44 - Diferenças

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Cheguei a antiga casa de Dulce e parei no portão, pela cabeça passava mil ideias para tentar entrar na casa quando um vizinho me abordou.

- Você conhece os donos da casa? – um homem de mais ou menos uns 40 anos me perguntou

- Sim conheço, queria falar com Fernando

- Então você não soube o que aconteceu...– disse com pesar e eu gelei com medo de fazer a próxima pergunta

- O que?

- A ambulância acabou de sair daqui, ele estava muito mal! – o homem falou agitado – parece que levou duas facadas ou algo assim! Horrível !

- Mas você sabe se mais alguém se feriu? – falei quase gritando, era impossível me controlar

- Que eu saiba não, a esposa dele foi na ambulância com ele

- Não tinha mais ninguem? - eu já estava fora de controle

- Não. Era só os dois... que eu saiba eles não tem família, o Sr. Sabe de algo? – perguntou curioso

- Não. Sabe pra qual hospital eles foram?

- Não sei

- Obrigada mesmo assim – falei antes de correr para o carro, precisava saber onde Dulce estava e Fernando era o único que poderia dar alguma pista

(Dulce)

Senti como se tivesse dormido por dias, parecia que tudo que eu havia vivido era um pesadelo mas assim que vi um quarto branco me assustei e fui me lembrando de tudo, abracei meu próprio corpo e chorei... não tinha nada que me consolasse nesse momento.

- Senhorita vejo que já despertou – um médico disse entrando no quarto

- Uhum.... quanto tempo faz que estou aqui? – disse sem emoção

- Dois dias – disse calmo e eu o olhei assustada

- Dois dias? Meu deus

- Acho que a Srta. Sofreu emoções muito fortes além dos machucados e foi a forma que seu cérebro encontrou para se recuperar... foi como um pequeno coma

- Entendi...posso ligar para meus parentes?

- Claro. Pode usar o telefone mas antes preciso que faça alguns exames

- Para que?

- Precisamos nos certificar que você e o seu bebe estejam bem – por um momento esqueci do meu bebê e me senti culpada por isso

- Ok... Obrigada

- Por nada – disse simpático antes de ir

Assim que todos os exames foram feitos, o que demorou bastante tempo pude usar o telefone e já sabia para quem ia ligar... Christopher! Disquei o numero rápido e agarrei o telefone esperando nervosa que ele atendesse.

Já faziam dois dias depois da internação de Fernando e ele continuava em estado grave, Blanca tinha lhe jurado que não sabia onde Dulce estava e só de falar em seu nome o ódio em sua voz era bem evidente. Blanca disse que denunciaria Dulce mas ela estava esperando Fernando acordar para fazer isso, ainda lhe custava acreditar que Dulce tinha sido capaz de fazer aquilo, sua Dulce que para ele era tão frágil não parecia ser capaz de fazer aquilo contra seu próprio pai. Mas apesar de todos os fatos queria ouvir a versão de Dulce sobre tudo isso, estava entrando no hotel que estava hospedado desde que tinha chegado a cidade quando seu celular tocou.

- Alô?

- Chris? – uma voz que conhecia muito bem soou do outro lado da linha

- Dulce é você? Onde você está? – o alivio o dominava

Dulce María Drogada e Prostituída (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora