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Cheguei em casa por volta das 17:30. Meu pai e irmão já estavam ali. Falei com eles e fui direto pro banho, mas antes mandei mensagem pro Noventa, que confirmou que viria com a mãe e o irmão jantarem aqui. Depois do banho, dei uma revisada na matéria de hoje e então fui pra sala.

- Pai, a Elessandra vem jantar aqui hoje com os meninos, tá? - Digo.
- Tá bom filha - Diz - Você quer ajuda pra fazer alguma coisa?
- Não, só pede pro Pedro buscar um refrigerante quando ele sair do banheiro.
- Tá bom - Sorri - Você tá bem?
- Tô - Olho pra ele - Tudo ótimo.
- E você tem falado com o Mayke?
- Não, nunca mais.
- Que bom, você sabe que eu não gostava muito do namoro de vocês e ... Sei lá, eu não acho que você era feliz com ele.
- Pois é, mas agora acabou.
- E você tá gostando de alguém? Do Noventa ou do João Victor? Talvez do César?
- Não pai - Ri - São só meus amigos, mais nada.
- É, tá cedo ainda - Ri - Mais pode falar comigo qualquer coisa, viu?
- Tá bom - Sorrio - Vou começar a preparar a comida porque já são quase sete e combinei com eles sete e meia.
- Tá bom, qualquer coisa chama o pai.

Fui pra cozinha comecei a fazer a comida. Ia fazer arroz, feijão, carne de panela com batatas e macarrão com salsicha, porque sabia que era a comida favorita dele. Depois de um tempo, ouvi chamarem no portão e logo as vozes preencheram a casa. Continuei ali e não demorou muito, todos entraram na cozinha.

- Oi minha princesa - Lelê diz vindo até mim.
- Oi tia - Nos abraçamos - Tá quase pronto, viu?
- Fica tranquila - Sorri - Quer ajuda?
- Precisa não, tô só esperando mais um pouco pra desligar a carne.
- O cheiro tá bom - João Victor diz - Eai gatinha.
- Oi meu amor - O abraço.
- Cuidado pro ciumento não enfiar uma faca nas minhas costas - Diz no meu ouvido e nós rimos.
- Eai dois mil - Noventa diz gritando e meu pai da risada.
- Oi nove nove - Nos abraçamos.
- Que cê tá fazendo de bom pra nós?
- Arroz, feijão, carne com batata e macarrão com salsicha.
- João Paulo ama macarrão com salsicha - Lelê diz e me olha sorrindo.
- Sério? - Finjo surpresa.
- Vou bagaçar - Ele diz e nós rimos.

•••

Nós jantamos e depois sentamos na área pra conversar. Lelê e meu pai eram bem amigos, assim como os meninos, meu irmão e eu, então tínhamos muito assunto. Por volta das dez, Lelê resolveu ir embora e o João Victor foi com ela. Noventa ia ficar, mas não pra dormir. Meu pai foi dormir e meu irmão entrou, pra nos deixar sozinhos.

- Tava mó bom seu macarrão - Diz - Vou comer mais antes de ir embora.
- Pode comer - Ri - Se quiser, coloco numa bacia pra você levar também.
- Vou querer mesmo - Se levanta da cadeira onde estava sentado.
- Onde cê vai? - Pergunto.
- Vamo lá pra dentro - Estende a mão pra eu levantar e assim eu fiz.

Passamos pela sala e meu irmão estava deitado no sofá vendo filme e apenas riu quando viu a gente indo pro meu quarto. Assim que entramos, tranquei a porta e deitamos na cama. Ficamos de lado e então nos beijamos. Aos poucos fomos nos ajeitando e ele veio por cima de mim. Paramos o beijo e ele desceu beijando meu pescoço e mordeu levemente, me fazendo arrepiar.

- Cê quer? - Sussurra no meu ouvido.
- Quero.

Ele se afasta e sorri, enquanto tira a camiseta. Levantei o corpo e com a ajuda dele tirei minha blusa e sutiã. Ele se afastou um pouco e ficou me olhando, com um sorrisinho no canto da boca, o que me deixou com vergonha.

- Que foi? - Pergunto.
- Cê é linda demais - Diz baixinho.

Senti meu corpo inteiro se arrepiar. Ele veio até mim novamente e voltamos a nos beijar. Meu coração estava acelerado, não era minha primeira vez, mas parecia. Ele era todo cuidadoso, cada movimento parecia ser bem pensado e aquilo me deixou feliz, eu tinha certeza que ia ser bom. Desabotoei meu short e ele o puxou até os meus pés, então tirei enquanto ele fazia o mesmo com a bermuda dele. Voltou se aproximando do meu pescoço e eu desci a mão, apertando levemente seu pau por cima da cueca.

- Você é muito linda mesmo - Diz no meu ouvido - Muito gostosa, muito perfeita.
- Cê acha? - Pergunto.
- Tenho certeza - Morde meu pescoço - Eu tô...

Fomos interrompidos pelo celular dele que começou a tocar. Ele se esticou pra ver quem era e então recusou a chamada, mas ligaram de novo. Ele recusou e quando íamos nos beijar, ligaram mais uma vez.

- Melhor cê atender - Digo rindo.
- É o Dudu.
- Vai que é alguma coisa séria, ele tá querendo muito falar com você.
- Saco - Resmunga enquanto pega o Telefone - Fala Eduardo... Na Lívia... Vim jantar, mas fala logo o que cê quer, porra?... Não... Não sei... Não, ninguém disse nada - A expressão dele parece de espanto - Caralho mano... Puta merda... Beleza, vou falar com ela e ver se ela quer ir... Beleza mano, falou.
- Que foi? - Pergunto quando ele desliga a chamada.
- Mayke chapou com o carro num poste, tá internado e parece que foi grave.

insônia 💭• noventa mcOnde histórias criam vida. Descubra agora