Marina ✨
Enquanto ele se contorcia e o óleo derretia a pele dele, eu fazia careta no chão. Mas foi como se toda dor tivesse ido embora quando eu imaginei que era o meu momento de fugir, levantei rápido e meti as mãos em um dos bolsos dele procurando a chave. Ds até que tentou segurar minha mão mas não conseguiu, então finalmente puxei a chave.
Eu já não sentia arder, então com toda calma eu consegui colocar a chave na porta, ele começou a se arrastar no chão pra vim pra perto mas eu fui rápida e bati a porta.
Pra não chamar a atenção de ninguém eu andei normal e quando cheguei um homem já tinha chamado o elevador, ele sorriu fraco pra mim e eu retribui entrando junto a ele, que também descia.
- Você é do apartamento do lado?
Mari: Sim.
- Carioca, percebi só de te olhar, mas eu vi tu chegar só com um homem, não vi sair depois disso.
Mari: Me empresta seu celular?
Ele murmurou um "claro" e eu sorri aliviada pegando o celular assim que chegamos em baixo, saímos do elevador enquanto eu discava o número mas parei pra olhar quando vi um homem que aparentava ser o segurança se aproximar.
- Não seria necessário descer, já pedimos para alguém ligar...- O homem começou a falar e eu não entendi nada.- já que é assim eu vou subir com você para olhar.
Ele tentou pegar no meu braço mas eu neguei com a cabeça colocando o celular no ouvido, ele sem expressar muita coisa pro outro homem que apenas olhava apertou meu braço e eu acabei tremendo.
Mari: Me solta!
- Ou tu sobe comigo ou vai se foder direitinho, tá fazendo o que aqui em baixo sozinha? - Ele murmurou com o rosto virado, e eu acabei entregando o celular quando vi que não tinha o que fazer, mas antes eu consegui escutar a voz da minha irmã.
O homem do celular me olhou sem entender e eu vi ele desligar a ligação em seguida dar as costas pra saída.
Tentei me soltar das mãos dele mas tava sendo impossviel por que ele me segurava com muita força enquanto praticamente me arrastava pro elevador, eu só sabia chorar e me debater assim que entramos quando vi ele apontar o dedo na minha cara e me xingar.
⏱⏱⏱
Mari: Eu te odeio, pra caralho, e não tenha dúvidas, se não tivesse dado errado tu ia sim queimar até morrer e eu não ia fazer nada! Você é nojento, escroto, filho da puta, desgraçado.
Ds: Cala a boca, porra!
Mari: Eu não fui em nenhuma das visitas por vontade própria, contei tudo pro Th e faria de novo. Então para de achar que eu queria ficar do teu lado.
Ds: Engraçado a forma que tu acha que eu sou burro, sei disso a muito tempo, não tinha outro jeito de tudo sair de lá, mas não guardei rancor nenhum de tu, pelo contrário. Eu fingi que não sabia e te perdoei, pra tu vim me queimar, Marina?
Mari: Experimenta dormir perto de mim.- Falei sorrindo e ele me encarou.
Ds: Tá ficando maluca, só pode!
Mari: Eu sinto nojo de você, para de ser burro, como que passa pela tua cabeça que depois de matar o meu irmão eu vou dizer que te amo e viver numa boa contigo? Eu não tinha uma boa relação com ele mas foi péssimo ver a mulher grávida, minha mãe e minha irmã sofrendo, e até eu sofri por que não sou de ferro, apesar dos erros que ele tinha. Você acabou com tudo, consegue imaginar o que é uma criança perguntando do pai e a mãe não ter idéia de como falar que ele não vai mais voltar?
Ds: Não foi a minha intenção.
Mari: Já tá mais que claro que eu te odeio, eu só tô aqui por que não tenho como ir embora, já que você ofereceu dinheiro pra dois seguranças daqui ficar de olho em tudo, no fundo você sabe que nunca mais vai me ter de volta, a única coisa boa que você já conseguiu me dar foi o Davi, dele eu nunca vou me arrepender! De resto nada tem importância pra mim, por que eu só consigo lembrar que você é um fodido que precisa obrigar as pessoas a ficarem com você.
Ele ficou calado e eu falei demais mesmo, mas nada que eu dissesse ia me fazer parar de sentir ódio, não tava mais aguentando olhar pra ele, então simplesmente me tranquei no banheiro e fiquei por muito tempo ali chorando, até que ele bateu na porta por várias vezes, sem paciência acabei saindo mas antes tirei a chave do lado de dentro do banheiro e guardei no bolso.
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Mente Criminosa
JugendliteraturNosso ódio pelo mundo é parecido, você nua pela casa é tão lindo, bastou a gente foder, eu vi, tava fodido.