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{ POINT OF VIEW LÍVIA }

Descemos em silêncio até a área da piscina, então sentei em uma das cadeiras e ele ficou em pé, andando na borda.

— A gente precisa resolver isso - Diz - O clima tá ficando muito chato pra todo mundo.
— Concordo. 
— Porque cê me bloqueou?
— Não te bloqueei não, tá maluco?
— Fui te mandar mensagem e cê nem recebeu, tava sem foto.
— Deve ser porque cê tem meu número antigo, né? - Ri - Eu troquei.
— Ah - Ri sem jeito e me olha - Então vamo fica na boa, pode ser?
— Pode - Me levanto.
— Ué, onde cê vai?
— Subir - Ri - A gente já se resolveu.
— Eu achei que a gente ia ficar mais um pouco, pra conversar - Se aproxima de mim.
— Cê quer conversar?
— Quero - Chega ainda mais perto - Eu sinto sua falta, das nossas conversas, dos rolês... Da gente.
— É, eu também - Digo olhando pra boca dele que na real estava bem perto de mim.
— Então tá tudo bem mesmo? - Pergunta quase num sussurro.
— Uhum.
— Então eu...
Me beija.

Ele deu um sorrisinho e então acabamos com o pouco espaço que existia entre nós enfim nos beijamos. Eu conseguia sentir meu coração acelerar mais a cada toque e apertão que ele dava na minha cintura. Deslizei minhas unhas pela nuca dele e ele riu durante o beijo, o que me deixou ainda mais apaixonada por ele, se é que tinha como. Aos poucos fomos nos afastamos e então nos olhamos e sorrimos.

— Tá frio aqui fora - Digo.
— Tá mesmo, vem - Pega na minha mão - Vamo subir pro meu quarto.
— Tá doido? Os meninos estão lá.
— Eles nem vão ver a gente entrar - Diz enquanto andamos.
— Não, melhor não.
— Mas...
— Deixa pra outro dia, a gente vai ficar de boa, sem brigar, né?
— Vamo ué.
— Então pronto - Sorrio - É o que importa.
— Achei que cê queria ficar comigo.
— Não distorce as coisas João, só acho que não é uma boa eu ir pro seu quarto, ainda mais com os meninos lá.
— Tá bom, tá bom - Ergue as mãos em sinal de rendição.
— Agora vamos subir pra gente dormir.
— Não tô com nenhum pingo de sono - Aperta o botão do elevador.
— Sei bem - Ri - Mas ainda sim, cê precisa descansar pra ganhar amanhã.
— E se eu não ganhar? - Se encara no espelho.
— Não tem problema nenhum, ué - Abraço ele por trás - Você já é foda só por chegar até aqui.
— É, né? - Se vira de frente - Que saudade que eu tava de você.
— Eu também - Sorrio.

Nós nos beijamos mais uma vez já na porta do meu quarto e assim que eu entrei, ele voltou pro dele. Deitei devagar na cama com a Yara e assim que fechei os olhos, a luz acendeu.

— A gente viu, safada - Mel se joga em cima de mim.
— Viraram o que? Não aconteceu nada - Finjo desentendimento.
— Mó beijão, achei que cêis tavam até subindo pra transar - Júlia diz e as outras riem.
— Ela tá vermelha, ela queria transar com ele - Yara fala.
— Meu Deus gente, para - Me ajeito na cama.
— E aí, se resolveram então?
— Acho que sim, vamo esperar a gente voltar pra ver.
— Vai dar certo - Yara sorri - Amo um casal.
— Por falar em casal, o que o César disse?
— Ah mano, cêis sabe como ele é, né? Veio falar que eu não podia ter feito aquilo, que eu perdi minha razão e que eu tava me deixando levar pelas provocações dela - Conta - Aí eu falei que não ia deixar ela xingar minha amiga e ouvir calada e ele disse que quem tem que resolver isso é você, o Nove e a Sofia.
— Errado ele não tá - Digo - Mas eu bem que queria ver esse tapa... E tem mais, amanhã eu vou pedir pra ela repetir na minha cara tudo isso que falou de mim.
— Essa batalha aí vai ter sangue de verdade - Júlia diz rindo - Por favor, bate no lado que a Yara não bateu.
— Gente, vou bater nela - Rimos.
— Então nem precisa ir falar nada com ela, só vai se for pronta pra acertar logo um tapa na cara dela.
— Vamo dormir, vamo - Digo rindo - Amanhã a gente tem que acordar cedo.


[ ... ]

insônia 💭• noventa mcOnde histórias criam vida. Descubra agora