29 - Marcas Pt.2

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- Certo, vou fazer o jantar então

- Vou te ajudar – ele me abraçou por trás me dando um beijo no pescoço

- Sei... você nunca me ajuda mocinho só fica me distraindo – o acusei

- A mas você bem que gosta dessas distrações – ele disse me
encostando no balcão

- Hey nem vem – me afastei rindo – eu ainda quero jantar hoje

- Chata – Santos resmungou e eu dei um selinho

- Para de reclamar e vai pra sala anda anda! – o expulsei e ri sozinha, Santos me fazia dar boas risadas

Jantamos juntos e fizemos amor naquela noite, ele me satisfazia e de certa forma me completava mas nós não tínhamos algo que mais me fazia falta... amor!

Santos foi embora bem cedo no dia seguinte e me avisou que me buscaria daqui a dois dias, ele queria que eu saísse de lá o mais rápido possível e eu realmente não sentiria falta daquele lugar.

Tentei pagar todas as contas que devia e o que sobrou comprei de pó, eu não aceitava nada de Santos e sempre paguei pela droga que usava, não sei se estava pronta para depender de alguém, eu gostava da minha independência só não gostava de como conseguia meu dinheiro.

Fui até o ponto onde me prostituía para me despedir das meninas..

En quanto me despediu vi que Christopher mais uma vez passou de carro pelo meu ponto mas dessa vez foi diferente... ele parou o carro e buzinou, tentei ignorá-lo e outra prostituta foi até o carro mas ele rapidamente a dispensou e mandou um recado por ela que queria falar comigo, eu pensei em não ir mas a minha curiosidade falou mais alto e fui até o carro andando lentamente e tentando ganhar coragem para parecer alto confiante perto de Christopher.

- O que você quer – me abaixei para ficar na altura da janela

- Entra Dulce – ele me disse de forma fria

- Nem pensar – dei uma risada forçada

- Entra.... vamos conversar e dessa vez é definitivo! – ele me disse calmamente

- Não quero conversar e já resolvemos tudo que tínhamos pra resolver – já estava ficando com raiva

- Dulce entra por favor... vamos conversar direito – ele me olhou suplicante e suspirei derrotada, dando a volta e entrando no carro que logo deu partida.

Ele me levou para o seu antigo apartamento e entrei calada, ele me olhava sério mas não dizia nada e aquele suspense estava me matando, assim que chegamos perguntei.

- Fala o que você quer?

- Precisamos conversar Dulce – ele me olhou serio

- Sobre?

- Sobre a nossa situação... – ele se sentou no sofá e me puxou para sentar ao seu lado

- Não existe NÓS Christopher – dei ênfase no nós – Não mais... E já tivemos essa conversa antes

- Existe sim e você sabe muito bem! Ainda temos muito pra conversar – ele segurou meu rosto – eu sinto saudades Dul...

- Eu não te perdoei pelo que você fez comigo – o olhei magoada – Não te perdoei pelo tapa que me deu, nem por ter me abandonado e não esqueci todos os olhares de reprovação que você me lança quando me vê! - desabafei

- Dulce como você acha que eu me sinto vendo a mulher que eu amei se vendendo pra qualquer um? Por Droga! Pense Dulce! E como assim o que EU fiz com você? Você fez algo bem pior Dulce María!

Dulce María Drogada e Prostituída (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora