63 - Sequestro

153 11 3
                                    

As horas se passaram e eu continuava parada no mesmo lugar olhando pra porta do colégio com a esperança de ver meu filho correr ate mim a qualquer momento.

Mas nada aconteceu. Senti como se estivesse em um filme de terror, totalmente impotente mas não podia continuar ali sem saber onde meu filho estava. Liguei o carro e parti a toda velocidade em uma busca insana pelo meu filho, sabia que não estava em condições de dirigir mas eu não ligava. Tentei contato com todas as pessoas que eu sabia que conheciam Santos mas ninguém ia me dizer nada. Eu precisava fazer alguma coisa, perguntei a várias pessoas e ninguém havia visto meu filho, não sabia mais o que fazer.

Desci do carro e andei pelas ruas, perguntando em todas as lojas, para todas as pessoas que passavam e a resposta era sempre a mesma: Não!

Senti meu celular vibrar e era de um número desconhecido

- Alô?

- Dulce sou eu, estou com meu filho e quero conversar com você – ele disse sem muito rodeio

- Onde você está? Cadê meu filho? – gritei desesperada ao telefone, chamando a atenção de todos que estavam na rua.

- Ele está bem Dulce, você sabe que não faria nada com ele mas tenho coisas pra resolver com você. Portanto é bom você aparecer daqui a 2 horas no local que vou te falar e não conte pro seu namoradinho ok?

- Ok – eu só quero meu filho, eu só quero meu filho, era tudo que eu pensava – Deixa eu falar com o meu filho por favor

- Tudo bem – ele passou o telefone

- Mamãe?

- Lipe – eu não contive as lágrimas ao ouvi-lo – você está bem? Não te fizeram nada?

- O moço é legal mamãe – ele disse animado – ele brinca comigo e até me deixou jogar no celular. Ele falou que era meu pai, é verdade?

- É sim meu amor – não tive coragem de mentir

- Então meu pai voltou? – ele parecia não se conter de alegria – eu tenho pai e mãe?

- Aham você sempre teve filho. Mamãe vai te buscar daqui a pouco ta? se comporta

- Ta bom... te amo mamãe

- Te amo muito filho – ouvi o telefone desligar logo em seguida e desabei mais um vez só que apesar de tudo senti um alivio ao saber que meu filho estava bem

Christopher, estou te mandando um endereço. Espere 2h, se eu não responder chame a polícia. Te amo, Dul.

Fui ao local combinado e era no subúrbio da cidade, aquele lugar me lembrava o local onde morei com Santos e por isso não me assustava, eu já passei por coisas terríveis. Não ficaria assustada agora. Bati na porta da casa que ele tinha me dito e não demorou muito para a porta abrir, a casa era velha e não tinha nada além de um colchão no canto e uma velha tv, a casa aparentemente só tinha um quarto mas não prestei muita atenção porque assim que Lipe me viu correu em minha direção

- Mamãe você demorou! Papai disse que você viria rapidinho me buscar – ele fez bico

- Lipe vai lá brincar que eu tenho que conversar com sua mãe – Santos não tirou os olhos de mim e eu senti meu coração parar, estava com medo. Algo no olhar dele me deixou realmente assustada, ele havia mudado drasticamente, não havia nada em sua aparência ou em seu comportamento que lembrasse aquele Santos que eu havia me apaixonado.

- Você não queria falar comigo? Estou aqui, o que você quer? - falei na defensiva, colocando uma distancia segura

- Quero meu filho de volta, você pensa que vai ficar com aquele playboy, com meu filho e eu vou deixar por isso mesmo? – ele começou a se alterar – você pensa que eu sou otário Dulce? – Dulce notou seu filho no canto com os olhos arregalados

- Santos você está assustando meu filho – tentei parecer calma

- Nosso filho Dulce – ele gritou – Felipe eu não já mandei você brincar? – ele tentou se controlar - Vai pro quarto agora!

Felipe obedeceu sem questionar e ele voltou novamente sua atenção pra mim

- Santos eu estou com Christopher mas você vai poder ver seu filho quando quiser, eu prometo isso pra você

- Eu não quero meu filho perto dele... – ele me olhou nos olhos – nem de você

- O que você está querendo dizer com isso? – eu me afastei dele o máximo que pude

- Você tirou meu filho de mim e eu vou tirá-lo de você – ele deu um sorrisinho – quero que você suma, eu vou ficar com o Felipe, isso é justo não acha? Já fiquei muito tempo sem meu filho

- Eu nunca vou sair da vida do meu filho, você acha que ele não vai perguntar por mim? Ele precisa de mim e eu nunca o abandonaria – ele se aproximou de mim e eu o enfrentei - Você sabe que vou lutar por ele

- Dulce você sabia que eu te amava – ele acariciou meu cabelo com um olhar de louca – Mas você me fez te odiar – sua mão segurou meu pescoço – esse tempo que passei na cadeia isso só aumentou – ele começou a apertar meu pescoço – É bom você cooperar comigo porque não vou ter nenhum pouco de pena de você – ele bateu minha cabeça contra a parede e me soltou, senti uma dor aguda mas tentei não demonstrar nada

- Eu não tenho medo de você – eu sorri ironica – O que você se tornou em Santos? Você acha mesmo que meu filho vai gostar de ter um pai como você?

- Meu filho vai saber que ele teve uma vagabunda como mãe. Que o abandonou na primeira oportunidade para ficar com seu novo amant? – ele deu um sorriso sarcástico – que bonito vai ser quando seu filho souber como você ganhava a vida Dulce

- Você não se atreveria... – eu não estava mais pensando, só conseguia sentir raiva

- Pague pra ver Dulce

- Você não passa de um bandido – disse entre dentes – Um covarde! Você nunca vai se aproximar dele ouviu? Eu não vou deixar – comecei a gritar

- Cala a boca! – ele gritou de volta e sacou a arma apontando pra mim – Some agora e nunca mais aparece ouviu? Eu quero você bem viva sofrendo pelo nosso filho – ele estava realmente disposto a atirar mas eu não estava disposta a abrir mão do meu filho e não me movi – Escolheu o pior caminho Dulcinha? Não queria matá-la agora mas já vi que não tenho escolha

E tudo aconteceu em fração de segundos....

Só libero o último capítulo mediante votos e comentários. 😂😂

Dulce María Drogada e Prostituída (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora