65 - Fim p.2

132 11 1
                                    

- Como Dulce está? Ela vai ficar bem? – perguntei sem conseguir me conter

- Retiramos a bala e por sorte a mesma não causou nenhum dano grave. Ela vai ficar um tempo em recuperação e as próximas 48h são vitais pra ela. Dulce está dormindo agora mas logo poderão vê-la.

Eu vi ela toda entubada e prendi minha respiração. A Dulce que eu conhecia era forte e essa parecia frágil e indefesa. Eu tinha medo de tocá-la e só segurei a sua mão. Ela não acordou naquele dia nem no outro. E eu ouvia sua respiração pesada e checava a toda hora se ela estava bem. Tive que deixar Alma ficar em meu lugar por que teria que cuidar de Lipe.

Ele havia prometido que o faria  e ia cumprir. Lipe não falava muito e cooperava. Mas eu pude ver nos olhos dele o quanto ele estava sofrendo e eu sabia naquele instante que seria incapaz de abandoná-lo.

- Estamos juntos nessa - eu o abracei e ele se escolheu no meu colo - Vou te levar pra visitar a sua mãe, ela ta dormindo mas pode escutar tudo que você falar pra ela, você quer ir vê-la? - ele só assentiu.

Chegamos no hospital e Alma já nos esperada, tentava disfarçar a cara de angustia e as lágrimas mas era totalmente óbvio. O clima era pesado demais e estava impossível de esconder o que estava acontecendo. Levei lipe ate o quarto de Dulce e ele a observou em silencio

- Por que tem todas essas coisas na mamae?

- Pra ajudar ela a ficar boa mais rápido - ele assentiu e ficou observando em silencio, se aproximou do rosto dela e fez carinho. Aquilo cortava meu coração - Você vai ficar boa mamae, voce vai ver. Eu te amo muito mamae - ouvi sua voz embargar 

- Lipe a vovó vai levar você pra comer - O levei ate Alma e fiquei no quarto com Dulce, observando cada respiração dela e implorando para que ela melhorasse

POV Dulce

Abri os olhos e vi uma luz bem forte e percebi que estava em um quarto todo branco, as ultimas lembranças me atingiram como um soco e senti um desespero me invadir

- Cade meu filho? – gritei e vi alguém se levantar da cadeira de repente, era Christopher – Onde o Felipe está. Christopher? – gritei mais uma vez

- Dulce calma, ele está bem, está na casa da sua mãe dormindo – ele disse sorrindo pra mim – Você demorou pra acordar - ele me olhava emocionado

- E Santos? – a feição de Christopher mudou rapidamente

- Ele foi baleado e faleceu Dul

- Hum... – me senti imediatamente aliviada, era cruel mas finalmente eu poderia viver em paz – Você ficou o tempo todo aqui?

- Eu e sua mãe ficamos, nos revezamos para cuidar de lipe como te prometi. Dulce eu pensei que você fosse morrer, eu não deveria ter te deixado ir sozinha, eu falhei com você mais uma vez, se o pior acontecesse eu nunca iria me perdoar. Me perdoa por favor - ele segurava minha mãos

- Christopher, eu estou bem e você não conseguiria mudar nada, as coisas poderiam ter sido piores, você não entende? – segurei a sua mão – Não foi culpe sua! Você fez tudo que poderia ter feito

- Dulce quando te vi daquele jeito, eu pensei em todas as vezes que eu errei com você, no quanto te fiz sofrer, você nunca teria conhecido Santos se eu não tivesse te abandonado – ele parecia tão triste dizendo aquilo. Eu simplesmente não conseguia dizer nada, eu também sabia que era verdade, o abandono dele ainda doía e eu nunca consegui esquecer – mas eu juro Dulce, eu juro que vou tentar consertar os meus erros, eu não sabia o quanto te amava até experimentar perder você. Eu nunca quis tanto mudar tudo, eu nunca quis tanto você na minha vida – eu vi a verdade em seus olhos e eu senti finalmente que podia confiar nele, eu vi que ele não me decepcionaria

- Eu nunca vou esquecer o quanto você me fez sofrer, nem nada do que você fizer vai apagar o passado. Mas eu quero realmente que a gente dê certo Christopher. Estou disposta a fazer isso funcionar

- Eu te amo Dulce – ele se aproximou de meu rosto, me dando um beijo de leve

- Eu também te amo – sorri

- Eca! – pude ouvir uma voz familiar gritar na porta

- Lipe – ele correu até mim e tentou subir na cama mas Alma o segurou antes

- Lipe sua mãe ta doente e se você tocar muito nela vai doer – ela tentou explicar

- Mas mamãe já está boa não é mãe?

- Vou ficar logo logo, mas vou ficar boa ainda mais rápido se você me der um beijo – recebi um beijo estalado no rosto

- Viu? – ele olhou pra Christopher – Eu to cuidando da mamãe

- Estou vendo, você cuida dela melhor do que eu

- Claro que sim, eu sei o que é melhor pra mamãe – ele disse orgulhoso

- Sabe é? – ergui a sobrancelha

- Sei – ele me olhou inocente – Por que eu te conheço melhor que todos
- A claro – não consegui controlar a risada, mas logo depois senti uma dor aguda
- Dulce você não pode se esforçar

- Mamãe fica quietinha – Lipe disse autoritário

Fiquei olhando os dois por um tempo e me senti melhor que nunca, eu estava completa e tinha a todos que amava por perto.... as coisas nunca p

Espero que tenham gostado da web. Foi um IMENSO prazer ver as pessoas lendo o que escrevo. OBRIGADA.

Dulce María Drogada e Prostituída (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora