10 - Um número

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Consegui me arrastar até o sofá e dormi com a lembrança dos meus pais na cabeça... eu queria que eles soubessem que eu os amo eu queria minha antiga vida de volta.

Acordar no dia seguinte foi uma tarefa difícil, meu corpo todo doía e respirar parecia ser um grande esforço para mim, eu só queria ficar ali e curtir a minha dor levantei a minha blusa e entrei em pânico! Toda minha barriga tinha manchas vermelhas e roxas! Toquei meu rosto e senti uma dor aguda... só de pensar em olhar no espelho tinha medo! Meu rosto deveria estar horrível meu querido pai tinha me batido sem dó.

Me levantei devagar e fui em direção ao espelho e a imagem que vi conseguiu ser pior do que eu pensava: o canto da boca estava inchado e roxo, todo o lado esquerdo do meu rosto estava inchado.

- Que gatinha heim Dulce Maria – fiz uma careta ao analisar meu rosto de perto, para minha sorte Fernando não estava em casa e não tinha que olhar para sua cara.

Blanca me deixou ficar quieta hoje, primeiro dia que eu não tinha nada pra fazer mas também eu não conseguia me mexer muito sem sentir dor... ela ter me deixado em paz foi a atitude mais maternal que eu recebi dela todo esse tempo. Estava distraída deitada no sofá e vi o celular de Blanca...e me lembrei que Christopher tinha me dado o número do seu telefone precisava ligar para ele... mas o papel que eu tinha me dado havia se perdido durante a briga... comecei uma frenética procura pelo papel com o telefone dele... eu PRECISAVA achar o número.

Dulce María Drogada e Prostituída (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora