8 - Não me Solte!

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Sentir a boca de Christopher encostar na minha foi uma sensação indescritível, ele me puxou para mais perto dele e aprofundou o beijo. Parecia que era um beijo tão familiar. Tudo parecia certo. Me entreguei aquele momento apesar dele não ter durado muito, pelo menos não tempo suficiente pra mim. Christopher continuava segurando minha cintura como se tivesse medo de me soltar. Eu não queria que ele me soltasse. Sinto que estou vivendo anos em dias, tudo tão intenso e tão rápido. E em toda essa confusão, esse era um momento que eu queria segurar de alguma maneira. Eu queria que ele durasse.

- Quer dar uma volta Dul? – Ele falou com a testa encostada na minha

- Perai desde quando você é tão intimo para me chamar por apelidos? – olhei para ele fingindo indignação eu não resistia, tinha que provoca-lo um pouco

- Mas tinha que voltar a versão amarguinha. Somos íntimos desde agora vou provar pra voce – ele segurou meu rosto me beijando mais uma vez e dessa vez o beijo durou mais tempo e nossas línguas dançavam uma dança só nossa. Eu acariciava seu cabelo e o puxei pra mais perto.

- Você quase me convenceu mas eu tenho que voltar... para casa – senti uma mistura de pânico e tristeza ao mesmo tempo, voltar pra onde?

- Hey sem essa carinha triste ta? – Segurando meu rosto – Eu sei que nos conhecemos hoje e que isso parece totalmente sem sentido e rápido demais. Mas saiba que pode contar comigo Dulce - ele segurava meu rosto me fazendo olha-lo nos olhos – Eu te achei e quero você por perto

- Obrigada... de verdade - o beijei quase como um ato de desespero, era tão bom ter alguém com quem contar. Eu me segurava nele, eu queria me segurar em alguém. Eu precisava me segurar em alguem

- Uii vou te consolar mais vezes já vi que isso dá lucro – ele tentava me fazer rir mas dessa vez só dei um pequeno sorriso

- Idiota – batendo nele –você é um caso perdido

- Eu sei que para você sou irresistível

- Iludido – rindo – mas tenho que ir agora está tarde – a tristeza voltou a me invadir

- Onde você mora? Se quiser te levo – saindo do restaurando, ele pegou na minha mão com se fossemos namorados queria tê-lo conhecido em outra época

- Bom... eu não sei – ele me olhou como que pedindo uma explicação – Calma posso explicar é que sou nova na cidade mas sei mais ou menos a área onde moro então eu me acho

- Mulheres... sempre perdidas! Ai isso dói – ele reclamou ao levar outro tapa – sobe ai que eu te levo nem que tenhamos que rodar a cidade toda! Eu faço esse sacrifício por você – disse antes de me dar selinho – mas você vai ter que me pagar heim

- Como? – o olhei provocando... adorava jogar com ele

- Assim – ele me beijou me puxando em direção a ele. Eu coloquei os braços em volta do seu pescoço e ele aprofundou o beijo. Sentia como se ele quisesse me dizer algo com aquele beijo e eu tentava fazer o mesmo... mas no momento eu só sentia gratidão... amor/paixão? Ainda era cedo demais mas eu definitivamente estava encantada, ele era o melhor que tinha me acontecido nos últimos tempos. Eu queria ficar com ele, queria não precisar voltar para casa, queria simplesmente que aquele momento não acabasse. Ele estava me fazendo feliz e era isso que eu precisava agora

Ficamos nos beijando no meio da rua por um bom tempo não queríamos nos separar eu não queria ir embora...mas não dava para me esconder por mais tempo.

- Bom... preciso ir – Por algum motivo não queria abrir os olhos ainda estava sentindo o gostinho do seu beijo.

- Quero te ver de novo Dul – ele acariciava meu rosto

- Eu também... vamos nos ver em breve prometo – sorri para ele, eu realmente queria vê-lo novamente – pode me passar seu telefone?

- Claro mas me passa o seu também?

- Não tenho telefone... longa historia – meu telefone infelizmente ficou na
casa dos meus pais adotivos...e com certeza não ganharia um novo dos meus pais biológicos

- Certo sem perguntas, sobe ai Dul que te levo em casa

- OK – subi na moto e o abracei aproveitando a sensação boa de ter Christopher por perto

- Só não abusa de mim tá? Sou puro – ele não perdia a chance de me provocar

- EU sou a donzela em perigo lembra

- É por essas donzelas que o mundo está perdido... Aiii já disse que isso dói mocinha – Christopher fez carinha de dor ao levar um tapa nas costas – Agressiva....

- Bobo! – Eu ria e comecei a mostrar onde ficava o caminho da minha casa. Sentir o vento batendo no rosto, aquela sensação de liberdade e o corpo de Christopher junto ao meu apagava todas as lembranças tristes que me assombravam. Eu me sentia naqueles filmes românticos com o mocinho descolado andando de moto com a mocinha, aquele momento só deles. Eu sempre achei esses filmes idiotas, mas esse momento se tornou uma das minhas memórias favoritas. Ele as vezes tocava a minha coxa enquanto dirigia. Como se pra ter certeza que eu estava lá. Era tudo um sonho... mas nada de bom na minha vida dura muito tempo

- Chegamos – ele avisa parando a moto

- Obrigada por tudo Chris de verdade – segurei seu rosto e
dei um selinho – agora eu tenho que ir

- Eu vou contigo – ele já descia da moto para me acompanhar

- Não precisa de verdade! – comecei a entrar em pânico só de pensar de Fernando vê-lo – Te ligo amanha tchau! – corri para dentro de casa e assim que fechei a porta dei de cara com Fernando... e a cara não era nada boa

- Agora você não me escapa Dulce María vou fazer você pagar todo o prejuízo que você me deu...sua idiota –não consegui reagir 

Dulce María Drogada e Prostituída (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora