a gente junto.

Dois anos depois estávamos mais firmes que nunca, foi ai que o segundo filho foi planejado por ambos, mas infelizmente eu perdi no terceiro mês de gravidez tudo indicava ser uma menina.

Depois ainda tentamos umas duas vezes, mas nenhuma deu certo, eu costumo ser muito maluca pra algumas coisas, então passei a achar que talvez essas tentativas falhas fosse um tipo de aviso, que eu não tinha que continuar querendo construir uma família com o André, meses depois o foco dele passou a ser ir pra baile e bancar vários amiguinhos.

Quando eu joguei duro afirmando que ia sumir caso ele continuasse com essa vida de solteiro mesmo sendo casado, ele parou de sair tanto, e como todo homem faz veio com papinho de que me ama e se for pra me ver feliz, faz de tudo.

Ele jura pra mim que nunca me traiu, e que nunca pensou em ficar com outra mulher sendo casado comigo, mas quem confia em homem?

Davi: Mamãe, vem brincar.- Falou animado, mas eu neguei todo aquele barulho tava me cansando real.

Mari: Depois meu amor, a mamãe tá muito cansada de trabalhar e com dor de cabeça.

Ds: Trabalha por que quer, se tivesse afim de ter um descanso ficava de boa em casa, tu sabe que o dinheiro que eu ganho da pra todos os gastos.

Mari: Prefiro trabalhar feito uma condenada, do que depender de você.

Ds: Então não reclama, pô. Quase nunca eu tô em casa pra dar uma atenção pro meu filho, e quando eu faço o que ele quer e o moleque tá felizão querendo a mãe pra curtir esse momento tu fica de caô, gosto disso não.

Mari: Hoje eu estou realmente cansada, não vem pagar de bravinho pra cima de mim não, porque além de trabalhar eu cuido do Davi praticamente sozinha. Você para em casa quando quer, não vem surtar comigo não.

Eu já tava me estressando de verdade, mas quando vi o olhar inocente do meu filho eu resolvi me calar pra não render mais discussão e deixar ele triste, beijei ele recebendo outro beijo gostoso e sorri de lado indo pro meu quarto.

Era um bagulho ainda só meu, mas eu tava com a meta de ter outra casa pra mim e pro meu filho, tava tudo no sigilo pro Ds não atrapalhar em nada, mas eu tava indo devagar pra ter o meu cantinho, essa casa aqui é dele e eu quero ter algo meu.

Lembrei de avisar a minha mãe que tinha trocado o dia da minha folga e no caso amanhã ela teria que ficar com o Davi, ela faz isso por mim e mesmo não gostando do André isso não atrapalha em nada a relação dela com nós dois, pelo contrário. Ela tenta me convencer a largar ele pra ir morar com ela mas eu nunca aceitei, não quero incomodar em nada, nem ser um peso pra minha mãe, só quero sair daqui pra ir pro meu lugar.

Ela nunca quis aceitar nada por cuidar do meu filho, mas mesmo assim eu ajudo ela em casa com algumas coisas, compras do mês e até outras contas. Já que o dinheiro que eu ganho vai só pra mim e pro Davi, as coisas da casa quem compra tudo é o Ds, sempre que precisa de alguma coisa eu nunca tiro do meu bolso, até por que ele mesmo nem gosta. O bom é que eu vou guardando tudo, nem sou besta pra depender de homem, por isso eu sempre optei por trabalhar.

Davi veio pulando em cima da cama, já querendo dormir, mas eu não dei mole e mandei o porquinho ir escovar os dentes, ele nunca vai sozinho sempre inventa que esqueceu.

Ele já tava bem cansado então em pouco tempo dormiu de vez do meu lado, respirei fundo me ajeitando pra dormir também e olhei o André entrar no quarto, como sempre ignorei a presença dele mas abri os olhos quando sentir o beijo dele no meu ombro, me virei mais pro lado do meu filho e mesmo sentindo ele fazer carinho no meu cabelo eu continuei imóvel, não mostrando se estava ou não gostando do carinho dele, apenas fiquei quietinha.

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